Contemos Nossos Dias

Só Podemos Saber Quantos Já Foram…

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Bem conhecida por aparecer em muitas camisetas, uma estampa que acabou dando nome até a algumas empresas e marcas apresenta a expressão “CARPE DIEM”, frase que muitos usam sem sequer saber o que significa ou a razão pela qual, no passado, era pronunciada.
Sua origem remonta aos mosteiros medievais, onde era utilizada como cumprimento e obtinha, como resposta, outra fase em Latim: quando um monge encontrava o outro, cumprimentava-o dizendo “CARPE DIEM” e o outro, por sua vez, respondia “MEMENTO MORI”.
Vamos apresentar (ou relembrar) o significado literal desse breve diálogo:
— Carpe Diem! (Aproveite o dia!)
— Memento Mori. (Lembre-se de que vai morrer).

Embora tal cumprimento e sua resposta possam, para a nossa cultura atual, parecer um tanto mórbidos, apenas expressam uma verdade a qual poucos se atentam: a vida neste mundo NÃO É ETERNA.
“Aproveitar o dia”, no contexto dos monges, seria meditar, fazer suas rezas… enfim, tudo o que acreditavam ser importante para ter uma espiritualidade viva, uma relação com Deus. Biblicamente falando, tal pensamento é equivocado, mas isso não vem ao caso agora, pois o ponto central desta reflexão é algo que pode ser visto em um dos Salmos mais conhecidos, o único atribuído a Moisés no Saltério:

Os dias da nossa vida chegam a setenta anos, e se alguns, pela sua robustez, chegam a oitenta anos, o orgulho deles é canseira e enfado, pois cedo se corta e vamos voando.
Quem conhece o poder da tua ira?
Segundo és tremendo, assim é o teu furor.
Ensina-nos a contar os nossos dias, de tal maneira que alcancemos corações sábios.

(Salmos 90:10-12 – ACF)

Apesar de parecer muito, especialmente na infância e na adolescência, os setenta ou oitenta anos que, de fato, são a média da vida de grande parte das pessoas — e, curiosamente, quem escreveu essas palavras chegou a 120 anos de vida (conforme Deuteronômio 34:7) — a verdade é que isso, na perspectiva divina, é o mesmo que nada.

Há alguns anos, o conhecido pregador Paul Washer, em um sermão dirigido aos estudantes da Universidade Mackenzie, iniciou o assunto com as seguintes palavras:
“Dentro de 4 ou 5 anos a maioria de vocês estará se formando. Dentro de 15 anos você verá que a maioria dos seus sonhos, das suas expectativas, não se tornaram e nem se tornarão realidade. Dentro de 20 anos você sentirá a sua beleza e a sua força sendo consumidas. Dentro de 30 anos você vai estar começando a pensar na morte. Dentro de 100 anos todos vocês estarão mortos. E aqueles que os tinham em suas memórias também vão morrer.”
Embora pareça que Paul Wahser estava sendo um tremendo desmancha-prazeres ao dizer isso a centenas de jovens na casa dos 20 anos, ele não disse nenhuma mentira.
Na juventude, realmente temos a tendência de nos sentirmos invencíveis e capazes de tudo, de alcançar qualquer coisa que desejemos, nos esquecendo facilmente de olhar para os mais velhos e ver que, entre eles, os que realizaram seus sonhos são a exceção, e não a regra… e, pior ainda, não costumamos pensar muito na realidade do envelhecimento e da morte.
Houve um caso, bem conhecido em minha igreja de origem, que ilustra muito bem a precipitação e impetuosidade características da juventude:

Quando se discutia o projeto para a contrução de um templo, isso nos idos da década de 1950, com a maioria dos membros sendo pessoas na casa dos 20 ou 30 anos, foi aprovada a planta que previa uma escada de 30 degraus como acesso, para o culto, à nave do templo.
A alegação era de que, com o templo mais alto, seria visto de mais longe, como um tipo de “convite” à vizinhança para visitá-lo. Os mais velhos reclamaram, dizendo que isso dificultaria sua locomoção, mas foram votos vencidos e o templo foi construído com a enorme escadaria.
Nos anos 90, porém, com todos os mais velhos votantes da década de 1950 já tendo partido deste mundo, a reclamação do tamanho da escadaria passou a partir dos que, na época da construção, eram jovens, devido ao esforço necessário para se entrar no templo…
Qual foi o equívoco cometido?
Simples: os jovens dos anos 50 esqueceram que ELES PRÓPRIOS TAMBÉM FICARIAM VELHOS no futuro!

