Vai longe a época em que, enquanto eu ensaiava entrar na adolescência, foi lançada uma canção que literalmente me “pegou”, tanto por causa do solo de guitarra quanto pelo dueto vocal apresentado pela voz quase gutural de Guilherme Isnard — da banda Zero — e o eterno “resfolega-suspira” Paulo Ricardo.
A música era “Agora Eu Sei” e isso é o que ela dizia:
AGORA EU SEI
Há muito tempo eu ouvi dizer
Que um homem vinha pra nos mostrar
Que todo o mundo é bom
E que ninguém é tão ruim(REFRÃO)
O tempo voa e agora eu sei
Que só quiseram me enganar
Tem gente boa que me fez sofrer
Tem gente boa que me faz chorar, me faz chorarAgora eu sei e posso te contar, posso te contar
Não acredite se ouvir também
Que alguém te ama e sem você
Não consegue viver, não consegue viverQuem vive, mente
Mesmo sem querer, mesmo sem querer
E fere o outro, não pelo prazer
Mas pela evidente razão, sobreviverNão é possível mais ignorar
Que quem me ama me faz mal demais
Mas ainda é cedo pra saber
Se isso é ruim ou se é muito bom(REFRÃO)
Quem vê o seu rosto
Só pensa no bem, só pensa no bem
Que você pode fazer a quem
Tiver a chance de te possuir, de te possuirMal sabe ele como é triste ter, como é triste ter
Freddy Haiat / Guilherme Isnard
Amor demais e nada receber
Que possa compensar o que isso traz de dor
O que isso traz de dor (3x)
Por tudo o que isso traz de dor (2x)
Não tenho noção de quantas vezes ouvi e outras tantas que cantei — em dueto de voz e violões com meu irmão — essa balada de rock através das décadas, mas chegou um dia em que realmente prestei atenção nessas palavras e comecei a suspeitar que o tal homem que veio mostrar que “todo mundo é bom” poderia ser uma referência ao Senhor Jesus Cristo e que, de acordo com a letra da música, sua missão foi o mais completo fracasso…
Ei! Estamos na era da tecnologia: por que não fazer uma rápida pesquisa nos arquivos digitais?
ANALISANDO O CLIPE
Confesso que só recordava de um clipe de história romântica apresentado pelo — naquela época supremo, agora reconhecido como lixo manipulador — Fantástico e fiquei pasmo com a mensagem sem rodeios que encontrei na versão original.
Sugiro que assista em tela ampliada:
Ao caminhar pelo que podemos interpretar como sendo um tipo de “corredor do tempo”, o compositor e cantor faz absoluta questão de evidenciar — através de expressões faciais, gestos e postura — seu grande desprezo por Jesus Cristo, que nesse vídeo é representado de diversas formas:
Após admirar Hitler e algumas referências à bomba atômica na 2ª Grande Guerra Mundial, aos 16 segundos aparece uma caveira com um aviso em alemão que, traduzido, significa “Cuidado Judeus”, sem pontuação, o que não nos permite dupla interpretação: um ameaçador “Cuidado Judeus!” ou um preventivo “Cuidado: Judeus”… como se a ameaça viesse dos israelitas.
É curioso notar que os movimentos e expressões do cantor são normais até os 26 segundos, quando (um ator representando) Jesus Cristo é apresentado em uma tela que sobe: apesar do vídeo não ser em alta definição, nota-se que ele arqueia a sobrancelha numa expressão de desdém, seguindo uma abertura de braços no estilo “que é isso?” e, após entrecruzar os dedos das mãos, a imagem é substituída por uma explosão atômica.
Seguem-se cenas da banda tocando em um cenário pós-catastrófico, com destroços e pessoas maltrapilhas cambaleando até que, ao chegar num acampamento noturno iluminado por fogueiras (e pessoas dormindo dentro de uma kombi!), aos 1:38 o senhor Isnard encontra uma publicação que, pela espessura na primeira tomada, parece ser apenas uma revista, mas que na cena seguinte se torna em dois livros mais volumosos: um com capa marrom e outro, preta… seriam Bíblias?
Tudo leva a crer que sim, pois após vasculhar os arredores com aspecto indignado — talvez procurando pelo dono das Bíblias — o cantor parece perder a paciência, se encher de fúria e arremessá-las como se fossem lixo contaminado.
