Ricardo Steven Valenzuela… se você ouvir o nome, talvez nem pense se tratar de alguém com uma história incrivelmente marcante, com um brilho tão intenso quanto breve.Porém, ao se mencionar Ritchie Valens — o nome artístico pelo qual ficou conhecido mundialmente —, dificilmente alguém vai ficar sem saber que estamos falando do garoto americano de origem mexicana, famoso pelo hit “La Bamba”.Nascido nos arredores de Los Angeles em 1941, começou a se apresentar em 1956, com 15 anos de idade, gravando outros hit de sucesso além de “La Bamba”, como “Come on Let’s Go” e a música em que homenageia sua namorada homônima “Donna”. Mas em 3 de fevereiro de 1959, poucos meses antes de completar 18 anos, partiu — às pressas para não se atrasar para um show que já estava agendado — em um vôo junto a outros dois amigos músicos: Jiles Perry Richardson (The Big Booper) e Charles Hardin Holley (conhecido como “Buddy Holly”).Devido aos fortes ventos e à baixa visibilidade consequentes do mau tempo, o piloto acabou não conseguindo controlar o avião, que caiu em um milharal poucos minutos após a decolagem, matando todos os 4 ocupantes.Encerrava-se assim, de forma trágica, a carreira e a vida de três promissores músicos: Booper, com 28 anos; Holly, de 22 (cuja esposa estava grávida e perdeu o bebê com o choque que teve ao receber a notícia); e Valens, com apenas 17.O dia 3 de fevereiro de 1959 é até hoje conhecido nos EUA como THE DAY THAT MUSIC DIED — O DIA EM QUE A MÚSICA MORREU —, sendo citado, inclusive, na famosa canção “American Pie”, de Don McLean. Embora a tragédia seja igual para todos os familiares das vítimas daquela noite fria e chuvosa, do piloto aos músicos, e mesmo pela fatalidade de um aborto como consequência, o caso de Valens parece gerar um inconformismo ainda maior para muitas pessoas, por ele ser o mais jovem e, até hoje, o mais lembrado dentre os que perderam a vida naquela tragédia.O brasileiro Raul Seixas diria, anos depois, que se essa tragédia não tivesse ocorrido, o Rock’n Roll teria tido uma história completamente diferente do que se conhece hoje, tão grande era o potencial e a influência dos jovens músicos, especialmente de Valens, que começava a despontar e já mostrava uma capacidade ainda maior de influenciar o gênero do que seus amigos.Pode-se especular muitas coisas a respeito do que teria acontecido caso a tragédia de 3 de fevereiro de 1959 não tivesse ocorrido, mas o que ninguém certamente discordará é que não se pode, humanamente falando, ver algo de positivo ou até justo naquela tragédia: três jovens talentosos e mais o piloto se foram de uma vez, deixando famílias e amigos inconsoláveis e uma história da música bem diferente dos rumos que foram tomados desde então. No entanto, mesmo um acontecimento tão doloroso pode levar um coração tocado pelo poder de Deus à reflexão.O ser humano tem seus planos e projetos, alguns bem ambiciosos e outros até mesmo monumentais… e as coisas tem mesmo de ser assim, pois, sem que haja ambição — não a desmedida, mas a natural para que se alcancem objetivos e metas —, as pessoas não conseguem ter uma vida feliz: simplesmente contar um dia após o outro não satisfaz a necessidade de “dar sentido à vida” que todos têm. O fato é que o ser humano, particularmente o cristão, nunca pode se esquecer de sua condição transitória, ou seja, de que é simples mortal e a sua vida não dura para sempre neste mundo: mesmo conquistando tudo o que sonha, não permanecerá para sempre com suas conquistas…Salomão, que ocupou a posição mais alta que alguém poderia ocupar em seu tempo, reconhece isso: Depois concentrei-me no trabalho de edificar obras magníficas:construí palácios para mim mesmo e plantei imensos vinhedos.Projetei e mandei construir belos jardins e pomares e neles plantei todo tipo de árvore frutífera.Construí grandes reservatórios de água para irrigar os meus muitos bosques verdejantes.Comprei uma infinidade