A Esse Deveis Temer

Porque Servir A Deus Nunca Foi Brincadeira…

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No filme “Um Sonho de Liberdade” — no original THE SHAWSHANK REDEMPTION — o protagonista Andrew “Andy” Dufresne (Tim Robbins) é condenado injustamente a duas penas de prisão perpétua pelos assassinatos de sua esposa e do amante da mesma. Tais crimes, como fica claro no decorrer do filme, foram cometidos por outra pessoa.
Após cerca de 19 anos preso cumprindo a pena que não merecia, um novo detento chega à prisão de Shawshank: um jovem chamado Tommy (Gil Bellows), que já havia cumprido pena em outra prisão onde, coincidentemente, conheceu o verdadeiro autor dos assassinatos e se dispõe a depor a favor de Dufresne para livrá-lo da injusta sentença.

O que se segue é um encontro entre Tommy e Samuel Norton (Bob Gunton), o diretor da penitenciária, que pergunta ao jovem detento se ele estaria disposto a entrar em um tribunal e jurar diante de um Deus Todo-Poderoso ao relatar o que estava afirmando ao júri. Tommy responde: “É só me dar a chance”.
Não vou dizer aqui o que acontece daí para a frente, para não dar spoilers sobre o filme, caso alguém ainda não o tenha assistido.
O que acredito ser o importante ressaltar nesta cena é a afirmação do diretor:

VOCÊ JURARIA DIANTE DE UM DEUS TODO-PODEROSO?

Quem já assistiu a esse filme, sabe que, na realidade, o diretor da penitenciária não era tão temente a Deus quanto queria fazer parecer, mas essa pergunta deve chamar qualquer cristão consciente à reflexão: até que ponto realmente entendemos que servimos a um Deus Todo-poderoso, que detém a autoridade suprema, contra o qual não existe recurso, argumento… e cuja decisão é irrevogável?
No mundo atual, parece que isso não costuma ser levado muito em conta.

O mundo em geral, no sentido daqueles que não temem ou servem a Deus, embora não sejam necessariamente ateus, tem uma perspectiva de Deus baseada na mera conveniência e um bom exemplo claro disso é a repetição, como se fosse um mantra, da parte final de 1 João 4:8: “Deus é amor”.
Só que esse “amor” de que tantos — inclusive “cristãos” liberais e apóstatas — falam e se valem para justificar praticamente tudo, não é o amor de Deus: trata-se de um “amor” mentiroso, fajuto, que não visa o real benefício daquele a quem se ama, mas apenas uma alegria momentânea.
É por isso que várias pessoas, ao defender pautas progressistas e escancaradamente anticristãs, apelam para essa passagem: simplesmente nunca entenderam o que, de fato, é o amor de Deus!

Sim, Deus é amor, mas unicamente em Cristo e JAMAIS fora d’Ele!
O mundo esquece que Deus também é absolutamente justo:

Deus julga o justo, e se ira com o ímpio todos os dias.

(Salmos 7:11 – ACF)

O mundo esquece que Deus não inocenta o culpado:

O SENHOR é longânimo, e grande em misericórdia,
que perdoa a iniquidade e a transgressão,
que o culpado não tem por inocente,
e visita a iniquidade dos pais sobre os filhos até a terceira e quarta geração.

(Números 14:18 – ACF)

O mundo esquece que Deus é fogo consumidor:

Vede que não rejeiteis ao que fala;
porque, se não escaparam aqueles que rejeitaram o que na terra os advertia, muito menos nós, se nos desviarmos daquele que é dos céus;
A voz do qual moveu então a terra, mas agora anunciou, dizendo:
Ainda uma vez comoverei, não só a terra, senão também o céu.
E esta palavra:
Ainda uma vez, mostra a mudança das coisas móveis, como coisas feitas, para que as imóveis permaneçam.
Por isso, tendo recebido um reino que não pode ser abalado, retenhamos a graça, pela qual sirvamos a Deus agradavelmente, com reverência e piedade;
Porque o nosso Deus é um fogo consumidor.

