A Depuração

Normalizar Erros Não Os Tornarão Acertos

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Em 2013 foi lançado o filme “The Purge” — cuja tradução literal é “A Purgação”, ou “A Depuração”, tendo ficado conhecido no Brasil com o título de “Uma Noite de Crime” — onde vemos uma sociedade americana dominada por um governo distópico, que, apesar de controlar toda a sociedade com mão de ferro, é aceito por dar aos cidadãos o que eles desejam: segurança, sustento e paz.
Entretanto, este último quesito tem uma breve, mas muito importante exceção: ao longo de uma noite por ano, isto é, durante 12 horas, todos os crimes no país — mesmo os mais bárbaros, como estupros, assassinatos e latrocínios! — são totalmente liberados, de modo que qualquer um que os cometer dentro desse intervalo não será considerado criminoso nem enfrentará nenhum tipo de processo legal, prisão, multa ou qualquer tipo de punição.
Quem, porém, retaliar qualquer crime cometido neste período, agindo fora do mesmo, será punido.

Como foi dito, esta tenebrosa noite é conhecida como “Purge” e se trata de um período em que todos os instintos mais selvagens dos cidadãos podem ser seguidos sem qualquer restrição por parte das autoridades.
Dessa forma, é comum ver “amigos” traindo e até matando uns aos outros nesta noite, mostrando que não existe de fato “amizade” entre eles.
As famílias e cidadãos mais éticos não se envolvem com a noite de “Purge” e, visando sua própria proteção, preferem trancar-se em casa, reforçando portas e janelas com trancas e placas pesadíssimas de pedra ou metal… o que nem sempre dá certo, pois os que se deixam dominar pelos instintos tem permissão para arrombar e até destruir as residências alheias, em geral usando tratores e correntes para abrir as portas e atacar os moradores!

Ao final dessas 12 horas, todas as leis anticrime voltam a vigorar e, segundo o que o filme relata, a criminalidade fica perto de zero no território americano por todo o restante do ano, pois toda a tensão acumulada foi liberada na noite de “Depuração”, permitindo aos cidadãos levar uma vida tranquila, sem pressão ou opressão… ao menos até que chegue a próxima “noite da Depuração”.

Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso;
quem o conhecerá?

(Jeremias 17:9 – ACF)

Embora a proposta do filme tenha seus méritos — considerando especialmente o fato de expor, conforme a citação acima (do profeta Jeremias), a perversidade intrínseca do coração humano decaído em pecado e que o faz guardar acumular os piores sentimentos em seu interior — ele falha ao considerar que proporcionar tal “liberação de tensões” poderia tornar as pessoas menos agressivas ao longo do restante do ano.
O apóstolo Paulo diz que não existe nada de bom na carne, ou seja, na natureza humana (vide Romanos 7:18).
Assim, o acúmulo de imundície e podridão espiritual nunca é totalmente expurgado, ele logo se forma novamente e não creio estar errado ao afirmar que, se tal experiência fosse feita no mundo real, em vez de aguardarem um ano pela próxima “Purge”, as pessoas logo estariam reivindicando que a mesma acontecesse com cada vez mais frequência: possivelmente, para dizer o mínimo, até uma vez na semana!
Aos que têm fé e buscam o entendimento das Escrituras, é impossível acreditar que haja qualquer bondade ou “freio” inerente ao ser humano capaz de conter a sua própria maldade…

O filósofo italiano, Niccolò Machiavelli, conhecido nos países de língua portuguesa como Nicolau Maquiavel, definiu de forma bem explícita a real condição humana: “O homem é mau por natureza, a menos que precise ser bom”.
De fato, o que faz a maioria das pessoas serem aparentemente “boas” não é a sua natureza, mas a necessidade.
Se não houver quem tenha a autoridade civil de punir o mal, qualquer sociedade logo cai na barbárie e concretiza o enredo do filme não apenas por 12 horas ao longo de um ano, mas tornando-o a própria realidade.

Tal condição — como Paulo diz no versículo de Romanos anteriormente mencionado, cuja conclusão é “o querer o bem está em mim; não, porém, o efetuá-lo” — não pode ser modificada pelo esforço humano.
O próprio fato de uma pessoa querer o bem é algo que não provém dela, mas da graça divina, que, inclusive, foi capaz de transformar o coração de um homem que destilava um ódio indomável contra os cristãos em um que o tornou o maior evangelista da história.
Mesmo os atos mais “belos” aos olhos humanos, caso realizados por um coração não convertido, não passam de imundície aos olhos de Deus (veja Isaías 64:6).

