Ao longo da História, nenhum livro tem sido alvo de mais ataques e polêmicas do que a Bíblia Sagrada.Embora no Brasil — como é comum no Ocidente de forma geral — possa parecer trivial ter uma Bíblia, isso não é a regra em outros lugares do mundo: por exemplo, na chamada “Janela10/40”, que abrange a região da Terra onde vivem cerca 90% dos habitantes do planeta, a Bíblia é desencorajada e até proibida em vários países, nos quais o simples fato de ter uma Bíblia… pode mandar seu dono para a cadeia! Em um país onde o cristianismo ainda não é alvo de perseguição, a Bíblia não é proibida e torna-se algo até trivial possuí-la — muitas famílias têm até mais de um exemplar na mesma em casa. Dessa forma, a tendência é que muitos acabem por considerar sua posse, e até mesmo sua leitura, algo banal.Porém, as Escrituras, como são chamadas no próprio texto, possuem um valor que muitos não percebem. Não se trata de um livro de simples orientação ou ensino, embora isso também faça parte de seu conteúdo: trata-se da revelação divina, da mensagem mais importante que a humanidade recebeu ao longo de toda a sua existência, revelando a pessoa e a obra do Salvador Jesus Cristo.A Bíblia foi escrito ao longo de, aproximadamente, 1500 anos — desde o ano 1400 a.C. até por volta do ano 100 da era cristã — e estima-se que conte com 44 escritores diferentes neste período, sendo que poucos eram contemporâneos: a maioria dos escritores do texto nunca se conheceu e, mesmo assim, para impressionar até os mais céticos, existem as REFERÊNCIAS CRUZADAS Muitas afirmativas do texto bíblico se encontram separadas por séculos e até mais de um milênio de diferença, porém elas não deixam de se cumprir.Já nas primeiras páginas, por exemplo, há a promessa da vinda do Salvador (Gênesis 3:15), algo que apenas se cumpriu milhares de anos no futuro!Existem mais de 63 mil referências cruzadas em uma coleção de livros que contém cerca de 30 mil versículos, mostrando que há mais de uma afirmação a respeito de profecias e ensinos que são confirmados com o passar do tempo.Um estudo realizado há algum tempo mostra que tais referências são tão numerosas que, agrupadas em um gráfico, formam um desenho que lembra um arco-íris. Porém, a maior prova do valor da Bíblia está n’Aquele de quem ela é testemunha, o próprio Senhor Jesus Cristo: Ele afirmou que as Escrituras testificam d’Ele (r); respondeu às três tentações do diabo com as Escrituras (Mateus 4:1-11); afirmou, em sua oração sacerdotal, que Judas se perdeu para que se cumprisse a Escritura (João 17:12), além do uso de várias passagens das Escrituras que fez (Lucas 3:4, 4:17; Mateus 24:15, entre muitos outros exemplos), seu grande testemunho do valor das Escrituras se encontra na véspera de sua crucificação, mais precisamente no momento em que foi preso: Eis que um dos que estavam com Jesus, estendendo a mão, puxou a espada e ferindo o servo do sumo sacerdote, decepou-lhe uma das orelhas.Mas Jesus lhe ordenou:“Embainha a tua espada; pois todos os que lançam mão da espada pela espada morrerão! Ou imaginas tu que Eu, neste momento, não poderia orar ao meu Pai e Ele colocaria à minha disposição mais de doze legiões de anjos?Entretanto, como então se cumpririam as Escrituras, que afirmam que tudo deve acontecer desta maneira?” (Mateus 26:51-54 – KJA) Tendo o poder e mesmo o direito de rogar ao Pai que enviasse mais de doze legiões de anjos (ou seja, um número superior a 72 mil, pois uma legião romana tinha 6 mil soldados), o próprio Filho de Deus não o fez, a fim de que as Escrituras, que previam sua morte e ressurreição, se cumprissem… e a humanidade fosse redimida do pecado. Assim, sendo, jamais menospreze o privilégio que você tem de possuir uma Bíblia, muito menos sua leitura!Ela é a revelação de Deus para o ser humano, palavra preciosa que dá a esperança que não se encontra registrada em nenhum outro lugar, preciosidade tão valiosa que o próprio Deus, na pessoa de seu Filho, se submeteu a ela até a morte e a ressurreição.Deus nos abençoe. Nos Laços do Calvário Parece que os tempos finais estão se revelando cada vez mais rapidamente e, antes que o Senhor volte como um ladrão na noite, já podemos observar indícios do profetizado reinado do anticristo se consolidando não apenas no Brasil, mas por todo o mundo!Na fase 2023 d’O Pior evangelho decidi lançar mão de novos formatos na expectativa auxiliar a aumentar o alcance dos conteúdos relacionados às Escrituras — stories, vídeos, textos mais curtos, autores convidados… — e essa publicação, onde tomei a liberdade de realizar revisão e ilustração, é parte desse projeto.Obrigado por ter lido até aqui.Continuo necessitando de toda colaboração possível: comentários, compartilhamentos e reações ajudam a divulgar este conteúdo que foi integralmente produzido na intenção de colaborar para a edificação do Corpo de Cristo no mundo.
Negociações Inválidas
Em uma recente entrevista ao “Inteligência Ltda”, o conhecido drag queen Léo Aquilla declarou ter feito um “pacto com Deus”: após ter dito ser fiel ao seu companheiro, afirmou ter prometido a Deus que seria a “melhor pessoa” do mundo, se esforçando ao máximo para ser o melhor em todas as suas realizações (inclusive na política, já que foi nomeado para ser titular da Coordenação de Políticas de LGBTI+ na Prefeitura de São Paulo), tudo para agradá-lO e por amor ao próximo.“Se mesmo assim” — diz — “o Senhor quiser me mandar para o inferno, mande!”Podemos perceber, neste episódio, dois equívocos bem comuns entre aqueles que, de fato, não têm a clareza sobre a natureza de Deus e sua relação com o ser humano. O primeiro e mais “clássico”, por assim dizer, é a ideia de que seja possível alcançar a salvação por meio das obras.Isso é natural do instinto humano: tentar agradar a divindade na qual se acredita, seguindo normas e preceitos que se julga serem agradáveis a ela… porém, no Cristianismo, tal coisa simplesmente não é possível!Isso porque a Lei de Deus é tão santa e perfeita que Tiago registrou: Porquanto, quem obedece a toda a Lei, mas tropeça em apenas uma das suas ordenanças,torna-se culpado de quebrá-la integralmente. (Tiago 2:10 – KJA) Como se vê, basta UM ÚNICO pecado para toda a Lei de Deus ser quebrada.E o detalhe é que Tiago diz que BASTA TROPEÇAR, ou seja, sequer sendo necessário que, de fato, se “caia”!Em outras palavras, não é necessário um pecado deliberado: mesmo um pecado cometido sem que a pessoa saiba se tratar de um pecado… já a torna culpada diante da Lei divina, tornando impossível a sua Salvação por méritos próprios.Embora esteja diretamente relacionado a este primeiro, o segundo equívoco no discurso de Léo Aquila tem um direcionamento mais específico e vem se tornando um dos mais praticados e aceitos por muitos no mundo atual: A TENTATIVA DE “COMPENSAÇÃO” A partir do momento em que a pessoa cai no equívoco de imaginar ser possível agradar a Deus por meio das obras, sem que primeiro tenha ocorrido uma genuína conversão, uma das consequências é exatamente o pensamento de tentar compensar um pecado que não se quer abandonar — aquilo ao que, na gíria, normalmente é chamado de “pecado de estimação” — através da prática de boas obras e do abandono de outros pecados dos quais não se sente falta… ou se sente menos. Esse pensamento é simplesmente uma autoilusão, nada mais.Como já foi dito, não há possibilidade de uma pessoa — por melhor e mais íntegra que seja aos olhos das demais — agradar a Deus por meio de suas obras, se não houver nela um coração realmente convertido a Jesus Cristo.Isaías afirmou: Ora, todos nós estamos na mesma condição do impuro!Todos os nossos atos de justiça se tornaram como trapos de imundícia.Perdemos