de escravos e escravas e muitos foram os escravos que nasceram em minhas terras.Além de toda essa criadagem, tive mais bois e ovelhas do que todos os que viveram antes de mim em Jerusalém.Acumulei para mim prata e ouro, riquezas sem conta dos reis e das províncias.Escolhi os melhores cantores e cantoras, e servi-me de um imenso harém, experimentei os maiores prazeres que um ser humano pode sonhar.Tornei-me mais poderoso e famoso do que todos os governantes que viveram em Jerusalém antes de mim, sempre me mantendo junto ao meu saber.De tudo quanto meus olhos e meu corpo desejaram não lhes neguei nada;jamais privei meu coração de alegria alguma;sabia desfrutar de todo o meu trabalho;essa, pois, foi a recompensa que obtive de todo o trabalho que realizei dedicadamente.Contudo, no momento em que passei a examinar tudo o que minhas mãos haviam produzido e o trabalho que eu tanto me esforçara com alegria para realizar, compreendi que, na verdade, tudo não passava de vaidade, um inútil e enorme vazio, como correr atrás do vento;ou seja, não há qualquer valor real, nada útil, em tudo o que se faz debaixo do sol. (Eclesiastes 2:4-11 – KJA) Mas observando esse “tudo”, que ele chamava de “vaidade”, a partir do original hebraico, a palavra é melhor traduzida como “bolha de sabão” ou “fumaça”, ou seja, algo que dura apenas alguns breves momentos e logo se vai. Muitas pessoas conquistaram e conquistam glórias imensas em sua vida terrena e não há nenhum mal intrínseco nisso. É necessário que haja no mundo tanto pessoas que liderem, quanto as que executem; tanto gerentes quanto operários: cada um tem um dom dado pelo Espírito Santo e dele deve fazer o melhor uso para sua vida e para ajudar a edificar o Reino de Deus no mundo (1 Coríntios 12).Só passa a haver problemas quando os projetos e ambições terrenas se tornam o centro da existência do cristão, suplantando a importância das coisas que não se vêem e que são eternas (2 Coríntios 4:18).Isso porque, além
E Você Acredita?!?
Se Jesus lhe aparecesse hoje e dissesse algo que não está na Bíblia ou até a contradissesse, você acreditaria nele ou na Bíblia?Essa pergunta foi feita há alguns meses numa página cristã (da rede social Facebook) e, enquanto cerca de 90% das pessoas que responderam afirmaram que creriam no suposto Jesus, apenas uma irrisória parte dos usuários disse que acreditaria na Bíblia.Esse é um equívoco… e não qualquer equívoco: trata-se de algo extremamente perigoso!O próprio Jesus alertou a respeito do surgimento de falsos Cristos e falsos profetas, e que a sua vinda não se dará por meios “normais”, ou seja, de uma forma que qualquer pessoa poderia realizar. Isso fica bem evidente no texto do sermão escatológico: Então, se alguém vos disser: Eis que o Cristo está aqui, ou ali, não lhe deis crédito;Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão tão grandes sinais e prodígiosque, se possível fora, enganariam até os escolhidos.Eis que eu vo-lo tenho predito.Portanto, se vos disserem:Eis que ele está no deserto, não saiais.Eis que ele está no interior da casa; não acrediteis.Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até ao ocidente, assim será também a vinda do Filho do homem. (Mateus 24:23-27 – ACF) Quem prontamente aceita as palavras de um alegado “Cristo” que — antes do dia do juízo — se apresenta de forma visível e palpável está, invariavelmente, acreditando em um falso Cristo ou falso profeta, caso este não se diga o Filho de Deus, mas pregue coisas que contrariam a Escritura.O caso é que nos tempos atuais, a Bíblia tem — inclusive dentro de muitas “igrejas” — sido usada como mero pretexto, uma forma de se “justificar” pensamentos e ideologias das mais absurdas e por isso mesmo, por essa campanha de distorção e descrédito, muitos acreditam em supostos “Cristos” e autoproclamados “profetas”, ainda que declarem sandices. Alegados “pastores” — como, por exemplo, Caio Fábio — costumam