O Domínio Do Diabo

Pequenas Concessões, Desagradáveis Resultados

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Um homem queria muito comprar uma extraordinária mansão e o diabo, aproveitando-se daquela obsessão, propôs-se a ajudá-lo:
— Mas, há uma única condição — disse-lhe o demônio.
— Qual condição? — perguntou, desconfiado, o homem.
— Está vendo aquele prego… aquele simples prego fincado na parede da sala de jantar?
— Sim!
— Eu vou proporcionar tudo para que compre esta mansão e ela verdadeiramente será sua, mas… aquele prego será meu!
— Só isso?
— Sim: aquele prego será meu e você nunca poderá arrancá-lo de lá… só isso. — confirmou o Diabo.
O homem aceitou a proposta.

Logo após a mudança, decidiu “inaugurar” sua luxuosa mansão oferecendo um gigantesco banquete às pessoas mais importantes daquela região: todas foram convidadas e confirmaram presença.
Aquele seria um evento inesquecível, mas, bem no meio da festa, quando as pessoas se preparavam para começar a comer… o diabo entrou na sala carregando uma carniça fedorenta e a pendurou naquele prego, assustando e simplesmente acabando com o apetite de todos.
O dono da mansão até tentou argumentar, mas o diabo falou com firmeza:
— Lembre-se do nosso trato!! Aquele prego é meu e eu vou usá-lo como e quando bem entender!

Apesar de até ser relativamente conhecida — especialmente com o acesso cada vez mais fácil à internet que se vê atualmente — o ensino desta parábola nunca pode ser banalizado ou inferiorizado.

Irai-vos, e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira.
Não deis lugar ao diabo.

(Efésios 4:26-27 – ACF)

Ao afirmar isso, o apóstolo Paulo faz uma exortação à santidade.
A passagem em questão fala sobre o ódio, que é o ato de, como se apresenta, alimentar e guardar ira, raiva, ficar acumulando e remoendo os sentimentos de indignação.
É óbvio que, como a própria passagem esclarece, o ato de irar-se, por si só, não é pecado: o próprio Deus se ira contra o mal, de modo que não é pecado irar-se contra o próprio pecado.
Pecado é guardar a raiva, não se mostrar disposto a superar o episódio, negando o perdão: é isso que chamamos de “ódio”.

Mas “dar lugar ao diabo” não é apenas alimentar ressentimentos.
Qualquer brecha que se dê, qualquer “pecado de estimação” que se mantenha, tudo, enfim, que seja contrário à vontade de Deus e contra o que a pessoa não esteja disposta a lutar, abre uma possibilidade, uma ocasião para que o diabo se infiltre e contamine a sua relação com Deus.
Vemos, no entanto, cada vez mais pessoas se mostrando inclinadas a seguir esse perigoso caminho de tolerar o próprio pecado: há muitos que vivem um estilo de vida totalmente contrário ao aprovado pela Palavra de Deus e, ainda assim, creem que lhes basta realizar boas ações em outras áreas para que Deus não seja “tão rigoroso” e permita que continuem a manter os pecados dos quais tanto gostam…
Nada poderia estar mais longe da verdade!

Diferente das tantas possíveis exceções apresentadas pelas leis humanas, a Lei divina é tão santa e perfeita que o apóstolo Tiago registrou:

Porque qualquer que guardar toda a lei, e tropeçar em um só ponto, tornou-se culpado de todos.

(Tiago 2:10 – ACF)

Tal como um copo com o fundo esburacado ou uma cerca com um espaço quebrado — que para nada servem! —, apresentar-se diante de Deus com pecados e esperar para se valer de justificativas é como — numa perspectiva humana — fazer um bolo com as mãos sujas: por mais estético e saboroso que possa ser, ninguém em sã consciência irá comê-lo.
É evidente que o ser humano não tem condições de cumprir a Lei divina com a perfeição exigida pela mesma e é exatamente por isso que houve a necessidade de Jesus Cristo vir ao mundo: a fim de cumprir toda a Lei no lugar do ser humano decaído em pecado.
Sem a obra de Cristo, que tanto cumpriu a Lei quanto sofreu o seu castigo como propiciação pelo ser humano, de nada valeria qualquer esforço da parte do homem para agradar a Deus: todos já estariam condenados antes mesmo de morrer!

Entretanto, o fato de Jesus ter realizado, no lugar de cada ser humano, aquilo que não era possível ser feito pelo esforço do próprio homem não é uma autorização para se “curtir” os pecados: quem está em Cristo é uma nova criatura e procurará viver para Ele, evitando o ato de andar segundo a carne, ou seja, viver não para satisfazer os próprios desejos, mas os do seu Salvador.