o viço e murchamos como folhas que morrem,e como o vento as nossas próprias iniquidades nos empurram para longe. (Isaías 64:6 – KJA) Isso significa que, para Deus, têm o mesmo valor das ataduras que os leprosos usavam para esconder suas chagas ou dos panos usados pelas mulheres em seu período menstrual.E a verdade é que, mesmo que fosse possível compensar pecados com boas obras, isso não daria ao ser humano qualquer “crédito” para continuar na prática de um “pecado de estimação” sem estar sob a ira de Deus e sob o peso de sua justiça… situação da qual apenas Jesus Cristo pode tirá-lo. Como já foi mencionado: um único tropeço, em um único ponto da Lei divina… já condena a pessoa ao castigo eterno, e apenas a fé em Cristo pode mudar essa situação.O fato é que renunciar aos pecados que não são apreciados na tentativa de obter um “salvo-conduto” para continuar praticando o “de estimação” é, em última análise, uma autoilusão, pois significa somente a recusa de aceitar ser realmente provado por Deus.Há pessoas que, por exemplo, não são tentadas na área do dinheiro e esse é o seu “ponto forte”: pode-se entregar uma grande soma em suas mãos e dizer-lhes que não gastem nada e, de fato, elas não o farão… e nem sentirão qualquer ansiedade por isso.Porém, essas mesmas pessoas podem ter outro ponto fraco como, por exemplo, a questão sexual e, sendo tentadas nessa área, passarão por uma pesada luta interna, sofrerão para resistir e, eventualmente, cairão neste pecado.Com esse exemplo, como fica a questão da prova real da fé? É óbvio que a verdadeira provação só acontece quando a pessoa enfrenta a tentação naquilo onde está fraca: um cristão só é realmente provado e fortalecido quando enfrenta alguma situação arriscada… e não aquela que não representa perigo para ele.Se alguém se recusa a ir consultar um cartomante por já não levar essa crença a sério, isso não é uma provação.A provação acontecerá quando esse cristão, que pode ser, por exemplo, vulnerável ao pecado da cobiça, for colocado em uma situação na qual poderá ter acesso a dinheiro ilícito.Essa é a prova real, o exame verdadeiro. Segundo Mateus 4:1-11, Jesus foi tentando pelo diabo exatamente nos pontos nos quais estaria mais vulnerável:1º – Após passar 40 dias em jejum, o diabo o desafia a transformar pedras em pães;2º – Com a missão de salvar o mundo, o diabo o desafia a ganhar a atenção do povo para a sua mensagem com sensacionalismo, saltando do alto do templo; 3º – Tendo o objetivo de estabelecer o Reino Eterno de Deus, o diabo o desafia a adorá-lo e receber os reinos que ele afirma serem seus;Sabemos que Jesus não cedeu a nenhuma destas tentações, porque, se caísse em qualquer uma delas, estaria desqualificado como Salvador, não cumprindo a vontade do Pai.É interessante notar que Adão e Eva falharam ao — no Paraíso e com toda a fartura — cair em uma só tentação, ao passo que Jesus — no deserto e após ter passado vários dias sem comer — venceu, suportando três tentações de naturezas diferentes. Assim sendo,
Visão Além Do Alcance
Bruce Willis, um dos maiores atores de Hollywood, teve de encerrar sua carreira por causa de um problema chamado demência frontotemporal, que perturba a lucidez e compromete a memória.Phil Collins, um dos grandes nomes da história da música, igualmente teve sua carreira interronmpida por sérios problemas de coluna, que dificultam sua mobilidade e o impedem de tocar o instrumento que o consagrou, a bateria… inclusive tendo de realizar suas derradeiras apresentações sentado.Enquanto escrevia estas linhas estava sendo divulgado que Céline Dion, uma das cantoras mais famosas e dona de uma das mais belas vozes do mundo, foi acometida pela sídrome da pessoa rígida — uma doença autoimune incurável que provoca rigidez muscular e dolorosos espasmos e seu quadro de saúde está se agravando: segundo fontes próximas, ela “mal consegue se mexer”, além de enfrentar as terríveis dores causadas pelos espasmos muscularers característicos da doença, e nenhum tratamento a tem feito melhorar.Fontes próximas de Céline já disseram que tudo indica que ela jamais conseguirá retornar aos palcos… Será que há algo de errado em ser bem-sucedido em sua carreira, em ser vitorioso na vida?Certamente que não!Porém, o sucesso não é capaz de mudar algo totalmente inexorável: ninguém permanece “no topo” para sempre.Poderíamos, inclusive, citar vários casos de campeões olímpicos que tiveram de vender suas medalhas de ouro após encerrar suas carreiras, porque, após sair dos holofotes, simplesmente sequer tinham dinheiro para comer. A glória terrena não é necessariamente errada ou pecaminosa, mas ela tem um detalhe que não pode ser ignorado: definitivamente trata-se de algo passageiro.Ela, ao mais tardar, irá terminar com a morte de seu detentor, mas, como nos exemplos citados, pode ser que termine mesmo antes disso: Bruce Willis, Phil Collins e Céline Dion não serão mais vistos pelo grande público ao vivo, apenas em imagens de arquivo.Em outras palavras, não poderão mais desfrutar da ovação do público, com a qual contaram por décadas em suas vidas. Assim, a verdade é que a conquista da glória terrena, além de não ser garantida (afinal, há pouquíssimos que a conquistam, mesmo trabalhando a vida inteira para isso), é algo que não será mantido indefinidamente. O apóstolo Paulo, ao encrever aos Coríntios, que enfrentavam perseguições por causa de sua fé, ressalta um ponto interessante: Pois as nossas aflições leves e passageiras estão produzindo para nós uma glória incomparável, de valor eterno.Sendo assim, fixamos nossos olhos, não naquilo que se pode enxergar, mas nos elementos que não são vistos;pois os visíveis são temporais, ao passo que os que não se vêem são eternos. (2 Coríntios 4:17-18 – KJA) Pode parecer estranho Paulo falar em tribulação “leve e momentânea” para pessoas que eram implacavelmente perseguidas por um Império tirânico e hostil, perseguição essa que resultava em prisões, torturas, confisco de bens e mortes.Porém, tudo isso eram coisas que ficariam, e até hoje ficam, restritas à Terra e ao tempo de vida: tal como a glória, também a tribulação terrena é algo inteiramente temporal, sem ter qualquer continuidade no Mundo vindouro, a Nova Jerusalém. O mesmo sentimento anticristão que se espalha pelo mundo hoje irá desencadear — conforme as palavras do próprio Jesus no sermão Escatológico (veja Mateus 24-25, Marcos 13 e Lucas 21) — uma tribulação que não terá precedentes na história: as perseguições que ocorreram nos tempos bíblicos, nos tempos da inquisição e em diversos momentos na história eram restritas a uma determinada região onde o poder do estado imperava, porém a que antecede o fim dos tempos — com a globalização, a troca de informações e a influência ao redor de todo o planeta — será mundial. Porém, também isso será algo passageiro, pois este mundo terá um fim: quer seja a glória, quer seja a tribulação, tudo o que se pode ver neste mundo é algo que se restringe à presente realidade da existência terrena e não terá continuação depois que este mundo passar. O maior evangelista que o mundo conheceu disse com toda a propriedade que “o que se vê, é temporal, o que não se vê é eterno”, pois reconhece que, em termos terrenos, teve apenas perdas após ser convertido à fé cristã: ele, um judeu da classe farisaica (Filipenses 3:5), um cidadão romano (Atos 22:25-29) e versado na cultura grega, era uma personalidade respeitada nas três culturas e com livre trânsito entre elas.Ao se tornar cristão, passou a ser perseguido e tendo de enfrentar muitas dificuldades e dores (conforme apresentado em 2 Coríntios 11:23-28), porém, passou a considerar como “refugo” tudo