gravar vídeos afirmando que a condenação de relações sexuais entre pessoas do mesmo sexo, algo explícito nas Escrituras, era simplesmente uma “questão cultural”…É por isso que um de seus admiradores, Ed René Kivitz, afirma que a Bíblia é “insuficiente” e que precisa ser “atualizada”.Levando-se em conta o contexto do mundo atual, em que o que vale é “ser feliz” e ter todos os desejos satisfeitos, muitos — inclusive frequentadores de empresas eclesiásticas — acabam por acreditar nesse discurso absolutamente contrário ao que as Escrituras apresentam. Tudo isso vai de encontro a uma afirmação muito contundente de Paulo a seu amigo Timóteo: Conjuro-te, pois, diante de Deus, e do Senhor Jesus Cristo,que há de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e no seu reino,Que pregues a palavra,instes a tempo e fora de tempo,redarguas,repreendas,exortes,com toda a longanimidade e doutrina.Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos,amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências;E desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas. (2 Timóteo 4:1-4 – ACF) Essa verdade divina constante nas Escrituras — revela a completa depravação da natureza humana, que não se sujeita à lei de Deus e nem pode fazer isso (veja Romanos 8.7) — não agrada à natureza humana corrompida pelo pecado.Como disse Charles Spurgeon: A Bíblia contém o que os homens odeiam: a verdade! Apenas através da aceitação de Jesus Cristo como Senhor e Salvador é possível haver reconciliação com o Pai (veja João 14:6), mesmo porque aceitar Jesus implica em renunciar aos próprios desejos, tomar uma carga — contrária aos anseios pecaminosos do ser humano — de renúncia e submissão à vontade divina, se dispor a sofrer hostilidades, ser desprezado do mundo e perseverar até o fim nesta condição (veja Mateus 10:22).É exatamente isso que significa “tomar a cruz e seguir Cristo”, conforme Lucas 9:23. Assim, de certo modo, é compreensível — embora não justificável — que muitos prefiram acreditar em “fábulas” como as dos falsos Cristos e falsos profetas: tanto pela verdade divina ser desagradável à natureza decaída do homem, quanto devido ao fato da mensagem desses lobos devoradores ser, em geral, bem mais “palatável” ao ego humano.geralmente não exortando ninguém ao arrependimento, não chamando o pecado pelo nome, e “liberando” boa parte(quando não todos) dos desejos e concupiscências humanas.Porém, as consequências de se acreditar em fábulas, ou, sem meias palavras, MENTIRAS, nunca são boas e, no caso de mentiras espirituais, essas más consequências são eternas. Esclareço que não sou cessacionista.Não sou o tipo de pessoa que acha que Deus não se manifesta mais nos dias de hoje, que os dons espirituais cessaram com o fim da era apostólica.Se tal ideia fosse verdadeira, a profecia de Ja Huss a respeito de Lutero quando era levado para a fogueira não poderia ter acontecido. Huss, condenado à morte por heresia, afirmou:“Hoje, vocês estão queimando um ganso (Huss significa “ganso” na língua boêmia), mas em 100 anos surgirá um cisne que vocês não conseguirão queimar”.Precisamente um século depois, Lutero começou a pregar na sua primeira paróquia.Relato essa história apenas para esclarecer uma das razões pelas quais eu não concordo com a tese de que os dons do Espírito não se manifestam mais após o fim da era apostólica. Porém, é necessária muita cautela ao se analisar supostas “revelações”.Primeiro, porque nada mais há para ser revelado no que concerne à salvação: essa revelação já foi completada, tanto que João afirma que, embora Jesus tenha feito outros sinais enquanto esteve fisicamente no mundo e que não foram registrados, aquilo que ficou já é suficiente para que se creia e se tenha vida em seu nome (verifique João 20:30-31).Assim, qualquer suposta “revelação” que mudar algo do que já foi dito é, sem possibilidade de erro, oriunda de um falso profeta.E, segundo, porque qualquer revelação, agora sem aspas, precisa se cumprir para que seja verdadeira. Porém o profeta que tiver a presunção de falar alguma palavra em meu nome, que eu não lhe tenha mandado falar,ou o que falar em nome de outros deuses,esse profeta morrerá.E, se disseres no teu coração:Como conhecerei