Videoclipes não precisam fazer sentido e, de um momento para o outro, o vocalista da banda Zero é transportado — de smoking e tudo! — para uma manjedoura onde se encontram um casal sem atitude alguma observando um bebê nu, cuja genitália, aliás, é proposital e desnecessariamente exposta de forma explícita… novamente uma representação de Cristo, agora em seu nascimento, mas numa condição de miserabilidade exponencialmente multiplicada: diante da inércia dos pais, o cantor demonstra sua magnificência ao se adiantar para cobrir o bebê com seu próprio casaco.
De repente, algo capaz de chamar a atenção acontece lá fora e, ao sair para verificar, o autor de “Agora Eu Sei” olha para o alto e se depara com a estrela, descobrindo ser tão espetacularmente dotado que, independentemente de quaisquer ações divinas, foi até mesmo capaz de se antecipar aos magos de Mateus 2 para presentear o menino!
ESPANTALHO
A religião é o ópio do povo.
Vladimir Lênin, 1909
Esta máxima de Marx constitui a pedra angular de toda a concepção marxista na questão religiosa.
O marxismo considera sempre que todas as religiões e igrejas modernas, todas e cada uma das organizações religiosas, são órgãos da reação burguesa chamados a defender a exploração e embrutecer a classe operária.
Ao rever esse conteúdo agora, em 2021, fui tomado por grande arrependimento e aversão a tudo o que é dito e representado através dessa música e, diante dos incontestáveis fatos acima apresentados, não tenho outro entendimento senão o de que essa obra foi detalhadamente planejada para semear, desde os anos 80, a base do marxismo — que anda de mãos dadas como o satanismo — em corações e mentes da sociedade: se eu, como cristão consciente, demorei décadas para me dar conta da sordidez minuciosa entremeada em cada detalhe dessa criação, pessoas desatentas seguirão apaixonadamente cantando esse verdadeira afronta contra o Senhor Jesus Cristo e, de quebra, até contra os judeus!
Ao afirmar que “Agora Eu Sei” e fuzilar o cristianismo com frases e imagens do mais profundo deboche, Guilherme Isnard lançou mão da falácia do espantalho, um dos recursos prediletos dos militantes das ideologias vermelhas, onde a pessoa ignora a real posição do adversário no debate e a substitui por uma versão distorcida, que representa de forma errada, esta posição.
A falácia se produz por distorção proposital, com o objetivo de tornar o argumento mais facilmente refutável, ou até por distorção acidental — quando o debatedor que a produz não entendeu o argumento que pretende refutar — e a refutação é feita contra um argumento criado por quem está atacando o argumento original; não é uma refutação do próprio argumento original.
Para os que não estejam familiarizados com o argumento original, a refutação pode parecer válida, como refutação daquele argumento.
SÓ SEI QUE NADA SEI
Talvez, em vez de se enfurecer e arremessar longe as Bíblias, o compositor pudesse ter tido a humildade de examiná-las antes de escrever uma das frases mais estupidamente ignorantes que já pude ver sendo usada como pretexto para rebelião tão intensa contra a fé judaico-cristã quanto a que é mostrada no clipe.
Leia, com atenção, a frase novamente: “Há muito tempo eu ouvi dizer que um homem vinha pra nos mostrar que todo o mundo é bom e que ninguém é tão ruim…“
Quem disse isso a ele? De onde ele pode ter chegado a uma afirmação tão absurdamente contrária ao que o próprio Cristo disse?
Por acaso, atualmente a óbvia e direta refutação ao pretexto do compositor ainda se encontra disponível a qualquer um que queira realmente saber:
E eis que, aproximando-se dele um jovem, disse-lhe:
(Mateus 19:16-17 – ACF)
Bom Mestre, que bem farei para conseguir a vida eterna?
E ele disse-lhe:
Por que me chamas bom?
Não há bom senão um só, que é Deus.
Se queres, porém, entrar na vida, guarda os mandamentos.
Transcrevi adicionando maiúsculas, negrito e sublinhado, mas, para garantir o tamanho do engano contido na premissa dessa música, vou citar o mesmo episódio ao ser novamente referenciado em outra passagem:
Replicou-lhe Jesus:
(Marcos 10:18 – KJA)
“Por que me chamas bom?
Ninguém é bom, a não ser um, que é Deus!