o que ele tinha antes, ou, conforme diz o termo original, σκυβαλα (SKÚBALON), “esterco”, porque de nada valia, comparado ao fato de pertencer a Cristo. A filiação ao Pai por meio de Jesus pode não trazer qualquer vantagem agora, mas as vantagens deste mundo são passageiras e até mesmo desprezíveis se comparadas ao que nos espera: como disse o mesmo Paulo no texto-base desta reflexão, o peso de glória que será dado aos salvos é “acima de toda comparação”, ou seja, nem os anjos terão uma intimidade tão grande com Deus quanto os salvos na eternidade.Os salvos reinarão com Cristo em uma realidade onde o sofrimento ou qualquer sensação desagradável jamais os atingirão (Apocalipse 21:4) e, o melhor de tudo, isso será ETERNO, não algo transitório como as alegrias e glórias da vida terrena.Assim, sendo, que nosso coração esteja nas coisas do alto, aquelas que Cristo nos conquistou com sua morte e ressurreição.Tudo o que temos e eventualmente tivermos ficará para trás quando partirmos deste mundo: Porque ingressamos neste mundo sem absolutamente nada,e ao partirmos daqui, nada podemos levar. (1 Timóteo 6:7 – KJA) Aquilo que AINDA não podemos ver, no entanto, não só é algo acima de nossa compreensão, como é infinito, algo a ser desfrutado por toda a eternidade. Nos Laços do Calvário TÍTULO ORIGINAL: ATENTANDO NAS COISAS QUE NÃO SE VEEM Tudo parece indicar que os tempos finais estão se revelando cada vez mais rapidamente e, antes que o Senhor volte como um ladrão na noite, já podemos observar indícios do profetizado reinado
Amadurecimento Na Fé
Há uma cena no segundo episódio da série original dos Thundercats que, embora não seja específica para os cristãos, revela algo interessante tanto sobre a vida terrena, quanto sobre a espiritualidade e a relação do cristão com Deus: (Tygra) — Não esqueça de levar a Garra-Escudo e a Espada, Lion-O, caso precise nos convocar.(Lion-O) — Sim, eu darei conta de tudo o que possa surgir. — (Lion-O se afasta do grupo)(Panthro) — Será que foi uma boa ideia, Tygra?(Cheetara) — Será que estamos ajudando Lion-O ao pedir que faça tarefas desagradáveis?(Tygra) — Lembrem-se, o nosso amigo Lion-O passou dez anos galácticos em uma cápsula de suspensão. Durante esse período, ele cresceu somente em tamanho, mas o fato é que ele não amadureceu: ele perdeu as experiências através das quais as pessoas amadurecem. E foi assim, ao sair para verificar a área onde construiriam seu QG, a “Toca dos Gatos”, que aconteceu o primeiro encontro de Lion-O com os seus grandes inimigos, os mutantes, e especialmente o maior de todos, Mumm-Ra…Lion-O foi pressionado a amadurecer de forma acelerada exatamente por ter o direito à liderança dos Thundercats por herança de seu pai, mas só completou o processo, tornando-se o líder por mérito, ao longo da série, ao vencer os desafios impostos pelo Código dos Thundercats, provando ser capaz de vencer os desafios dos demais membros: o de força (Panthro), o de velocidade (Cheetara) e o de inteligência (Tygra). Uma pessoa que não passa por experiências, mesmo as que lhe desagradam, jamais vai se tornar um ser humano realmente adulto.A expressão “criança mimada”, em muitos casos, pode ser aplicado metaforicamente a pessoas já crescidas ou em idade até mais avançada: quem é protegido de tudo, a quem os pais, familiares e amigos tentam evitar que enfrente situações que não lhe agradam, não terá estrutura emocional e capacidade de lidar com adversidades, ficando sempre na dependência de que outros resolvam seus problemas e, não raro, enfurecendo-se quando contrariado ou frustrado. Tal regra vale também, e até de forma mais incisiva, para o amadurecimento da fé.Recordando de minha própria experiência pessoal, lembro que conheci determinada senhora que não gostava de seu genro, a quem classificava como “um traste”, e dizia orar todos os dias para que sua filha se separasse do mesmo, mas nunca dizia a razão dessa antipatia.Porém, após mais de um ano, acabou por ver a filha não apenas prosseguir seu relacionamento com ele, mas também oficializar a união em cartório.O resultado?Essa senhora abandonou a fé, dizendo que Deus não era fiel e que não queria mais saber dele.Posteriormente, fiquei sabendo a razão de ela rejeitar seu genro: ele era garçom em um restaurante, profissão que ela achava não estar à altura de sua filha, professora do ensino médio… Irmãos, não vos pude falar como a pessoas espirituais, mas como a pessoas carnais, como a crianças em Cristo.O que vos dei para beber foi leite e não alimento sólido, pois não podíeis recebê-lo,nem ainda agora podeis, porque ainda sois carnais.Visto que campeia entre vós todo tipo de inveja e discórdias,por acaso não estais sendo carnais, vivendo de acordo com os padrões exclusivamente mundanos? (1 Coríntios 3:1-3 – KJA) De fato, há pessoas que, como diz Paulo, se recusam a experimentar o “alimento sólido” da fé, tendo de ficar recebendo sempre o “leite”, por ainda serem carnais, ou seja, por se preocuparem com questões secundárias, vaidades e preferências pessoais e ignorarem o cerne do Evangelho: a renúncia às próprias vontades por amor ao Salvador, na certeza de viver eternamente na sua presença na Nova Jerusalém. Ninguém diz que amadurecer é fácil, nem na vida cotidiana e, principalmente, na relação com Deus.O próprio Paulo, o maior evangelista que o mundo conheceu, teve de ser convertido de forma agressiva por Jesus, que o deixou cego, em jejum por três dias (veja Atos 9:1-30) e, posteriormente, ainda colocou nele um “espinho na carne” (veja 2 Coríntios 12:7-10)… além de todas as aflições que passou ao longo de seu ministério, tendo sido açoitado cinco vezes por ordem das autoridades de seu próprio povo (conforme 2 Coríntios 11:24), ficando preso por cerca de 5 de seus 30 anos de ministério e, ainda ao final, morto por execução.Porém, sem ter passado por tudo isso, ele não teria adquirido a maturidade espiritual que o levou a não negar Cristo sob nenhuma circunstância! E nem haveria hoje as consoladoras epístolas de Efésios, Filipenses e Colossenses, escritas por ele enquanto se encontrava no cárcere. Exatamente pela ignorância de que o processo de amadurecimento na fé é algo duro e mesmo doloroso, muitos ditos “crentes” se recusam a seguir o caminho de Cristo nos momentos de dificuldade, preferindo esperar apenas pelas bênçãos terrenas e pela permanente realização de seus desejos e, ainda por cima, da forma exata como imaginam que isso deva acontecer!Quem nunca viu algum desses “profetizando” por um carro, uma casa, dinheiro, um emprego, promoções, reconhecimento, saúde… todas essas coisas que Deus não prometeu a ninguém que o faria? Nisso, muitos desses “crentes” se assemelham ao personagem de Kevin Sorbo no primeiro filme da franquia “Deus não está morto”, no qual interpreta um professor ateu militante, que acaba sendo desmascarado por um de seus alunos, que prova diante de toda a turma que ele não era na verdade um ateu, mas sim, um revoltado contra Deus pelo fato de o Criador não haver evitado que sua mãe morresse de câncer quando ele tinha 12 anos: o aluno, muito mais maduro espiritualmente, lhe disse que “às vezes, a resposta de Deus é ‘NÃO’”. Como foi dito, não é fácil o processo do amadurecimento — nem se pode, especificamente, exigir que os cristãos gostem de passar por ele — que pode levar muitos a derramar lágrimas e ficar inconformados, especialmente ao verem que tantos outros, aparentemente, não enfrentam coisas desse tipo.Porém, carregar a cruz e perseverar — mesmo em meio a situações difíceis, dolorosas e desagradáveis, e tendo desejos pessoais não atendidos por Deus — é o processo pelo qual todos os
Qual O Peso Da Sua Cruz?