A Esse Deveis Temer
No filme “Um Sonho de Liberdade” — no original THE SHAWSHANK REDEMPTION — o protagonista Andrew “Andy” Dufresne (Tim Robbins) é condenado injustamente a duas penas de prisão perpétua pelos assassinatos de sua esposa e do amante da mesma. Tais crimes, como fica claro no decorrer do filme, foram cometidos por outra pessoa.Após cerca de 19 anos preso cumprindo a pena que não merecia, um novo detento chega à prisão de Shawshank: um jovem chamado Tommy (Gil Bellows), que já havia cumprido pena em outra prisão onde, coincidentemente, conheceu o verdadeiro autor dos assassinatos e se dispõe a depor a favor de Dufresne para livrá-lo da injusta sentença. O que se segue é um encontro entre Tommy e Samuel Norton (Bob Gunton), o diretor da penitenciária, que pergunta ao jovem detento se ele estaria disposto a entrar em um tribunal e jurar diante de um Deus Todo-Poderoso ao relatar o que estava afirmando ao júri. Tommy responde: “É só me dar a chance”.Não vou dizer aqui o que acontece daí para a frente, para não dar spoilers sobre o filme, caso alguém ainda não o tenha assistido.O que acredito ser o importante ressaltar nesta cena é a afirmação do diretor: VOCÊ JURARIA DIANTE DE UM DEUS TODO-PODEROSO? Quem já assistiu a esse filme, sabe que, na realidade, o diretor da penitenciária não era tão temente a Deus quanto queria fazer parecer, mas essa pergunta deve chamar qualquer cristão consciente à reflexão: até que ponto realmente entendemos que servimos a um Deus Todo-poderoso, que detém a autoridade suprema, contra o qual não existe recurso, argumento… e cuja decisão é irrevogável?No mundo atual, parece que isso não costuma ser levado muito em conta. O mundo em geral, no sentido daqueles que não temem ou servem a Deus, embora não sejam necessariamente ateus, tem uma perspectiva de Deus baseada na mera conveniência e um bom exemplo claro disso é a repetição, como se fosse um mantra, da parte final de 1 João 4:8: “Deus é amor”. Só que esse “amor” de que tantos — inclusive “cristãos” liberais e apóstatas — falam e se valem para justificar praticamente tudo, não é o amor de Deus: trata-se de um “amor” mentiroso, fajuto, que não visa o real benefício daquele a quem se ama, mas apenas uma alegria momentânea.É por isso que várias pessoas, ao defender pautas progressistas e escancaradamente anticristãs, apelam para essa passagem: simplesmente nunca entenderam o que, de fato, é o amor de Deus! Sim, Deus é amor, mas unicamente em Cristo e JAMAIS fora d’Ele!O mundo esquece que Deus também é absolutamente justo: Deus julga o justo, e se ira com o ímpio todos os dias. (Salmos 7:11 – ACF) O mundo esquece que Deus não inocenta o culpado: O SENHOR é longânimo, e grande em misericórdia,que perdoa a iniquidade e a transgressão,que o culpado não tem por inocente,e visita a iniquidade dos pais sobre os filhos até a terceira e quarta geração. (Números 14:18 – ACF) O mundo esquece que Deus é fogo consumidor: Vede que não rejeiteis ao que fala;porque, se não escaparam aqueles que rejeitaram o que na terra os advertia, muito menos nós, se nos desviarmos daquele que é dos céus;A voz do qual moveu então a terra, mas agora anunciou, dizendo:Ainda uma vez comoverei, não só a terra, senão também o céu.E esta palavra:Ainda uma vez, mostra a mudança das coisas móveis, como coisas feitas, para que as imóveis permaneçam.Por isso, tendo recebido um reino que não pode ser abalado, retenhamos a graça, pela qual sirvamos a Deus agradavelmente, com reverência e piedade;Porque o nosso Deus é um fogo consumidor. (Hebreus 12:25-29 – ACF) O mundo esquece que cair em Suas mãos é uma