Dois pintores competiam em uma exposição a respeito de quem pintaria o quadro que melhor representasse a ideia de “paz”.
O primeiro deles pintou um quadro em que se via um lago sereno situado no alto de uma montanha onde sequer o vento se movia, de modo que no lago não havia ondas, também nem um pássaro ou borboleta ou libélula… tudo estaria, assim, segundo o autor, no mais perfeito silêncio: para ele, essa era a ideia de “paz”.
O segundo pintor apresentou um trabalho cujo contraste com o do concorrente era impressionante: seu quadro mostrava uma cascata fortíssima, lançando enormes quantidades de água para um lago.
Ao lado dela, quase ao alcance da espuma e da furiosa água, em um galho de um carvalho, um pardal estava repousando tranquilamente em seu ninho, sem qualquer preocupação com a fúria da cascata logo ao seu lado.
Os jurados foram unânimes em dizer que o segundo quadro representava melhor a ideia de “paz”.
E, sabendo ou não, o pintor vencedor do concurso expressou a ideia de uma paz que o mundo não conhece: a paz de Cristo.
Na véspera de sua crucificação, Nosso Senhor, já declarando a seus discípulos e futuros apóstolos o que estava para lhe acontecer, e que logo ele se ausentaria fisicamente de sua presença, declarou:
Deixo-vos a paz; a minha paz vos dou.
(João 14:27 – KJA)
Não vo-la dou como o mundo a dá.
Não permitais que vosso coração se preocupe, nem vos deixeis amedrontar.
A ideia de ter “paz”, dita a pessoas de quem ele já tinha conhecimento que seriam perseguidas e martirizadas cruelmente no futuro, pode parecer um completo absurdo, porém faz todo o sentido quando se leva em conta o detalhe de que a paz aqui anunciada não é a que o mundo conhece, mas a do próprio Cristo, que não é dada como o mundo a dá.
O mundo só conhece uma paz que depende das circunstâncias: quando as coisas vão bem e não há guerras, problemas, angústias (situações sobre as quais não é preciso pensar muito para se constatar que são muito raras), o mundo e os indivíduos em geral sentem que existe “paz”.
Porém, tal paz é extremamente frágil, fugaz e, ao primeiro sinal de adversidade, ela se desfaz, permitindo que a realidade cruel do mundo afastado de Deus volte a invadir a vida: a sensação de insegurança, de incerteza, o fardo de enfrentar problemas e sensações desagradáveis toma conta do espírito humano e a sensação de “paz” logo é esquecida.
E se isso, em se tratando de pessoas que não são perseguidas ou discriminadas por conta de sua fé, já é a realidade em quase todo o tempo, como esperar que os cristãos, a quem o mundo odeia, possam ter “paz”, como diz Jesus?
É exatamente esse o ponto em questão:
a paz de Cristo não é como a do mundo
Diferente da paz que o mundo oferece, a de Cristo não depende de circunstâncias externas, sendo algo interior, baseado não em acontecimentos do presente, mas no maior de todos os eventos, a obra do próprio Salvador.
O cristão, tendo certeza de que sua existência não está limitada à sua vida terrena, tem em seu coração um grande “trunfo” para encarar o que quer que lhe aconteça com outra perspectiva, a de que tudo que possa surgir em seu caminho até o Pai é passageiro.
Por piores que sejam as circunstâncias, o cristão sabe que, no final, tudo será deixado para trás, para afinal tomar posse do reino que está preparado aos salvos desde a fundação do mundo.
Então, dirá o Rei a todos que estiverem à sua direita:
(Mateus 25:34 – KJA)
‘Vinde, abençoados de meu Pai!
Recebei como herança o Reino, o qual vos foi preparado desde a fundação do mundo.’