Buscai, assim, em primeiro lugar, o Reino de Deus e a sua justiça,e todas essas coisas vos serão acrescentadas. (Mateus 6:33 – KJA) Muitas pessoas, ao lerem essa passagem, parecem ficar mais interessadas nas “coisas que serão acrescentadas” do que no Reino de Deus e em sua justiça: o ser humano, em seu estado natural, é imediatista, limitado e deveras egoísta, querendo obter não apenas o que deseja, mas, ainda por cima, de forma imediata… num piscar de olhos!E, dada a contaminação de sua natureza pelo pecado, existe um vazio (que muitos não querem admitir) em seu interior: a vida, que sabidamente acaba, não parece fazer sentido e, por mais que se conquiste, esse vazio permanece, levando muitos a tentar preenchê-lo com mais e mais ascensão social, status, dinheiro e poder.E o vazio sempre continua lá, insuflando as pessoas a conquistar, a obter, a buscar por algo que os preencha, mas isso jamais vai acontecer desta forma. Há alguns anos, quando o jornalista Luiz Carlos Prates comentou a saída de Xuxa da Globo para a Record, destacou a alegada necessidade do ser humano de estar trabalhando até o seu último suspiro. No vídeo, ele comete alguns erros primários ao, por exemplo, dar a entender que o trabalho é que redime o ser humano do pecado original… mas não vamos sequer cobrar uma interpretação realmente fundamentada da Escritura de alguém como ele, que não é teólogo.Não é esse o ponto a se destacar. O que deve ser destacado é sua menção de que o trabalho, entre outras coisas, “anestesia a consciência da finitude” — eis o cerne da questão!Com tal afirmativa, ele expõe aquilo que mais frustra a relação do ser humano com sua existência neste mundo: a mortalidade.E, de fato, muitos tentam obter mais e mais conquistas, mais e mais ascensão social, a fim de preencher o vazio interior que carregam e, tal como diz Prates, esquecerem-se de que um dia terão de encarar a morte.No fundo, é isso que leva muitas pessoas a esperar de Jesus Cristo coisas que ele não prometeu: a solução para os seus problemas, a satisfação de seus desejos e a realização pessoal. Querendo “anestesiar-se” da consciência da própria mortalidade, sentem-se no direito de dizer: “Eu recebo”, “Eu tomo posse”, “Eu determino” ao manifestar seus desejos pessoais, colocando-os diante de Deus.E, quando afinal chega a hora de encararem a própria mortalidade, mesmo quando tudo aponta para o fim de sua jornada nesta Terra (tipo, quando já estão com idade avançada e são diagnosticadas com alguma doença terminal), continuam a esperar que, no último instante, Deus vai reverter a situação e curá-las, mesmo sabendo que a morte é inevitável e chegará para todos, inclusive para eles, mais cedo ou mais tarde.E é por causa disso que muitos acabam por dar mais atenção às “coisas acrescentadas” do que ao Reino de Deus ao lerem a passagem destacada no início do texto… e até mesmo entre as “lideranças cristãs”, não falta quem parta do pressuposto de que todos já entenderam que a promessa de Jesus em relação à salvação eterna é a prioridade e, por isso, não é necessário dar muita atenção a esse ponto. No entanto, ocorre um duplo engano aí.Tanto por se achar que a promessa de Deus em relação à salvação já foi plenamente compreendida, aceita e assimilada por todos os ouvintes e frequentadores das reuniões, quanto por se também acreditar que as “coisas acrescentadas” abrangem TODOS OS DESEJOS dos considerados já convertidos a Cristo!Em primeiro lugar, ainda que Jesus use os exemplo das aves do campo e dos lírios — que eram alvo do cuidado de Deus e tinham sustento e “vestimentas” mais belas do que as de Salomão — Ele deixa claro, ao final da passagem, que a promessa do cuidado de Deus se restringe ao que seus filhos NECESSITAM e não necessariamente a tudo que DESEJAM!Em outras palavras, Deus proverá o necessário às NECESSIDADES humanas dos que crêem, não implicando em atender a todas as suas VONTADES. Verifique: Portanto, vos afirmo:não andeis preocupados com a vossa própria vida, quanto ao que haveis de comer ou beber;nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir.Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo mais do que as roupas?Contemplai as aves do céu: não semeiam, não colhem, nem armazenam em celeiros;contudo, vosso Pai celestial as sustenta.Não tendes vós muito mais valor do que as aves?Qual de vós, por mais que se preocupe, pode acrescentar algum tempo à jornada da sua vida?E por que andais preocupados quanto ao que vestir?Observai como crescem os lírios do campo.Eles não trabalham nem tecem.Eu, contudo, vos asseguro que nem Salomão, em todo o esplendor de sua glória, vestiu-se como um deles.Então, se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada ao fogo,quanto mais a vós outros, homens de pequena fé?Portanto, não vos preocupeis, dizendo:Que iremos comer? Que iremos beber? Ou ainda: Com que nos vestiremos?Pois são os pagãos que tratam de obter tudo isso; mas vosso Pai celestial sabe que necessitais de todas essas coisas.Buscai, assim, em primeiro lugar, o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas.Portanto, não vos preocupeis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará suas próprias preocupações.É suficiente o mal que cada dia traz em si mesmo. (Mateus 6:25-34 – KJA) É claro que, eventualmente, Deus poderá enriquecer e dar glória e autoridade terrena a algum de seus filhos.Isso ocorrerá quando for necessário, quando houver algum propósito para tal, como quando algum cristão recebe autoridade entre os poderosos do mundo ou riquezas para, de alguma forma ajudar aos irmãos necessitados e/ou perseguidos.Igualmente, por graça, Deus poderá conceder a satisfação dos desejos de seus filhos, desde que isso não incorra em risco para sua fé e salvação.Mas, como foi dito, isso é GRAÇA, não mérito e nem conquista: Deus o fará QUANDO, COMO e especialmente SE quiser fazê-lo.A promessa de cuidado de Deus para com os seus
Farisaísmo Contemporâneo
Quando se aplicam os termos “Fariseu” ou “Farisaísmo”, normalmente nos vem à mente a imagem de pessoas hipócritas e arrogantes, que se achavam superiores aos demais judeus de seu tempo: embora tais ideias não estejam erradas, elas ainda não chegam ao cerne da questão do farisaísmo, que tem raízes mais profundas do que simplesmente a péssima conduta e a atitude soberba. O termo “fariseu” deriva do hebraico “pharash“, que significa “estar separado”.Em termos doutrinários, os fariseus se enxergavam — devido ao seu extremo zelo pelas leis judaicas e tradições advindas destas — como um grupo à parte dos demais judeus. Consideravam eles que a Torah poderia ser resumida em 613 tradições (elaboradas a partir de suas próprias interpretações da Lei de Moisés) e a observação de tais tradições era constante e implacavelmente cobrada por eles dos demais judeus de sua época.Algumas destas tradições chegavam às raias do absurdo como, por exemplo, uma que proibia a pessoa de se olhar em um espelho aos sábados… isso porque ela poderia perceber que tinha algum cabelo branco, se sentisse tentada a removê-lo e, ao fazer isso, estaria violando o descanso absoluto imposto pelo sábado judeu. No entanto, os