coisa horrível: Porque, se vivermos deliberadamente em pecado, depois de termos recebido o pleno conhecimento da verdade,já não resta sacrifício pelos pecados,mas uma horrível expectativa de juízo e fogo ardente prestes a consumir todos os inimigos de Deus.Ora, se aqueles que rejeitam a Lei de Moisés morrem sem misericórdia, mediante a palavra de acusação de duas ou três testemunhas,julgai vós, quanto maior castigo mereceráquem feriu os pés do Filho de Deus, profanou o sangue da aliança pelo qual Ele foi santificado, e insultou o Espírito da graça?Porquanto, nós conhecemos aquele que declarou:“A mim pertence a vingança!”,e em outro trecho:“O Senhor exercerá juízo sobre seu povo”.Assim, terrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo! (Hebreus 10:26-31 – KJA) Deus perdoa o pecado, mas não por ter dado algum tipo de “canetada celestial” na culpa dos pecadores: TODOS os pecados, sem exceção, são punidos!Ou foram punidos em Jesus, na cruz do Calvário, ou serão punidos no próprio pecador que o rejeita, por toda a eternidade.O perdão dos pecados é gratuito para todo pecador que se arrepende verdadeiramente e confia no perdão divino, mas não foi de graça que essa gratuidade foi conquistada, ela exigiu o sacrifício do próprio Deus, na pessoa de seu Filho. Falando em termos do que se aplica ao cristão sincero, muitas vezes existe a tendência de se considerar a expressão “temor a Deus” como sinônimo de “respeito”, porém o sentido é muito mais amplo e profundo do que isso e o próprio Senhor Jesus se encarregou de mostrar a magnitude disso: Eu vos afirmo, meus amigos:não temais os que podem matar o corpo; todavia, além disso, nada mais conseguem fazer.Contudo, Eu vos revelarei a quem deveis temer:temei Aquele que, depois de matar o corpo, tem poder para lançar a alma no inferno.Sim, Eu vos afirmo, a esse deveis temer. (Lucas 12:4-5 – KJA) O “temor” do cristão envolve, sim, o ato de temer encontrar Deus, no dia de seu julgamento, como seu Juiz e não como seu Pai amoroso.É verdade, sim, que Deus é amor… e o mundo se delicia ao apontar para esse fato quando tenta justificar-se e apostar nisso para continuar a viver no pecado.Porém, mundanos e, especialmente, cristãos jamais podem esquecer do que já foi anteriormente dito: Deus é amor tão somente em Cristo, tal como
Qual O Valor De Seus Sonhos?
Seus lances eram simplesmente magistrais e muitos se referiam a ele como o “som de um trovão” em quadra.Hank Gathers, um jogador de basquete ainda amador dos EUA, já havia realizado o sonho de ser pai — tendo tido um filho com uma antiga namorada — e era considerado uma das maiores promessas da liga universitária, nome certo a ser disputado pelos grandes times da NBA logo que terminasse seus estudos.Liderava o time da Universidade do Sul da Califórnia, que passava como um rolo compressor sobre os adversários e era favorito absoluto para conquistar o título da liga na temporada 1989/1990. Inesperadamente, em 9 de dezembro de 1989, Hank, que se preparava para cobrar um lance livre em um jogo, subitamente caiu desmaiado em quadra.Recebeu os primeiros socorros e foi levado ao médico, onde se descobriu um problema de arritmia cardíaca.Não seria nada que impedisse sua carreira esportiva, desde que o tratamento fosse seguido à risca: Hank recebeu os remédios adequados e voltou a treinar e jogar, mas não manteve o mesmo nível.Desconfiado de que o remédio prejudicava seu rendimento, tornando-o consideravelmente mais lento e menos resistente, Hank passou a tomá-lo apenas nos dias em que não tinha jogos para disputar. Voltou, assim, a jogar como antes e a encantar as torcidas que o viam em quadra. No entanto, em 4 de março de 1990, durante um jogo contra a Universidade de Portland, Hank, após realizar a jogada mais plástica do basquetebol, a “ponte aérea” — apanhar no ar a bola lançada por um companheiro e “enterrá-la” na cesta — começou a sentir-se mal e, em menos de um minuto, simplesmente desabou em quadra.Lutou para se levantar, mas não tinha mais forças nem para ficar sentado. Socorrido pelos paramédicos locais, disse-lhes: “Eu não quero sair do jogo!”