(Hebreus 12:25-29 – ACF)

O mundo esquece que cair em Suas mãos é uma coisa horrível:

Porque, se vivermos deliberadamente em pecado, depois de termos recebido o pleno conhecimento da verdade,
já não resta sacrifício pelos pecados,
mas uma horrível expectativa de juízo e fogo ardente prestes a consumir todos os inimigos de Deus.
Ora, se aqueles que rejeitam a Lei de Moisés morrem sem misericórdia, mediante a palavra de acusação de duas ou três testemunhas,
julgai vós, quanto maior castigo merecerá
quem feriu os pés do Filho de Deus, profanou o sangue da aliança pelo qual Ele foi santificado, e insultou o Espírito da graça?
Porquanto, nós conhecemos aquele que declarou:
“A mim pertence a vingança!”,
e em outro trecho:
“O Senhor exercerá juízo sobre seu povo”.
Assim, terrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo!

(Hebreus 10:26-31 – KJA)

Deus perdoa o pecado, mas não por ter dado algum tipo de “canetada celestial” na culpa dos pecadores: TODOS os pecados, sem exceção, são punidos!
Ou foram punidos em Jesus, na cruz do Calvário, ou serão punidos no próprio pecador que o rejeita, por toda a eternidade.
O perdão dos pecados é gratuito para todo pecador que se arrepende verdadeiramente e confia no perdão divino, mas não foi de graça que essa gratuidade foi conquistada, ela exigiu o sacrifício do próprio Deus, na pessoa de seu Filho.

Falando em termos do que se aplica ao cristão sincero, muitas vezes existe a tendência de se considerar a expressão “temor a Deus” como sinônimo de “respeito”, porém o sentido é muito mais amplo e profundo do que isso e o próprio Senhor Jesus se encarregou de mostrar a magnitude disso:

Eu vos afirmo, meus amigos:
não temais os que podem matar o corpo; todavia, além disso, nada mais conseguem fazer.
Contudo, Eu vos revelarei a quem deveis temer:
temei Aquele que, depois de matar o corpo, tem poder para lançar a alma no inferno.
Sim, Eu vos afirmo, a esse deveis temer.

(Lucas 12:4-5 – KJA)

O “temor” do cristão envolve, sim, o ato de temer encontrar Deus, no dia de seu julgamento, como seu Juiz e não como seu Pai amoroso.
É verdade, sim, que Deus é amor… e o mundo se delicia ao apontar para esse fato quando tenta justificar-se e apostar nisso para continuar a viver no pecado.
Porém, mundanos e, especialmente, cristãos jamais podem esquecer do que já foi anteriormente dito: Deus é amor tão somente em Cristo, tal como Paulo afirma ao longo de todo o capítulo 8 de Romanos: sem estar em Cristo, o pecador não conhecerá o amor de Deus, mas unicamente sua justiça!
Justiça essa que não inocenta o culpado, como já foi dito.

Muitos, porém, ainda que se afirmando cristãos, costumam agir tal e qual os incrédulos: com maior temor das consequências por se opor a uma autoridade terrena do que por desagradar a Deus.
Não se está afirmando aqui que um cristão não deva obediência e respeito às autoridades, porém isso só pode ser feito até o ponto em que as ordens da autoridade secular não entram em confronto com os princípios cristãos!
A partir do momento em que isso acontece, a atitude a ser tomada é resumida no que disse Pedro:

E, trazendo-os, os apresentaram ao conselho.
E o sumo sacerdote os interrogou, dizendo:
‘Não vos admoestamos nós expressamente que não ensinásseis nesse nome?
E eis que enchestes Jerusalém dessa vossa doutrina,
e quereis lançar sobre nós o sangue desse homem.’
Porém, respondendo Pedro e os apóstolos, disseram:
Mais importa obedecer a Deus do que aos homens.

(Atos 5:27-29 – ACF)

Se os apóstolos agissem preocupando-se, como muitos declarados cristãos de hoje, com as consequências de se desobedecer ao Império — o que geralmente levava à morte — o cristianismo teria morrido ali, ainda no berço!
Quantos no mundo de hoje tem coragem de enfrentar as duras consequências por não adotar o discurso “politicamente correto” que, por exemplo, tenta transformar uma longa lista de pecados — tais como aborto, ideologia de gênero, liberação das drogas, etc. — em coisas normais e aceitáveis?
É relativamente raro, mesmo no meio cristão, vermos quem se oponha de forma clara e firme a tais ideologias.