E ainda que tentemos substituir o conceito de ser bom (fazer o bem) pela ideia de ser justo (ser equilibrado), vamos dar de cara com o apóstolo Paulo destruindo essa possibilidade:
Como está escrito:
(Romanos 3:10 – ACF)
Não há um justo, nem um sequer.
Diante dessa tripla confirmação, resta saber de quem o senhor Isnard “ouviu dizer” o contrário… e arrisco responder que, provavelmente, foi do próprio Satanás que, não contente em cochichar essa mentira em seu ouvido, ainda o inspirou a realizar todo esse esforço na óbvia intenção de confrontar e desmerecer os planos do Senhor Deus para a humanidade.
Curiosamente em relação aos videoclipes — tanto a versão “juvenil-romântica” da qual eu lembrava quanto essa, abertamente vermelha, aqui analisada — foram produzidas pela mesma emissora que então era reconhecida por seu alegado elevadíssimo padrão de qualidade, mas que atualmente já revelou não passar de sórdida manipuladora psíquica da sociedade, a serviço de tudo que se oponha ao verdadeiro bem.
PARTICIPAÇÃO ESPECIAL
Encontrei exatamente o mesmo texto apresentado nessa imagem em diversos lugares pela internet, mas não a citação da fonte original.
Paulo Ricardo foi convidado por Guilherme Isnard, vocalista e líder da Banda Zero, para participar do primeiro disco do grupo.
Paulo então ouviu o demo da música “Agora eu sei”, ficou admirado com a letra e aceitou o convite.
A música “estourou” nas rádios e TV’s!
Sabendo que o ódio do bem e o serviço a Satanás geralmente acarretam sucesso e dinheiro, por isso não devemos nos espantar ao saber que foi justamente a letra profana que causou admiração a ponto de fazê-lo querer tomar parte nesse hino maligno, mesmo que através de uma banda até então irrelevante.
Não há dúvidas que essa música foi o maior sucesso da banda Zero justamente por ter sido alavancada pela participação especial de Paulo Ricardo, que na época era uma das grandes estrelas brasileiras, obtendo tal destaque através da banda RPM, contra a qual recentemente entrou em disputa judicial e, inclusive, terminou sendo proibido de executar seu repertório.
CONCLUSÃO
Ao narrar todo o suposto sofrimento pelo qual passou — por ter acreditado numa mentira — até chegar à iluminação de um “conhecimento superior” que o permite se apresentar cheio de poses e atitudes “revolucionárias”, categoricamente afirmando que “Agora Eu Sei”… o compositor e cantor apenas revela a profunda e real obscuridade na qual essa música se baseou e, provavelmente, ele próprio creu e ainda lucrou em cima por toda a vida.
Na época em que essa canção foi lançada, eu era inocente demais para compreender tamanha heresia, mas o tempo voa e agora eu sei que milhões foram arrastados a cantar estas palavras profanas por causa da — não posso negar — excelente trilha musical na qual está embalada.
A mim, assim como a qualquer cristão genuíno, só resta a árdua tarefa de descarregar essa música da mente como se fosse o cadáver putrefato de um criminoso, para nunca mais ver, ouvir ou lembrar com qualquer carinho ou saudade.
Concluindo, caros irmãos,
(Filipenses 4:8 – KJA)
absolutamente tudo o que for verdadeiro,
tudo o que for honesto,
tudo o que for justo,
tudo o que for puro,
tudo o que for amável,
tudo o que for de boa fama,
se houver algo de excelente ou digno de louvor,
nisso pensai.
Aqui quem escreve é o velho Teóphilo Noturno e prossigo, contra todas as adversidades, com meus informes atualizados e consolidados, tentando alcançar unidades desorientadas e até, talvez, atualmente sob domínio do inimigo.
Ao conteúdo que produzo chamo d’O Pior Evangelho do Mundo e, sempre que possível, tento lançar novidades às 19:00h de terças e quintas. Espero sinceramente que essas publicações promovam reflexão e colaborem para sua edificação: me esforço para sempre apontar as Escrituras, sem vínculos ideológicos ou com as doutrinas de qualquer franquia ou empresa eclesiásticas em particular.