… e estas foram suas últimas palavras. Logo em seguida caiu inconsciente. Foi levado por uma ambulância ás pressas para o hospital, aonde já chegou morto.Sua rebeldia contra o tratamento lhe cobrou o preço mais alto que poderia: o de sua vida. Tinha apenas 23 anos e em junho daquele mesmo ano concluiria seus estudos e poderia entrar para o “draft”, o sorteio da NBA.Seu melhor amigo, Bo Kimble, realizaria o sonho que Hank não pôde e se tornaria profissional no mesmo ano, tendo jogado no Los Angeles Clippers e no New York Knicks.Essa trágica história está relatada no filme “Final Shot – A História de Hank Gathers”. DESTINO Não acredito em destino.Creio que Deus nos permite fazer as escolhas que desejarmos e nos faz assumir as consequências das mesmas, embora sempre esteja pronto a nos auxiliar em meio aos problemas que muitas vezes criamos para nós mesmos.Hank descobriu algo que, se não o impossibilitaria de jogar basquete, ao menos não o deixaria ser tão brilhante como poderia ser caso não tivesse de conviver com tal problema. Isso o colocou diante de uma escolha de alto risco, a qual ele resolveu aceitar e tomar sua decisão… escolha essa que se revelaria um grande erro.Mas como ele poderia imaginar que as consequências desse erro seriam as piores possíveis? Há outro caso de um jogador de basquetebol, Terry Cummings, que tinha um problema de arritmia cardíaca ainda mais grave do que Hank Gathers, e teve uma carreira completa na NBA, desde 1984, ao estrear no Milwaukee Bucks, até 2000, ao se aposentar como jogador do Golden State Warriors… e ele está vivo até hoje!Atualmente Cummings é pregador cristão nos EUA. É por isso que, quando assisti ao filme sobre a história de Hank, comecei a imaginar que realmente há sonhos que Deus não quer que realizemos…Não por ser um Deus tacanho e “estraga prazeres”, mas para o nosso próprio bem. Hank poderia ser jogador profissional, embora talvez com menos brilho do que imaginava alcançar, mas sua própria incapacidade de aceitar a condição em que estava o fez rebelar-se contra um tratamento que lhe garantia a vida e, dessa forma, acabou com ela e, consequentemente, com todos os seus sonhos.Não julgo o destino eterno dele. Não sei e ninguém pode saber o que se passou com ele na hora de sua morte, mas o fato de que sua ambição em querer mais do que o que Deus lhe reservara lhe tirou tudo, isso é inegável. Não afirmo aqui que a dor de um sonho perdido não pese.Cada um de nós certamente tem dolorosas lembranças de esperanças que não se confirmaram e sonhos que não se realizaram. Eu próprio não sou exceção!Muitas vezes as lembranças do que fui impedido de realizar e, especialmente, da maneira como esses impedimentos aconteceram… me levam às lágrimas.No entanto, o que temos de certo é maior do que qualquer sonho terreno: a salvação em Cristo, o paraíso eterno que Ele nos conquistou com seu sangue não tem como ser comparado com as frustrações da vida terrena.Mesmo as maiores tristezas, desilusões, injustiças e sonhos desfeitos nada são em face do que espera os filhos de Deus na eternidade. Todos podemos chorar e nos frustrar pela vida não ser o que gostaríamos e, de fato, ela nunca é.Não pecamos por isso, e nem isso significa falta ou fraqueza de fé: somos humanos, temos sentimentos e, sem sonhos e projetos, não há como viver bem, dar sentido à vida terrena ou ser feliz neste mundo.No entanto, quando a dor de um sonho que se perde nos abater, lembremo-nos sempre que o maior de todos os sonhos não é um simples sonho nem reles esperança, mas apenas questão de tempo, um exercício de espera para alcançar o sonho que ninguém — absolutamente ninguém! — poderá nos tirar. Contudo, em todas as coisas somos mais que vencedores, por meio d’Aquele que nos amou.Portanto, estou seguro de que nem morte nem vida,nem anjos nem demônios,nem o presente nem o futuro,nem quaisquer poderes,nem altura nem profundidade,nem qualquer outra criatura poderá nos afastar do amor de Deus,que está em Cristo Jesus, nosso Senhor. (Romanos 8:37-39 – KJA) Nos Laços do Calvário. Parece que os tempos finais estão se revelando cada
