Amadurecimento Na Fé

Porque Mastigar É Imprescindível!

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Há uma cena no segundo episódio da série original dos Thundercats que, embora não seja específica para os cristãos, revela algo interessante tanto sobre a vida terrena, quanto sobre a espiritualidade e a relação do cristão com Deus:

(Tygra) — Não esqueça de levar a Garra-Escudo e a Espada, Lion-O, caso precise nos convocar.
(Lion-O) — Sim, eu darei conta de tudo o que possa surgir. — (Lion-O se afasta do grupo)
(Panthro) — Será que foi uma boa ideia, Tygra?
(Cheetara) — Será que estamos ajudando Lion-O ao pedir que faça tarefas desagradáveis?
(Tygra) — Lembrem-se, o nosso amigo Lion-O passou dez anos galácticos em uma cápsula de suspensão. Durante esse período, ele cresceu somente em tamanho, mas o fato é que ele não amadureceu: ele perdeu as experiências através das quais as pessoas amadurecem.

E foi assim, ao sair para verificar a área onde construiriam seu QG, a “Toca dos Gatos”, que aconteceu o primeiro encontro de Lion-O com os seus grandes inimigos, os mutantes, e especialmente o maior de todos, Mumm-Ra…
Lion-O foi pressionado a amadurecer de forma acelerada exatamente por ter o direito à liderança dos Thundercats por herança de seu pai, mas só completou o processo, tornando-se o líder por mérito, ao longo da série, ao vencer os desafios impostos pelo Código dos Thundercats, provando ser capaz de vencer os desafios dos demais membros: o de força (Panthro), o de velocidade (Cheetara) e o de inteligência (Tygra).

Uma pessoa que não passa por experiências, mesmo as que lhe desagradam, jamais vai se tornar um ser humano realmente adulto.
A expressão “criança mimada”, em muitos casos, pode ser aplicado metaforicamente a pessoas já crescidas ou em idade até mais avançada: quem é protegido de tudo, a quem os pais, familiares e amigos tentam evitar que enfrente situações que não lhe agradam, não terá estrutura emocional e capacidade de lidar com adversidades, ficando sempre na dependência de que outros resolvam seus problemas e, não raro, enfurecendo-se quando contrariado ou frustrado.

Tal regra vale também, e até de forma mais incisiva, para o amadurecimento da fé.
Recordando de minha própria experiência pessoal, lembro que conheci determinada senhora que não gostava de seu genro, a quem classificava como “um traste”, e dizia orar todos os dias para que sua filha se separasse do mesmo, mas nunca dizia a razão dessa antipatia.
Porém, após mais de um ano, acabou por ver a filha não apenas prosseguir seu relacionamento com ele, mas também oficializar a união em cartório.
O resultado?
Essa senhora abandonou a fé, dizendo que Deus não era fiel e que não queria mais saber dele.
Posteriormente, fiquei sabendo a razão de ela rejeitar seu genro: ele era garçom em um restaurante, profissão que ela achava não estar à altura de sua filha, professora do ensino médio…

Irmãos, não vos pude falar como a pessoas espirituais, mas como a pessoas carnais, como a crianças em Cristo.
O que vos dei para beber foi leite e não alimento sólido, pois não podíeis recebê-lo,
nem ainda agora podeis, porque ainda sois carnais.
Visto que campeia entre vós todo tipo de inveja e discórdias,
por acaso não estais sendo carnais, vivendo de acordo com os padrões exclusivamente mundanos?

(1 Coríntios 3:1-3 – KJA)

De fato, há pessoas que, como diz Paulo, se recusam a experimentar o “alimento sólido” da fé, tendo de ficar recebendo sempre o “leite”, por ainda serem carnais, ou seja, por se preocuparem com questões secundárias, vaidades e preferências pessoais e ignorarem o cerne do Evangelho: a renúncia às próprias vontades por amor ao Salvador, na certeza de viver eternamente na sua presença na Nova Jerusalém.

Ninguém diz que amadurecer é fácil, nem na vida cotidiana e, principalmente, na relação com Deus.
O próprio Paulo, o maior evangelista que o mundo conheceu, teve de ser convertido de forma agressiva por Jesus, que o deixou cego, em jejum por três dias (veja Atos 9:1-30) e, posteriormente, ainda colocou nele um “espinho na carne” (veja 2 Coríntios 12:7-10)… além de todas as aflições que passou ao longo de seu ministério, tendo sido açoitado cinco vezes por ordem das autoridades de seu próprio povo (conforme 2 Coríntios 11:24), ficando preso por cerca de 5 de seus 30 anos de ministério e, ainda ao final, morto por execução.
Porém, sem ter passado por tudo isso, ele não teria adquirido a maturidade espiritual que o levou a não negar Cristo sob nenhuma circunstância! E nem haveria hoje as consoladoras epístolas de Efésios, Filipenses e Colossenses, escritas por ele enquanto se encontrava no cárcere.