Quem, de fato, conhece esta paz, ainda que não esteja livre de tristezas e dores, pois o mundo ainda está sob o jugo do pecado, tem a certeza de que nada, por mais terrível que possa ser, irá fazê-lo perder tudo o que realmente importa: a eternidade junto com Jesus Cristo, na Nova Jerusalém.
Pode-se comparar a paz de Cristo com a sensação de um aluno no último dia letivo: ele não se importa em ter de levantar-se cedo, ir à escola, ter as últimas tarefas para realizar, mesmo que sejam as mais pesadas… ele sabe que esta será a última vez e que logo desfrutará de suas férias.
Jesus não ignorava o fato de que tanto seus discípulos quanto os que viriam a crer passariam por enormes dificuldades e angústias nesta Terra, mas fez questão de ressaltar que a fúria do mundo, do pecado e do diabo contra aqueles que o amam era algo que já estava vencido, e que nele, todos teriam paz:
Eu vos preveni sobre esses acontecimentos para que em mim tenhais paz.
(João 16:33 – KJA)
Neste mundo sofrereis tribulações; mas tende fé e coragem!
Eu venci o mundo.
Assim, quer a paz de Cristo guarde nossos corações e mentes, a fim de um dia desfrutarmos da plenitude dessa mesma paz, na eternidade, onde não há mais morte, nem luto, nem pranto e nem dor.
Ele lhes enxugará dos olhos toda a lágrima;
(Apocalipse 21:4 – KJA)
não haverá mais morte, nem pranto, nem lamento, nem dor, porquanto a antiga ordem está encerrada!
Nos Laços do Calvário
Eduardo Pydd
Nascido na Porto Alegre de 1973, exerceu ministério pastoral na IELB — Igreja Evangélica Luterana do Brasil entre 1999 e 2008. Radicado em São Paulo desde o final de 2008.
A turbulência que se agiganta por sobre o “lago do mundo” e impõe sofrimento aos cristãos não é ilusória!
É apenas mais um indício de que os tempos finais estão se configurando vez mais rapidamente e, antes que o Senhor volte como um ladrão na noite, é necessário que o profetizado reinado do anticristo se consolide não apenas no Brasil, mas por todo o mundo!
Na fase 2023 d’O Pior evangelho decidi lançar mão de novos formatos na expectativa auxiliar a aumentar o alcance dos conteúdos relacionados às Escrituras — stories, vídeos, textos mais curtos, autores convidados… — e essa publicação, onde tomei a liberdade de realizar revisão e ilustração, é parte desse projeto.
Obrigado por ter lido até aqui.
Continuo necessitando de toda colaboração possível: comentários, compartilhamentos e reações ajudam a divulgar este conteúdo que foi integralmente produzido na intenção de colaborar para a edificação do Corpo de Cristo no mundo.
Tenho vergonha de pedir.
Odeio incomodar os leitores e passei o ano de 2023 inteiro apenas publicando comentários, como os acima, em letras castanhas sem qualquer pretensão de ser incisivo em meus pedidos. Fiz isso porque ainda depositava uma pequena parcela de credibilidade na justiça e aguardava que ela, diante de minha incontestável deficiência, intimasse a seguradora a honrar o seguro funcional que me vendeu.
Só que deu tudo errado e nem os mais altos graus dos juízes deste país recusam suborno!
De súbito, fui lançado numa situação de extrema necessidade financeira e tanto os links imediatamente acima quanto o vídeo ao lado podem esclarecer o nível de desespero que me acomete e me traz a publicar esse apelo ao final da maioria de minhas publicações.
Peço perdão pelo incômodo, mas peço que, por favor, assista e ajude não apenas a manter esse site, mas também o próprio editor e sua família, com vida e saúde: eu realmente sentiria muita vergonha de expor tudo isso se não fosse a mais pura realidade.
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Parafraseando o apóstolo Paulo em Efésios 6:23-24, que a graça e a paz sejam conosco, todos os que amam a nosso Senhor Jesus Cristo em sinceridade, hoje e para todo o sempre!