Taça FIFA, A (Quase) Inacessível
A antiga taça Jules Rimet — conquistada em definitivo pelo Brasil ao ser tricampeão mundial em 1970 — não existe mais: foi roubada da sede da CBF e derretida em 1983, de modo que a atualmente existente é uma réplica, guardada com muito mais segurança.A polêmica envolvendo o Chef turco Salt Bae, que violou as regras da FIFA (imagem de abertura) e pegou a Taça FIFA após a final da Copa do Mundo, se constitui em um chamado a um momento de profunda reflexão aos cristãos. A partir de 1974, após a Conquista definitiva da Jules Rimet pelo Brasil, a Taça FIFA passou a ser a oficial da Copa do Mundo e, diferente da antecessora, ela não pode ser ganha em definitivo por nenhuma seleção, sendo sua posse transitória: a seleção campeã do mundo permanece com ela até a Copa do Mundo seguinte, quando deve devolvê-la à FIFA para a próxima competição, ganhando uma réplica da mesma, que, essa sim, fica em definitivo em sua posse.A diferença entre a original e a réplica é que a primeira é de ouro maciço, enquanto a segunda é somente folheada a ouro. A regra da FIFA sobre a atual taça é rigorosíssima: apenas profissionais do futebol que foram campeões do mundo e chefes de estado podem tocá-la, ao menos com as mãos nuas. Quaisquer outras pessoas — tal como os funcionários da própria FIFA, ao manuseá-la — só podem tocá-la usando luvas.Essa regra é tão rigorosa que nem mesmo ganhadores do prêmio Nobel tem permissão para tocar essa Taça: o acesso a esse troféu é, assim, limitadíssimo e tais restrições até se comparam à segurança de uma base nuclear.Por isso, Salt Bae — famoso por inventar o “bife de ouro”, degustado por vários jogadores durante esta Copa — está sob inquérito e pode ser proibido de acessar qualquer competição organizada pela FIFA até o final da Copa de 2026, o que inclui eliminatórias, Mundial de Clubes e, claro, a própria Copa a ser disputada na América do Norte. É claro que a FIFA alega que “isso é por questão se segurança e para que o troféu não se desgaste com o manuseio desregrado” e jamais admitirá que o verdadeiro objetivo disso é despertar a vaidade humana.Convenhamos: quem não se sentiria “o cara”, tendo acesso a algo a que poucos no mundo tem?Exatamente por isso, bem como pelo prestígio — e consequentemente o dinheiro que a conquista desse direito acaba gerando —, a disputa por esse direito de manusear a taça FIFA com as mãos nuas faz com que muitos se empenhem para ganhar a Copa do Mundo como se fosse a coisa mais importante de suas existências, já que isso os equipara aos chefes de estado e abre portas para que ganhem muito mais dinheiro do que a maioria das pessoas jamais poderia sonhar em obter.Mesmo com todas essas restrições, o acesso à taça FIFA não é absolutamente inalcançável, tanto que — seja ganhando a Copa do Mundo, seja tornando-se chefe de estado de algum país — há quem consiga. HUMANAMENTE INACESSÍVEL Mas há algo a que — diferente da Taça FIFA, que apenas não pode ser TOCADA, mas pode ser VISTA por qualquer um que tenha visão — nenhuma pessoa pode ter acesso por méritos próprios: absolutamente ninguém pode “acessar” a Glória Divina e, da mesma forma, ninguém tem sequer o direito de vê-la!Paulo revela: O único que é imortal e habita em luz inacessível a quem ninguém viu nem pode ver.A Ele sejam honra e poder para sempre.Amém! (1 Timóteo 6:16 – KJA) A inacessibilidade à Glória Divina é absoluta para o ser humano, a tal ponto que nem mesmo ao maior profeta do Antigo Testamento foi permitido contemplá-la!Deus só permitiu a Moisés, ainda em seu