fariseus não eram problemáticos apenas na questão religiosa: a verdadeira fonte de sua nocividade era a sua ambição política pela manutenção do poder que detinham sobre o povo.Sendo considerados autoridades na Torah, eram obedecidos de forma praticamente incondicional por muitos. Os poucos que ousavam rebelar-se contra tamanha tirania eram frequentemente convocados ao Sinédrio e julgados, praticamente sempre já estando condenados de forma antecipada por meio da convocação de testemunhas compradas. Durante o domínio Romano, a religião judaica era tratada em Israel como Roma tratava todas as religiões do povos conquistados, ou seja, era necessário que os líderes fariseus fizessem concessões aos dominadores, aceitando determinadas condições — inclusive a submissão ao poder do estado — para que permanecessem no cargo.Caifás — que era do grupo dos fariseus e o sumo sacerdote na ocasião em que Jesus foi condenado à crucificação — certamente mantinha boas relações com Roma e com Pilatos, dada a sua longa permanência como sumo sacerdote (cerca de 18 anos, algo muito raro na época).Isso fica ainda mais evidente quando se vê que ele e seus aliados foram recebidos sem qualquer restrição pelo governador Romano na ocasião em que tramavam entregar Jesus para o poder do estado, a fim de que fosse crucificado (verifique em Mateus 27:1-2; Marcos 15:1 e Lucas 23:1). Jesus era, obviamente, uma ameaça ao poder dos fariseus em Israel.Com sua pregação centrada no sentido original da Lei Mosaica, apresentando a necessidade do derramamento de sangue para haver redenção e mostrando que a verdadeira fé estava em se esperar pelo Messias (veja Colossenses 2:16-17), Ele desacreditava os ensinos e as tradições dos fariseus, que insistiam no cumprimento da lei de acordo com a sua própria interpretação (além da observância das 613 tradições adicionadas por eles), o que só resultava em um pesado fardo para o povo e na manutenção de sua tirania e poder, que lhes eram altamente lucrativos financeiramente.Isso deve ser suficiente para explicar a hostilidade dos mesmos em relação a Jesus e aos apóstolos… O resultado dessa ambição foi — além da crucificação de Jesus e a posterior perseguição aos apóstolos — algo que permanece até os dias atuais: a apostasia dos judeus, que à exceção dos messiânicos, rejeitam Jesus como o Messias.Tudo por causa destes mesmos ambiciosos fariseus que, temendo perder o domínio sobre o povo, subornaram os guardas para que anunciassem que Jesus não ressuscitara, mas tivera seu corpo furtado pelos discípulos (verifique em Mateus 28:12-15).Em suma, os fariseus eram pessoas que essencialmente se afirmavam seguidores de Deus, praticantes de seus preceitos e observadores de suas leis, mas que, na prática, priorizavam seu poder e sua ambição política acima de sua declarada religiosidade. Seu suposto temor a Deus era apenas uma “fachada”, um disfarce para suas reais intenções, que eram a obtenção e a manutenção de seu poder sobre o povo. E hoje, será que existem fariseus? A resposta é “SIM”.Embora seja mais difícil de perceber o erro quando se está inserido em seu meio ou rodeado por eles, a verdade é que os fariseus dos tempos atuais continuam a atuar de forma bem semelhante aos dos primeiros tempos da era cristã. Como foi colocado, a prioridade dos fariseus originais não era a espiritualidade, mas a política, algo que os favorecia na obtenção e manutenção de poder sobre os demais.E como se poderia evitar de dizer que o que não faltam hoje são pessoas que usam um invólucro de religiosidade, muitas vezes se valendo do nome de Deus e do Messias, não porque se importem com eles, mas porque isso os torna mais atraentes para o eleitorado, facilitando seu acesso a cargos altamente vantajosos? Mas, frequente e infelizmente, ao alcançarem as posições ambicionadas, logo revelam que nada possuem de temor a Deus e, pelo contrário, se julgam no direito de utilizar sua popularidade para concentrar mais e mais poder (e, em consequência, dinheiro) em torno de si.E, para assegurar a manutenção desse poder, cercam-se de outros fariseus, que os apoiam de forma praticamente incondicional, não importando o que façam, porque buscam ter também a sua parte nas vantagens decorrentes do poder desses fariseus.Tudo isso é apoiado por uma multidão de pessoas que creem estar obedecendo a Deus por apoiar tais fariseus dos tempos de hoje, quando, na verdade, nada mais são do que fonte de riqueza, poder e prestígio para eles, enquanto Deus nada tem de participação nisso ou aprovação de tais atitudes… a não ser como um slogan. Se a consequência do farisaísmo dos tempos de Jesus foi a apostasia dos judeus, o que pode advir do farisaísmo contemporâneo é a aceitação e exaltação do Anticristo, cujo caminho já está sendo pavimentado pelas principais lideranças mundiais.O apoio incondicional das massas a determinados políticos e líderes nos dias atuais, apenas favorece a implantação da Nova Ordem Mundial, que tem a ambição de estabelecer um só governo,
Fuga x Acolhimento
Porém, Jonas se levantou para fugir da presença do SENHOR para Társis.E descendo a Jope, achou um navio que ia para Társis;pagou, pois, a sua passagem, e desceu para dentro dele, para ir com eles para Társis, para longe da presença do SENHOR. (Jonas 1:3 – ACF) Exatamente por não ter sido inteiramente obediente ao chamado de Deus para levar sua mensagem aos ninivitas, um dos profetas mais lembrados do Antigo Testamento tem essa memória junto ao povo de Deus.: Jonas, como israelita, não tinha qualquer simpatia pelo povo de Nínive, capital da Assíria.O império Assírio, na época, era conhecido por sua extrema crueldade, tendo inventado, inclusive, a empalação — ato de se introduzir uma estaca no abdômen ou no ânus de uma pessoa e colocá-la a seguir na posição vertical, causando uma morte lenta e dolorosa —, que se tornou mundialmente conhecida por causa de Vlad Tepes, que costumava empalar seus prisioneiros de guerra e serviu como inspiração para Bram Stoker na criação do tenebroso Conde Drácula. Diante disso, Jonas não desejava o arrependimento e a conversão dos ninivitas, antes rogava pelo juízo divino sobre aquele povo (e isso fica explícito no último capítulo do livro). Sabendo, porém, que Deus era misericordioso e não puniria a cidade caso se arrependessem, tentou fazer o impossível: fugir da presença de Deus.A história é bem conhecida e não creio ser necessário entrar em detalhes sobre ela, mas o que quero destacar nesta reflexão é a tentativa infantil de Jonas, acreditando que lhe era possível fugir da presença de Deus.Outro famoso profeta — no caso, Jeremias — curiosamente mencionou a impossibilidade de tal atitude, relatando a visão em que Deus lhe afirma: Porventura sou eu Deus de perto, diz o SENHOR, e não também Deus de longe?Esconder-se-ia alguém em esconderijos, de modo que eu não o veja? Diz o SENHOR.Porventura não encho eu os céus e a terra? Diz o SENHOR. (Jeremias 23:23-24 – ACF) Não há como saber se Deus disse tal coisa a Jeremias como referência ao caso de Jonas, que morrera cerca de um século antes, mas essa verdade é absoluta e imutável.Davi foi outro que reconheceu que não há