Dessa forma, apenas um verdadeiro filho de Deus, transformado pelo Espírito Santo, é capaz de realizar atos que agradem ao Criador.
Somente por meio de Cristo e seu sacrifício na cruz é possível ao ser humano “purgar” ou “depurar” as suas boas obras.
Porém até mesmo para um cristão é impossível apresentar suas obras diante de Deus sem que estejam manchadas pela pecaminosidade da carne: apenas através de Cristo esses sacrifícios espirituais imperfeitos são “corrigidos”, “depurados” e, assim, como diz Pedro, aceitos pelo Pai:

Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo.

(1 Pedro 2:5 – ACF)

A única depuração real que pode acontecer não é a que o filme apresenta, mas aquela realizada por Cristo na Cruz, que pagou o preço de todos os pecados da humanidade.
Embora que o cristão ainda não esteja livre do pecado, isso é questão de tempo: na Nova Jerusalém nunca mais entrará nada contaminado, pois a Depuração definitiva estará completa:

E não entrará nela coisa alguma que contamine, e cometa abominação e mentira; mas só os que estão inscritos no livro da vida do Cordeiro.

(Apocalipse 21:27 – ACF)

Nos Laços do Calvário

Peço perdão pela ausência, mas permitiu o Senhor que boas mudanças estejam ocorrendo em minha vida e, de fato, para exercer qualquer responsabilidade não podemos apenas atuar: principalmente o cristão deve estar plenamente capacitado — em conhecimento e prática — para executar o papel que lhe foi atribuído.
Estou em uma jornada de aprendizado que, sem mentiras, me fez focar em coisas como Linux, varnish, nginx… além da oportunidade de cuidar um pouco melhor de minha família e saúde: não tenho tido todo aquele tempo para me dedicar ao trabalho de editoração, mas de modo algum estou deixando de pensar n’O Pior Evangelho e em sua proposta de promover a verdade das Escrituras, sem atenuantes.
Continuo observando todos os indícios de que os tempos finais estão se configurando e, antes que o Senhor volte como um ladrão na noite, é necessário que o profetizado reinado do anticristo se consolide não apenas no Brasil, mas por todo o mundo.

Obrigado por ter lido até aqui e espero que esses meus esforços me permitam, muito em breve, alterar o bloco de texto que adiciono ao final de todas as publicações. Ainda necessito de toda colaboração possível: comentários, compartilhamentos e reações ajudam a divulgar este conteúdo que foi integralmente produzido na intenção de colaborar para a edificação do Corpo de Cristo no mundo.

Tenho vergonha de pedir.
Odeio incomodar os leitores e passei o ano de 2023 inteiro apenas publicando comentários, como os acima, em letras castanhas sem qualquer pretensão de ser incisivo em meus pedidos. Fiz isso porque ainda depositava uma pequena parcela de credibilidade na justiça e aguardava que ela, diante de minha incontestável deficiência, intimasse a seguradora a honrar o seguro funcional que me vendeu.
Só que deu tudo errado e nem os mais altos graus dos juízes deste país recusam suborno!

De súbito, fui lançado numa situação de extrema necessidade financeira e tanto os links imediatamente acima quanto o vídeo ao lado podem esclarecer o nível de desespero que me acomete e me traz a publicar esse apelo ao final da maioria de minhas publicações.

Peço perdão pelo incômodo, mas peço que, por favor, assista e ajude não apenas a manter esse site, mas também o próprio editor e sua família, com vida e saúde: eu realmente sentiria muita vergonha de expor tudo isso se não fosse a mais pura realidade.

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Agradeço pela atenção e rogo a Deus que, independente do valor ofertado, multiplique as bênçãos e livramentos nas vidas daqueles que se se dispuserem a colaborar.

Parafraseando o apóstolo Paulo em Efésios 6:23-24, que a graça e a paz sejam conosco, todos os que amam a nosso Senhor Jesus Cristo em sinceridade, hoje e para todo o sempre!

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