estado pecaminoso no mundo, contemplá-lO “pelas costas”, ou seja, apenas uma ínfima parte de sua glória, porque olhar diretamente para a face de Deus significa a morte para os pecadores (veja Êxodo 33:17-23).E mesmo assim, com essa pequena “amostra grátis” da glória divina, o rosto de Moisés passou a brilhar tanto que os demais israelitas não conseguiam fitá-lo, de modo que Moisés teve de usar um véu sobre o rosto para falar ao povo, só o retirando quando voltava a falar com Deus (veja Êxodo 34:29-35).Diferente da Taça FIFA, não há nada que se possa fazer, em termos humanos, para que se conquiste esse direito de contemplar a Glória Divina: o acesso direto da humanidade ao Senhor Deus foi cortado pela queda em pecado, tornando o ser humano indigno de tal privilégio e transformando a terra em um lugar amaldiçoado (veja Gênesis 3:17). Existe, porém, uma forma de o ser humano contemplar a Glória de Deus.Contudo, para ser contemplada (e diferente do mérito humano exigido para tocar a taça FIFA), a Glória de Deus exige algo que o ser humano não pode alcançar: a santidade, ou seja, a ausência completa do pecado… e é evidente que não existe nenhum ser humano sem pecado no mundo (veja 2 Crônicas 6:36).Dessa forma, ninguém pode contemplar a Glória Divina… sob pena de morte!A única forma pela qual o ser humano pode contemplar a Glória de Deus é, no entanto, mais simples do que se poderia imaginar, pois não envolve nenhum mérito humano, mas, conforme disse o Senhor Jesus a Marta: Disse-lhe Jesus:Não te tenho dito que, se creres, verás a glória de Deus? (João 11:40 – ACF) De fato, ninguém tem nada a fazer para contemplar a Glória de Deus além de crer em Cristo Jesus!É algo totalmente gratuito ao ser humano que crê, mas isso não significa que foi um “acesso” obtido de forma gratuita: pelo contrário, o preço pago foi muito maior do que anos de treino e vitórias em jogos até se vencer uma Copa do Mundo; ou ser eleito chefe de estado… estas coisas podem ser obtidas por mérito humano, mas a santidade, não.A Lei de Deus é tão Perfeita e Santa que, sob pena de ser inteiramente violada, não admite um só
Pecado, O Significado
Nos idiomas originais da Bíblia — tanto no hebraico (חטא / HATTAH) quanto no grego (Αμαρτία / HAMARTÍA) — a palavra traduzida como “pecado” significa, literalmente, “a flecha que não tem força para chegar ao alvo”.Esse é um detalhe importante. Não se trata simplesmente de ERRAR o alvo, como se a apenas a direção da flecha estivesse errada, mas que poderia acertar o alvo caso fosse corretamente direcionada.A coisa é muito mais grave, indicando uma flecha que, ainda que direcionada de forma correta, nunca conseguiria acertar o alvo por não ter sequer força suficiente para chegar até ele! Isso, portanto, mostra mais uma vez a impossibilidade de evitarmos o pecado em nosso estado atual: a santidade é rudimentarmente restaurada no Cristão ainda em vida, mas sua plenitude só será alcançada na vida eterna.Por isso, uma afirmação que muitas vezes aparece nas redes sociais acaba sendo 100% correta: Eis que a noite final se estabelece cada vez mais rapidamente e antes que o Senhor volte como um ladrão na noite já podemos constatar sólidos indícios do profetizado reinado do anticristo se consolidando não apenas no Brasil, mas por todo o mundo!Na fase 2023 d’O Pior evangelho decidi lançar mão de novos formatos que possam auxiliar a aumentar o alcance dos conteúdos relacionados às Escrituras — stories, vídeos, textos mais curtos, autores convidados… — e essa publicação, onde tomei a liberdade de realizar revisão e ilustração, é parte dessa estratégia, tendo seu conceito originalmente sido formulado por: Obrigado por ter lido até aqui.Continuo necessitando de toda colaboração possível: comentários, compartilhamentos e reações ajudam a divulgar este conteúdo que foi integralmente produzido na intenção de colaborar para a edificação do Corpo de Cristo no mundo.