como ocultar-se da presença do Senhor, ao escrever: Tu me cercaste por detrás e por diante, e puseste sobre mim a tua mão.Tal conhecimento é para mim maravilhosíssimo; tão alto que não o posso atingir.Para onde me irei do teu espírito, ou para onde fugirei da tua face?Se subir ao céu, lá tu estás; se fizer no inferno a minha cama, eis que tu ali estás também.Se tomar as asas da alva, se habitar nas extremidades do mar, Até ali a tua mão me guiará e a tua destra me susterá.Se disser: Decerto que as trevas me encobrirão; então a noite será luz à roda de mim.Nem ainda as trevas me encobrem de ti; mas a noite resplandece como o dia; as trevas e a luz são para ti a mesma coisa. (Salmos 139:5-12 – ACF) O fato é que não existe limitação ao poder divino, e tentar ocultar-se dele é uma atitude completamente infantil. Embora seja motivo de advertência contra a vida pecaminosa — lembrando a todos de que é impossível ocultar suas falhas da onisciência de Deus —, isso também pode ser um motivo de profunda alegria para o cristão sincero.Uma devoção de um antigo livro de reflexões chamado “Ergue a Tua Vida” narra a história de um menino que, indo à escola bíblica e tomando consciência da que nada pode esconder de Deus, manifestou seu medo de ser castigado à sua professora, por Deus nunca estar desatento a nada do que ele fazia. Perguntou se Deus, mesmo vendo todos os pecados que ele cometia, não deixaria de amá-lo.E a professora, amavelmente respondeu: “Nunca, meu querido. Deus o ama tanto que não consegue tirar os olhos de você”. Lutero teria declarado essa professora como doutora em teologia, por saber fazer tão impressionante distinção entre lei e Evangelho(o Reformador dizia que isso é o que mais faz uma pessoa ser merecedora de doutorado: enquanto para o pecador impenitente a onisciência e a impossibilidade de fuga da presença são assustadoras, para o cristão sincero e disposto ao arrependimento, tal situação envolve acolhimento da parte do Pai.Sabedor de que Deus está sempre ciente de tudo, o cristão sincero não tem necessidade, de, como infantilmente agiu Jonas, buscar fugir de sua presença.Ao contrário, ele é lembrado de que nada está fora do controle de Deus, que nada do que possa lhe acontecer — mesmo as coisas mais assustadoras ou as provas mais difíceis — estão além do que é dito pelo apóstolo Paulo: Não veio sobre vós tentação, senão humana;mas fiel é Deus, que não vos deixará tentar acima do que podeis,antes com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar. (1 Coríntios 10:13 – ACF) Cada um pode, assim, examinando a seu próprio coração, saber se teme ou agradece pela onisciência divina, se teme por Deus ter consciência de seus pecados ou se sente a segurança de ter um Pai Celestial que nunca tira os olhos de si, tendo cuidado do filho que ama em todos os momentos.Medo e desejo de fuga ou alegria pelo acolhimento divino… a escolha é de cada um. Nos Laços do Calvário Coincidências (ou não) à parte, parece que os tempos finais estão se revelando cada vez mais rapidamente e, antes que o Senhor volte como um ladrão na noite, já podemos observar indícios do profetizado reinado do anticristo se consolidando não apenas no Brasil, mas por todo o mundo!Na fase 2023 d’O Pior evangelho decidi lançar mão de novos formatos na expectativa auxiliar a aumentar o alcance dos conteúdos relacionados às Escrituras — stories, vídeos, textos mais curtos, autores convidados… — e essa publicação, onde tomei a liberdade de realizar revisão e ilustração, é parte desse projeto.Obrigado por ter lido até aqui.Continuo necessitando de toda colaboração possível: comentários, compartilhamentos e reações ajudam a divulgar este conteúdo que foi integralmente produzido na
O Sublime Ideal Imbatível
“Eu, Bruce Lee, serei o ator oriental mais bem pago dos EUA, um superstar.Em troca disso, farei as performances mais entusiasmadas e entregarei o melhor de mim como ator.Começando em 1970, atingirei fama mundial e a partir daí, até o final de 1980, terei em minha posse 10 milhões de dólares, viverei do jeito que eu quero, atingirei paz interna e felicidade.” Trecho da “Carta de 10 milhões de dólares” Estas palavras foram escritas por um Bruce Lee ainda em início de carreira nos EUA, em 1969, quando tinha de 28 para 29 anos e, de fato, parece um bom plano de vida para o maior artista marcial que o mundo conheceu.Embora nascido em San Francisco, Califórnia, Bruce Lee era filho de chineses e seu verdadeiro nome era Lee Jun-fan, sendo “Bruce” apenas seu nome artístico.De fato, suas performances eram espetaculares, sendo capaz de jogar tênis de mesa usando um nunchaku e vencer dois adversários usando raquetes! Segundo os que acompanharam suas exibições, seus murros eram tão fortes e rápidos que faziam o ar “estalar” como nos golpes desferidos por um chicote. No entanto, algo com que Bruce certamente não contava era com um analgésico em sua vida.Em 20 de julho de 1973, por causa de uma dor de cabeça, pediu um comprimido para sua cunhada — a imprensa da época disse que se tratava de uma amante do lutador, mas sua viúva, Linda Lee Caldwell, afirma que tal versão é difamatória na biografia de Bruce que escreveu —, que lhe deu uma cápsula de um remédio bem comum na época, a base do princípio ativo chamado Equagesic. Ele tomou o remédio e, em seguida, deitou-se para dormir.Nunca mais acordou. A autópsia confirmou que a Equagesic provocou uma violenta reação alérgicaa, causando-lhe um forte edema (acúmulo de líquido) em seu cérebro, que terminou por causar sua morte, com menos de 33 anos de idade: ninguém jamais suspeitava que ele eraa hipersensível a esse analgésico… nem ele mesmo!Um homem que esbanjava saúde e força, um dos atores mais promissores de sua geração, capaz de feitos quase sobrenaturais com seu corpo, tendo influenciado vários outros atores, como Bolo Yeoung, Chuck Norris e James Coburn, fora derrotado por um simples comprimido para dor de cabeça, algo comumente ministrado até para crianças.O projeto de vida de Bruce terminou 7 anos antes de poder ser concretizado. Em 31 de março de 1993, seu filho Brandon também acabou morrendo — e ainda mais precocemente que o pai! — ao ser atingido por um tiro disparado por uma arma que deveria conter apenas balas de festim, durante as filmagens de “O Corvo”.O “filho do dragão”, como era conhecido, viveu ainda menos tempo que seu pai, apenas 28 anos, tendo perdido a vida 3 semanas antes da data marcada para seu casamento.Brandon, diferentemente de seu pai, apesar de também ser lutador de kung fu, queria ser reconhecido mais como ator do que como artista marcial… mas também não tempo de realizar seu projeto de vida. Por quanto tempo uma pessoa pode viver neste mundo? Isso é algo que, como sabemos, varia muito. Há bebês que morrem ainda no ventre de suas mães, como também há pessoas que ultrapassam os 100 anos de idade. Independente disso, porém, é certo que a questão, para o ser humano não é “se” a morte vai ocorrer, mas sim “quando”.Assim sempre foi e sempre será. De fato, a vida terrena é nada mais que uma faísca, uma fagulha… um brilho que se apaga a uma velocidade alucinante, quando comparada àquilo