Sei bem que em mim não há valor algum, por isso dedico meu tempo a pesquisar e escrever, sempre tentando comparar tudo às Escrituras: o que de graça recebi, de graça também compartilho…
Com a permissão do Senhor fui tocado pela surdez em 2018 e, a despeito de minha fé e meus muitos esforços pessoais, posso dizer que os últimos 5 anos foram os mais difíceis da minha vida, tendo dependido do auxílio dos irmãos leitores — aos quais sou profundamente grato — para, em várias ocasiões, suprir até mesmo simples necessidades cotidianas.
Em junho de 2023 o Senhor me permitiu encontrar uma oportunidade de negócio única e extraordinária, através da qual posso auxiliar todos, inclusive eu próprio, a obter uma vida melhor pelo aumento da saúde e dos rendimentos: não me estenderei aqui sobre esse tema, mas destaco que me sinto bastante mais honrado por obter renda auxiliando pessoas do que implorando, desesperado, por colaborações… às quais não recuso, porém prefiro que, ao menos, os doadores dediquem um pouco de tempo a conhecer o projeto que estou desenvolvendo e através do qual espero, muito em breve, ter condições não só de sustentar minha família, mas arcar com todos os custos envolvidos na crianção, manutenção e hospedagem desse site com tranquilidade.
Por estar no início dessa atividade e, ainda por cima, numa empresa que inaugurou apenas recentemente, ainda não obtive o sucesso financeiro e peço que considere a possibilidade de, através do Paypal, colaborar mensalmente com, pelo menos, R$ 30,00.
Atualmente tenho apenas um colaborador (ao qual sou extremamente grato), mas se 40 pessoas se propusessem a ajudar com esse valor mínimo, ao menos os gastos com energia elétrica e internet seriam cobertos.
Compartilhar as publicações já ajuda, mas tendo recursos e desejando colaborar financeiramente — com qualquer valor! — minha chave PIX principal é teophilonoturno@gmail.com e essa imagem é meu QR code: o nome de confirmação é Geovane Ignácio de Souza e o trecho do CPF a aparecer deve ser o “927.157“, sendo realizada uma movimentação destinada ao Nubank
Destaco que, por mais que queira, não tenho em mim mesmo a menor capacidade de forçar o Pai a te abençoar por sua generosidade, mas oro a Ele pedindo que, no tempo certo e na medida multiplicada, retribua a bondade realizada da maneira mais adequada: não apenas na restituição multiplicada do valor doado, mas também através dos mais diversos livramentos e bênçãos que, em minha limitação humana, sequer posso imaginar antecipadamente, mas que já estavam nos planos do Todo-Poderoso Deus desde antes da fundação do mundo.
Tenho vergonha de pedir.
Odeio incomodar os leitores e passei o ano de 2023 inteiro apenas publicando comentários, como os acima, em letras castanhas sem qualquer pretensão de ser incisivo em meus pedidos. Fiz isso porque ainda depositava uma pequena parcela de credibilidade na justiça e aguardava que ela, diante de minha incontestável deficiência, intimasse a seguradora a honrar o seguro funcional que me vendeu.
Só que deu tudo errado e nem os mais altos graus dos juízes deste país recusam suborno!
De súbito, fui lançado numa situação de extrema necessidade financeira e tanto os links imediatamente acima quanto o vídeo ao lado podem esclarecer o nível de desespero que me acomete e me traz a publicar esse apelo ao final da maioria de minhas publicações.
Peço perdão pelo incômodo, mas peço que, por favor, assista e ajude não apenas a manter esse site, mas também o próprio editor e sua família, com vida e saúde: eu realmente sentiria muita vergonha de expor tudo isso se não fosse a mais pura realidade.
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Parafraseando o apóstolo Paulo em Efésios 6:23-24, que a graça e a paz sejam conosco, todos os que amam a nosso Senhor Jesus Cristo em sinceridade, hoje e para todo o sempre!
Estou aqui preocupado agora, não só com musicas, mas com filmes series e HQs, que possam ter mensagens nas entrelinhas, que eu não esteja discernindo.
Leitura das Escrituras DENTRO DO CONTEXTO E DA CRONOLOGIA, reflexão sobre o que leu e oração… quem vai mostrar as armadilhas é o Espírito Santo.
Essa música, Agora Eu (Não) Sei, é o ÚNICO sucesso dessa banda, Zero, fora outras, que não tiveram tanto sucesso assim. Ninguém nunca mais ouviu falar dessa banda, Zero, nem desse cara, Guilherme Isnard.