Exatamente pela ignorância de que o processo de amadurecimento na fé é algo duro e mesmo doloroso, muitos ditos “crentes” se recusam a seguir o caminho de Cristo nos momentos de dificuldade, preferindo esperar apenas pelas bênçãos terrenas e pela permanente realização de seus desejos e, ainda por cima, da forma exata como imaginam que isso deva acontecer!
Quem nunca viu algum desses “profetizando” por um carro, uma casa, dinheiro, um emprego, promoções, reconhecimento, saúde… todas essas coisas que Deus não prometeu a ninguém que o faria?

Nisso, muitos desses “crentes” se assemelham ao personagem de Kevin Sorbo no primeiro filme da franquia “Deus não está morto”, no qual interpreta um professor ateu militante, que acaba sendo desmascarado por um de seus alunos, que prova diante de toda a turma que ele não era na verdade um ateu, mas sim, um revoltado contra Deus pelo fato de o Criador não haver evitado que sua mãe morresse de câncer quando ele tinha 12 anos: o aluno, muito mais maduro espiritualmente, lhe disse que “às vezes, a resposta de Deus é ‘NÃO'”.

Como foi dito, não é fácil o processo do amadurecimento — nem se pode, especificamente, exigir que os cristãos gostem de passar por ele — que pode levar muitos a derramar lágrimas e ficar inconformados, especialmente ao verem que tantos outros, aparentemente, não enfrentam coisas desse tipo.
Porém, carregar a cruz e perseverar — mesmo em meio a situações difíceis, dolorosas e desagradáveis, e tendo desejos pessoais não atendidos por Deus — é o processo pelo qual todos os cristãos verdadeiramente amadurecidos e firmes na fé passam.
E é exatamente através desse amadurecimento que sua fé os leva em frente, até o dia da entrada na Nova Jerusalém… coisa essa a que as “crianças” na fé facilmente rejeitam, pensando apenas no “aqui e agora” e em receber do Pai Celestial tudo o que desejam (coisa que nem mesmo um pai terreno faz).

Assim, que cada um encare esse difícil processo como uma garantia de que Deus realmente deseja o seu bem, e não a sua perdição: Ele corrige e açoita ao filho que recebe, tornando-o o mais semelhante possível à imagem de Jesus na vida terrena, até a plenitude da perfeição adquirida na eternidade.
Amadureçamos em meio às dores, pois, no final, tudo terá valido a pena.
A Deus toda a Glória!

Nos Laços do Calvário

Tudo parece indicar que os tempos finais estão se revelando cada vez mais rapidamente e, antes que o Senhor volte como um ladrão na noite, já podemos observar indícios do profetizado reinado do anticristo se consolidando não apenas no Brasil, mas por todo o mundo!
Na fase 2023 d’O Pior evangelho decidi lançar mão de novos formatos na expectativa auxiliar a aumentar o alcance dos conteúdos relacionados às Escrituras — stories, vídeos, textos mais curtos, autores convidados… — e essa publicação, onde tomei a liberdade de realizar revisão e ilustração, é parte desse projeto.
Obrigado por ter lido até aqui.
Continuo necessitando de toda colaboração possível: comentários, compartilhamentos e reações ajudam a divulgar este conteúdo que foi integralmente produzido na intenção de colaborar para a edificação do Corpo de Cristo no mundo.

Tenho vergonha de pedir.
Odeio incomodar os leitores e passei o ano de 2023 inteiro apenas publicando comentários, como os acima, em letras castanhas sem qualquer pretensão de ser incisivo em meus pedidos. Fiz isso porque ainda depositava uma pequena parcela de credibilidade na justiça e aguardava que ela, diante de minha incontestável deficiência, intimasse a seguradora a honrar o seguro funcional que me vendeu.
Só que deu tudo errado e nem os mais altos graus dos juízes deste país recusam suborno!

De súbito, fui lançado numa situação de extrema necessidade financeira e tanto os links imediatamente acima quanto o vídeo ao lado podem esclarecer o nível de desespero que me acomete e me traz a publicar esse apelo ao final da maioria de minhas publicações.

Peço perdão pelo incômodo, mas peço que, por favor, assista e ajude não apenas a manter esse site, mas também o próprio editor e sua família, com vida e saúde: eu realmente sentiria muita vergonha de expor tudo isso se não fosse a mais pura realidade.

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Agradeço pela atenção e rogo a Deus que, independente do valor ofertado, multiplique as bênçãos e livramentos nas vidas daqueles que se se dispuserem a colaborar.

Parafraseando o apóstolo Paulo em Efésios 6:23-24, que a graça e a paz sejam conosco, todos os que amam a nosso Senhor Jesus Cristo em sinceridade, hoje e para todo o sempre!

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