que espera o homem para depois desta vida.O homem faz seus planos, projeta sua existência nesse mundo, traça seus objetivos, porém, a verdade é que não tem qualquer controle sobre a duração de sua existência terrena: mesmo as pessoas mais fortes e saudáveis — como Bruce e Brandon — podem ser tiradas do mundo em um piscar de olhos, ou em um acidente, ou por algum mal súbito, ou por assassinato, enfim, as formas são as mais variadas.E, morrendo uma pessoa, seus projetos e ambições morrem junto: podem ser levados adiante por outras pessoas, mas o próprio idealizador não desfrutará de seus resultados, caso aconteçam. Em última análise, uma vez que a vida de todos tem um fim, caso não exista nada após a morte, a existência humana, tal como a de qualquer ser vivo é desprovida de sentido… ao menos de um sentido objetivo.Mesmo que nada haja depois da morte, há os que insistem em dizer que a pessoa pode dar algum sentido à sua existência (subjetivismo) como, por exemplo, “influenciar positivamente a vida de outros”.Mas se esses “outros” a ser influenciados também vão, mais cedo ou mais tarde, morrer… que sentido há em se influenciar a vida deles?Por mais nobre que possa parecer, caso o ser humano se restrinja a este mundo, qualquer projeto de vida não mantém uma razão verdadeira para existir ou acontecer.Sem nada após a morte, não faz diferença se alguém teve uma vida muito feliz ou muito infeliz; uma existência muito boa ou muito ruim; ou se a vida foi muito fácil ou muito difícil; boas ou ruins; éticas ou desregradas… todas levam ao mesmo fim: tudo termina no túmulo, inclusive projetos e ambições. Absolutamente todas as pessoas morrem por serem pecadoras: Porque o salário do pecado é a morte,mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna por intermédio de Cristo Jesus, nosso Senhor! (Romanos 6:23 – KJA) A fé cristã, felizmente, oferece ao homem não apenas um projeto de vida que faz sentido, mas também a certeza de que sua existência não termina nesta terra, neste plano, porque Cristo, em sua obra, livrou a todos do pecado e de sua pior consequência, a morte eterna, tendo se feito propiciação pelos pecados de todo o mundo. Caros filhinhos, estas palavras vos escrevo para que não pequeis.Se, entretanto, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo;e Ele é a propiciação pelos nossos pecadose não somente por nossas ofensas pessoais, mas pelos pecados
Qual O Fundamento Da Sua Fé?
“Alagados, Trenchtown, Favela da MaréA esperança não vem do marNem das antenas de TVA arte de viver da féSó não se sabe fé em quê A letra da música “Alagados”, gravada no ano de 1986 pelos Paralamas do Sucesso, soa como uma profecia feita para se cumprir nos tempos atuais: pessoas buscando algo em que acreditar, que lhes dê um sentido, um rumo para sua existência… e isso favorece muito o mercado da fé que existe desde que o mundo é mundo.Porém, o ponto principal deste artigo não é a exploração da fé ingênua de muita gente, da qual muitos se aproveitam para conquistar poder e enriquecimento: o que propomos aqui é uma exposição do vazio existencial de muitas pessoas, que as leva a buscar algo que preencha este vazio.Em outras palavras, uma tentativa de se compreender as causas dessa credulidade absoluta, praticamente bovina, em líderes e instituições — inclusive alguns que usam o rótulo de “cristãos” — que leva muitas pessoas a um vazio espiritual ainda maior, escondido pela ilusão de pertencer a um grupo e submeter-se a uma autoridade. Há algum tempo, muitos católicos exultaram ao ver a entrevista na qual a atriz Cássia Kiss, que era espírita, falava à jornalista Fátima Bernardes sobre sua recente conversão ao catolicismo: Fátima e seu programa são conhecidos por seu aberto apoio à “lacração” progressista dos dias atuais e, por isso, os católicos mais radicais (e mesmo alguns evangélicos) ficaram muito satisfeitos ao ver a indignação mal disfarçada da jornalista diante das declarações de Cássia em defesa de sua fé.No entanto, para quem conhece a fé bíblica e prestou atenção aos detalhes de forma mais objetiva, duas declarações de Cássia certamente são bem reveladoras: “A fé só existe dentro do catolicismo“ e “a minha prática é rosário todos os dias e missa no domingo“… Isso demonstra algo bem específico e igualmente preocupante que será mencionado adiante, mas vale lembrar que Cássia era espírita desde 1989 e, antes disso, já era católica. Portanto, ela apenas voltou para o mesmo lugar de onde saiu.Quem conhece a história de Cássia — com diversos problemas familiares desde a infância (e ela admitiu já ter feito um aborto) — não deve se surpreender com esses pulos de “galho em galho” dados por ela em busca de espiritualidade… a preocupação que foi mencionada antes é exatamente o que diz a letra da música dos Paralamas: fé em quê? Podemos citar também o exemplo de Andressa Urach, que após ter tido uma EQM, igualmente entrou para uma igreja — no caso, a Universal — e depois viveu inúmeros problemas com a mesma (por questões de dinheiro), vindo a abandoná-la e dizer que passaria a adorar Jesus “mesmo com o bumbum de fora”.Atualmente, ela tem seu ganha-pão em uma plataforma de conteúdo adulto… Em que, exatamente, as duas depositaram sua fé?Será que foi mesmo em seu autor e consumador? Ou será que é nas instituições?Todas as evidências exteriores apontam para a segunda opção…Cássia está mesmo crendo no Jesus da Bíblia ou acredita que missas e rosários vão pagar por seus pecados e “abreviar seu tempo no purgatório?Será que quem realmente crê no que as Escrituras ensinam pode acreditar que só existe fé verdadeira dentro da instituição que frequenta?E sequer está sendo declarado aqui que a ICAR afirma que não há fé — e, consequentemente, salvação — fora de seu meio, pois também existem igrejas evangélicas com esse mesmo nível de proselitismo!E Andressa… quantas vezes foi vista falando da salvação e da eternidade com Cristo após a sua declarada conversão?O que ela geralmente foi vista falando era sobre as bênçãos recebidas em termos de vida terrena, mas não da vida eterna na presença de Cristo!Por isso a pergunta: FÉ EM QUÊ? Pela evidência exterior, não é difícil que todo esse furor de Cássia logo se esfrie e ela deixe de ter tal comprometimento com a prática que tem adotado: em um primeiro momento, esse tipo de submissão a uma instituição parece preencher o vazio e aliviar o peso na consciência por conta de pecados cometidos, mas de forma alguma faz com que a pessoa deixe de cometer novos e novos pecados.O apóstolo Paulo é claro e explícito ao condenar esse tipo de coisa, o ato de se seguir preceitos puramente humanos acreditando que, dessa forma, se está agradando a Deus: Considerando que morrestes com Cristo para as tradições humanas e a falsa religiosidade deste mundo,por que vos sujeitais ainda a tais ordenanças como se pertencêsseis a este sistema de valores?Não mais obedeçais a regras como estas: “Não toques!”, “Não proves!”, “Não manuseies!”Todas essas regras estão destinadas a desaparecer pelo uso, pois se baseiam em ordenanças e ensinos meramente humanos.Esses regulamentos têm, de fato, aparência de sabedoria, com sua