É óbvio que todo ser humano teme (por sua vida, de ser privado de sua liberdade, de ser enquadrado em leis absurdas…), mas Jesus nunca escondeu que no mundo os seus seguidores teriam aflições e seriam odiados por serem chamados por seu nome, porém, este mundo já está vencido.

Eu vos preveni sobre esses acontecimentos para que em mim tenhais paz.
Neste mundo sofrereis tribulações; mas tende fé e coragem!
Eu venci o mundo.”
(…)
E, por causa do meu Nome, sereis odiados de todos.
Contudo, aquele que permanecer firme até o fim será salvo.

(João 16:33 / Mateus 10:22 – KJA)

Em resumo: as autoridade terrenas, por mais tirânicas, ímpias e injustas que sejam, têm, em relação a qualquer cristão, seu poder restrito ao que podem fazer na esfera terrena, mas nada podem contra a espiritualidade do mesmo.
Dessa forma, temer a Deus nunca deixou de ser e continua sendo muito mais importante.

E o mesmo Espírito Santo que deu forças aos cristãos primitivos para que não negassem sua fé (ainda que ao preço de suas vidas) é o que existe em cada cristão verdadeiro no mundo de hoje: assim como deu forças a eles, está pronto a dar forças a cada um de nós para que Jesus Cristo não seja negado em nenhuma hipótese, permitindo que aqueles que O amam Lhe sejam fiéis e O reafirmem mesmo diante da pena de morte.

Nada temas das coisas que hás de padecer.
Eis que o diabo lançará alguns de vós na prisão, para que sejais tentados;
e tereis uma tribulação de dez dias.
Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida.

(Apocalipse 2:10 – ACF)

A Quem Já Está Destinado O Terrível “Cálice da Ira” de Deus?

Temamos, portanto, ao Deus Todo-Poderoso agora, para Ele nos seja, por meio de Cristo, o Pai amoroso e generoso que é, em cuja presença viveremos por toda a eternidade.

Nos Laços do Calvário.

Parece que os tempos finais estão se revelando cada vez mais rapidamente e, antes que o Senhor volte como um ladrão na noite, já podemos observar indícios do profetizado reinado do anticristo se consolidando não apenas no Brasil, mas por todo o mundo!
Na fase 2023 d’O Pior evangelho decidi lançar mão de novos formatos na expectativa auxiliar a aumentar o alcance dos conteúdos relacionados às Escrituras — stories, vídeos, textos mais curtos, autores convidados… — e essa publicação, onde tomei a liberdade de realizar revisão e ilustração, é parte desse projeto.
Obrigado por ter lido até aqui.
Continuo necessitando de toda colaboração possível: comentários, compartilhamentos e reações ajudam a divulgar este conteúdo que foi integralmente produzido na intenção de colaborar para a edificação do Corpo de Cristo no mundo.

Tenho vergonha de pedir.
Odeio incomodar os leitores e passei o ano de 2023 inteiro apenas publicando comentários, como os acima, em letras castanhas sem qualquer pretensão de ser incisivo em meus pedidos. Fiz isso porque ainda depositava uma pequena parcela de credibilidade na justiça e aguardava que ela, diante de minha incontestável deficiência, intimasse a seguradora a honrar o seguro funcional que me vendeu.
Só que deu tudo errado e nem os mais altos graus dos juízes deste país recusam suborno!

De súbito, fui lançado numa situação de extrema necessidade financeira e tanto os links imediatamente acima quanto o vídeo ao lado podem esclarecer o nível de desespero que me acomete e me traz a publicar esse apelo ao final da maioria de minhas publicações.

Peço perdão pelo incômodo, mas peço que, por favor, assista e ajude não apenas a manter esse site, mas também o próprio editor e sua família, com vida e saúde: eu realmente sentiria muita vergonha de expor tudo isso se não fosse a mais pura realidade.

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Agradeço pela atenção e rogo a Deus que, independente do valor ofertado, multiplique as bênçãos e livramentos nas vidas daqueles que se se dispuserem a colaborar.

Parafraseando o apóstolo Paulo em Efésios 6:23-24, que a graça e a paz sejam conosco, todos os que amam a nosso Senhor Jesus Cristo em sinceridade, hoje e para todo o sempre!

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