Porque o amor de Cristo nos constrange, julgando nós assim:
que, se um morreu por todos, logo todos morreram.
E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou.
Assim que daqui por diante a ninguém conhecemos segundo a carne, e, ainda que também tenhamos conhecido Cristo segundo a carne, contudo agora já não o conhecemos deste modo.
Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.

(2 Coríntios 5:14-17 – ACF)

Por isso, o conselho de Paulo é tão importante.
E, dentre as tantas outras exortações para que Cristo seja a motivação para uma vida em santidade presentes no Novo Testamento, podemos destacar: Tiago exortando seus leitores para que se mantenham incontaminados do mundo (veja Tiago 1:27), o autor da epístola aos Hebreus advertindo que sem a santificação ninguém verá o Senhor (confirme em Hebreus 12:14) e Paulo exortando Timóteo, seu amigo e colega de ministério, para que seja sóbrio, isto é, correto em todas as coisas (vide 2 Timóteo 4:5).

Não há, obviamente, nenhuma forma de se alcançar a perfeição neste mundo.
É evidente que o cristão — por mais sincero, dedicado e esforçado que seja — sempre terá suas falhas, porém existe uma enorme diferença entre SER PORTADOR de pecado e VIVER no pecado: o cristão procurará se afastar o máximo possível da prática do mal… não por temer a condenação, mas por não desejar que o diabo tenha espeço para minar sua fé.
Como o inimigo anda nos espreitando como um leão que procura uma presa (verifique 1 Pedro 5:8), o cristão tem de buscar cada vez mais a presença de Deus, evitando o pecado e sendo continuamente transformado pelo poder do Espírito Santo e, somente dessa forma, não dará lugar ao diabo: mesmo em seus eventuais tropeços, terá o poder do Espírito Santo para se reerguer e continuar em sua santificação, até o dia em que será perfeita, na eternidade.

Nos Laços do Calvário

TÍTULO ORIGINAL: NÃO DEIS LUGAR AO DIABO

Cada vez menos pessoas têm sido capazes de reconhecer seus pecados porque vivemos o tempo no qual muitas empresas eclesiásticas os acolhem… desde que, mesmo sem qualquer arrependimento por eles, o “fiel” possa compensá-los com boas ações e, preferencialmente, bastante dinheiro, porém isso é apenas mais um indício de que os tempos finais estão se configurando muito rapidamente e, antes que o Senhor volte como um ladrão na noite, é necessário que o profetizado reinado do anticristo se consolide não apenas no Brasil, mas por todo o mundo!
Na fase 2023 d’O Pior evangelho decidi lançar mão de novos formatos na expectativa auxiliar a aumentar o alcance dos conteúdos relacionados às Escrituras — stories, vídeos, textos mais curtos, autores convidados… — e essa publicação, onde tomei a liberdade de realizar revisão e ilustração, é parte desse projeto.
Obrigado por ter lido até aqui.
Continuo necessitando de toda colaboração possível: comentários, compartilhamentos e reações ajudam a divulgar este conteúdo que foi integralmente produzido na intenção de colaborar para a edificação do Corpo de Cristo no mundo.

Tenho vergonha de pedir.
Odeio incomodar os leitores e passei o ano de 2023 inteiro apenas publicando comentários, como os acima, em letras castanhas sem qualquer pretensão de ser incisivo em meus pedidos. Fiz isso porque ainda depositava uma pequena parcela de credibilidade na justiça e aguardava que ela, diante de minha incontestável deficiência, intimasse a seguradora a honrar o seguro funcional que me vendeu.
Só que deu tudo errado e nem os mais altos graus dos juízes deste país recusam suborno!

De súbito, fui lançado numa situação de extrema necessidade financeira e tanto os links imediatamente acima quanto o vídeo ao lado podem esclarecer o nível de desespero que me acomete e me traz a publicar esse apelo ao final da maioria de minhas publicações.

Peço perdão pelo incômodo, mas peço que, por favor, assista e ajude não apenas a manter esse site, mas também o próprio editor e sua família, com vida e saúde: eu realmente sentiria muita vergonha de expor tudo isso se não fosse a mais pura realidade.

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Agradeço pela atenção e rogo a Deus que, independente do valor ofertado, multiplique as bênçãos e livramentos nas vidas daqueles que se se dispuserem a colaborar.

Parafraseando o apóstolo Paulo em Efésios 6:23-24, que a graça e a paz sejam conosco, todos os que amam a nosso Senhor Jesus Cristo em sinceridade, hoje e para todo o sempre!

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