pretensa religiosidade, falsa humildade e rígida disciplina para com o corpo, mas não têm valor algum para refrear as paixões da carne. (Colossenses 2:20-23 – KJA) E o que dizer de Andressa?Diz ter encontrado Jesus, mas não fala nada da salvação eterna e, ainda por cima, pareceu não se importar em participar de uma “igreja” que defende o aborto. A fé que ambas possuem pode ser absolutamente sincera, mas está fundamentada em algo totalmente errado: a alegada fé está focada NAS INSTITUIÇÕES que frequentam, em vez de estar focada naquele que realmente importa.A verdade é que ambas não sabem o que de fato é ter fé… ao menos não a fé revelada na Bíblia! Portanto, também nós, considerando que estamos rodeados por tão grande nuvem de testemunhas,desembaracemo-nos de tudo o que nos atrapalha e do pecado que nos envolve,e corramos com perseverança a corrida que nos está proposta,olhando fixamente para o Autor e Consumador da fé: Jesus,o qual, por causa do júbilo que lhe fora proposto, suportou a cruz, desprezando a vergonha,e assentou-se à direita do trono de Deus.Refleti profundamente sobre Aquele que suportou tamanha oposição dos pecadores contra sua própria pessoa,para que não vos fatigueis, tampouco desanimeis. (Hebreus 12:1-3 – KJA) Não sou de colocar a mão no fogo por
Questão De Amor, A Verdadeira
Há algum tempo, um conhecido maquiador de celebridades, homossexual assumido, criou uma tremenda polêmica com uma cantora gospel por ela ter recusado seu convite para cantar em sua cerimônia de casamento com outro homem.O episódio ficou bem conhecido pelo público, especialmente os internautas, mas o que necessita ser destacado é o motivo pelo qual a cantora em questão recusou o convite: tratava-se de algo que não era compatível com a fé que professava e, segundo ela, caso aceitasse teria de parar de cantar temas relacionados a Jesus, pois estaria endossando algo que não poderia, que “bateria de frente” com a sua fé.O maquiador, naturalmente, não recebeu bem a recusa, chegando a gravar um vídeo para demonstrar sua indignação, declarando não ser mais amigo da cantora, que não admitiria que ninguém lhe dissesse que está no caminho da condenação nem aceitava que alguém fosse condenado “por amar”. Para qualquer pessoa que conheça o mínimo suficiente da Bíblia, não é mistério que o relacionamento amoroso entre pessoas do mesmo sexo é explicitamente declarado como pecaminoso no texto da Escritura: Porque do céu se manifesta a ira de Deus sobre toda a impiedade e injustiça dos homens, que detêm a verdade em injustiça.Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho manifestou.Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem,e claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis;Porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças,antes em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu.Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos.E mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis.Por isso também Deus os entregou às concupiscências de seus corações, à imundícia, para desonrarem seus corpos entre si;Pois estes mudaram a verdade de Deus em mentira, e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que é bendito eternamente. Amém.Por isso Deus os abandonou às paixões infames.Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural, no contrário à natureza.E, semelhantemente, também os homens, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para com os outros,homens com homens, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a recompensa que convinha ao seu erro.E, como eles não se importaram de ter conhecimento de Deus, assim Deus os entregou a um sentimento perverso, para fazerem coisas que não convêm;Estando cheios de toda a iniquidade, fornicação, malícia, avareza, maldade;cheios de inveja, homicídio, contenda, engano, malignidade;Sendo murmuradores, difamadores, aborrecedores de Deus, injuriadores, soberbos, presunçosos, inventores de males, desobedientes aos pais e às mães;Néscios, infiéis nos contratos, sem afeição natural, irreconciliáveis, sem misericórdia;Os quais, conhecendo o juízo de Deus (que são dignos de morte os que tais coisas praticam), não somente as fazem, mas também se agradam dos que as fazem. (Romanos 1:18-32 – ACF) Nessa passagem, comparada a fatos no artigo “O Termômetro do Fim“, o apóstolo Paulo é mais do que claro ao afirmar isso e vai ainda mais longe, declarando a reprovação divina de tais atos não somente aos que os praticam, mas também e até aos que com eles consentem!Tal prática aparece, ao lado de diversas outras, novamente condenada: Não sabeis que os injustos não herdarão o Reino de Deus?Não vos deixem enganar: nem imorais, nem idólatras, nem adúlteros, nem os que se entregam a práticas homossexuais de qualquer espécie, nem ladrões, nem avarentos, nem viciados em álcool ou outras drogas, nem caluniadores, nem estelionatários herdarão o Reino de Deus. (1 Coríntios 6:9-10 – KJA) No entanto, no mundo de hoje, o “amor” parece ter se tornado um tipo de justificativa para tudo e exemplos disso não faltam:Nos EUA, em 2010, uma avó namorou o próprio neto biológico e ambos consentiram em contratar uma mãe de aluguel para terem seu filho.No mesmo país, mais recentemente, uma mãe foi a barriga de aluguel do próprio filho, para que este pudesse ter uma filha com o namorado. E o mais impressionante é que tais atos são vistos por muitos como exemplos de “amor”! Mesmo no meio cristão já existem aqueles que não mais veem tais atitudes como pecaminosas, sempre se baseando na descontextualização de 1 João 4:8.Sim, é verdade que Deus é amor.Deus ama o mundo inteiro, tanto que, como diz o versículo mais conhecido da Bíblia, João 3:16, Ele deu seu Filho unigênito para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna — o amor de Deus por um mundo decaído em pecado não tem paralelo na existência —, porém, tais pessoas são incapazes de enxergar algo importantíssimo apresentado ainda no mesmo versículo: Deus só é amor EM CRISTO — para que todo o que n’Ele crê! — e jamais fora d’Ele!O mundo, que tanto tenta se justificar apontando para o amor de Deus, esquece que Deus também é absolutamente justo e que, conforme registrado em Êxodo 34:7 e Números 14:18, de maneira alguma inocenta o culpado. A QUESTÃO DE MILHÕES Por isso, a questão não é se Deus ama o ser humano: isso está claro na Bíblia!O que deve ser questionado é: aqueles que tanto falam do amor de Deus realmente o amam?Será que o amor de Deus encontra correspondência nos corações de tais pessoas? O Evangelho não é um salvo-conduto para a prática do pecado, nem tampouco um convite à indolência!Na parábola dos lavradores maus (veja Mateus 21:33-46), uma das conclusões apresentada por Jesus é precisamente a de que aqueles que não produzem os frutos do Reino de Deus acabarão por perdê-lo, tal como os judeus que rejeitaram o Salvador (verso 43).E o pecado não é fruto do Reino. Deus ama o pecador, mas não o pecado. Quem verdadeiramente ama o Criador e seu Filho, que tem o Espírito Santo em seu coração, esse será aquele que, como diz o próprio Salvador, tomará a sua cruz e o seguirá (veja Mateus 10:38 e