Paul Washer não errou ao lembrar os jovens universitários de que a vida é passageira e se isso mudou algo na vida deles, só o Espírito Santo sabe.
Moisés, por sua vez, ressalta essa realidade de forma muito clara e faz a melhor recomendação possível neste caso: QUE DEUS NOS ENSINE A CONTAR OS NOSSOS DIAS!

“Contar os dias” é uma referência a lembrar de tudo o que já vivemos e o tempo que já se passou, tempo esse que não vai mais voltar e nunca mais viveremos outra vez.
Com essa “contagem”, somos lembrados tanto de que o tempo que nos resta neste mundo diminui a cada momento que passa quanto de que a existência terrena não permanece para sempre.
O livro de Eclesiastes mostra, de forma muito clara, a futilidade de se passar a existência concentrado nas coisas da Terra: o rei Salomão — após ter satisfeito todos os desejos de seu coração e, inclusive, haver se afastado momentaneamente de Deus ao adorar ídolos — reconhece, no fim de sua vida, que tudo neste mundo é “vaidade”, ou, na tradução literal, “Bolha de Sabão”.

Tal como uma bolha — que é colorida e bela por fora, mas vazia por dentro e estoura com um simploes toque — as alegrias da Terra podem acabar de forma repentina e instantânea: quem não conta seus dias, não se apercebe que o fim chega para todos. O sábio, por isso, os conta.
E isso é consequência da verdadeira sabedoria, que é o temor de Deus, algo dito também pelo próprio Salomão:

O temor do SENHOR é o princípio da sabedoria,
e o conhecimento do Santo a prudência.

(Provérbios 9:10 – ACF)

Sabendo que o encontro com Deus é algo de que ninguém poderá fugir, o verdadeiro sábio procura se preparar para esse encontro, não focando sua existência em coisas que ficarão na Terra quando ele partir, porém, tal como o apóstolo Paulo, considerando tudo que ocasionalmente seja deixado para trás como “refugo”, para não perder a comunhão com Cristo (veja Filipenses 3:8).

As perdas podem e certamente irão ocorrer, mas àqueles que contam seus dias… o principal estará garantido: o reino eterno junto a Cristo.
Assim, sendo, que a brevidade da vida terrena não seja esquecida por aqueles que desejam a plena comunhão com Deus na Nova Jerusalém, onde a morte, a dor, a tristeza e o choro nunca mais existirão.

E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima;
e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor;
porque já as primeiras coisas são passadas.

(Apocalipse 21:4 – ACF)

Portanto, contemos os nossos dias.
Nos Laços do Calvário

Até a criação tem seu “Memento Mori” e ele parece estar se aproximando rapidamente.
Então, antes que o Senhor volte como um ladrão na noite, já podemos observar indícios do profetizado reinado do anticristo se consolidando não apenas no Brasil, mas por todo o mundo!
Na fase 2023 d’O Pior evangelho decidi lançar mão de novos formatos na expectativa auxiliar a aumentar o alcance dos conteúdos relacionados às Escrituras — stories, vídeos, textos mais curtos, autores convidados… — e essa publicação, onde tomei a liberdade de realizar revisão e ilustração, é parte desse projeto.
Obrigado por ter lido até aqui.
Continuo necessitando de toda colaboração possível: comentários, compartilhamentos e reações ajudam a divulgar este conteúdo que foi integralmente produzido na intenção de colaborar para a edificação do Corpo de Cristo no mundo.

Tenho vergonha de pedir.
Odeio incomodar os leitores e passei o ano de 2023 inteiro apenas publicando comentários, como os acima, em letras castanhas sem qualquer pretensão de ser incisivo em meus pedidos. Fiz isso porque ainda depositava uma pequena parcela de credibilidade na justiça e aguardava que ela, diante de minha incontestável deficiência, intimasse a seguradora a honrar o seguro funcional que me vendeu.
Só que deu tudo errado e nem os mais altos graus dos juízes deste país recusam suborno!

De súbito, fui lançado numa situação de extrema necessidade financeira e tanto os links imediatamente acima quanto o vídeo ao lado podem esclarecer o nível de desespero que me acomete e me traz a publicar esse apelo ao final da maioria de minhas publicações.

Peço perdão pelo incômodo, mas peço que, por favor, assista e ajude não apenas a manter esse site, mas também o próprio editor e sua família, com vida e saúde: eu realmente sentiria muita vergonha de expor tudo isso se não fosse a mais pura realidade.

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Agradeço pela atenção e rogo a Deus que, independente do valor ofertado, multiplique as bênçãos e livramentos nas vidas daqueles que se se dispuserem a colaborar.

Parafraseando o apóstolo Paulo em Efésios 6:23-24, que a graça e a paz sejam conosco, todos os que amam a nosso Senhor Jesus Cristo em sinceridade, hoje e para todo o sempre!

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