A Ilusória Beleza Do Mundo

Até Os Frascos Mais Belos Podem Quebrar

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Mike, deixe-me dizer uma coisa.
O mundo inteiro é um circo se você souber olhar para ele.
A forma como o sol se põe quando você está cansado, surge quando você quer estar em movimento… isso é magia de verdade!
A maneira como uma folha cresce, o canto dos pássaros… a aparência do deserto à noite, com a lua o abraçando.
Oh, meu rapaz, isso é… isso é circo suficiente para qualquer um.
Cada vez que você observa um arco-íris e sente admiração em seu coração.
Cada vez que você pega um punhado de pó e vê não o pó, mas um mistério, uma maravilha, ali na sua mão.
Cada vez que você para e pensa: ‘Estou vivo, e estar vivo é fantástico!’
Cada vez que isso acontece, você faz parte do Circo do Dr. Lao

Trecho do filme “As 7 Faces do Dr. Lao” (1964)

O conselho acima, repetido por mais de uma vez no clássico filme: “As 7 faces do dr. Lao”, de 1964, é um convite à reflexão sobre a existência.
Ambientado nos tempos do Faroeste, em uma fictícia pequena cidade chamada Abalone, no estado americano do Arizona, o filme narra a história de um misterioso chinês, vivido por Tony Randall, que se apresenta como o dono de um circo que ficaria por dois dias na pequena comunidade.
O local, embora aparentemente tranquilo, não é o que se mostra à primeira vista, sendo dominado por um rico fazendeiro que deseja a desvalorização da cidade por problemas de abastecimento de água, a fim de comprá-la por inteiro e revendê-la após a construção já agendada de uma ferrovia, o que a valorizará muito.
O dr. Lao, por meio de suas apresentações e feitos sobrenaturais, acaba por mudar totalmente a mentalidade reinante no local, mostrando os próprios habitantes representados nas cenas que apresenta, o que os encanta a princípio, mas acaba por aterrorizá-los ao mostrar o local encenado sendo destruído pela própria ganância de seus habitantes.
Tudo isso faz com que a vida no local seja diferente dali em diante.

O garoto Mike, vivido no filme por Kevin Tate, é filho de uma bibliotecária e professora viúva, interpretada por Barbara Eden (famosa por protagonizar o seriado “Jeannie é um Gênio”), encantado com o circo, deseja juntar-se ao dr. Lao, que lhe dá o conselho exposto acima, que acaba por ser repetido na cena final, quando vai embora da localidade.
A mensagem do filme, mostrando que o circo do dr. Lao nada mais é do que a própria vida, e que tudo nela pode ser maravilhoso, dependendo do ponto de vista, pode ser realmente bela e comovente, mas a realidade é que as coisas não funcionam bem assim.

O ator mirim que interpretou Mike na história, Kevin Tate, embora tivesse uma carreira promissora, abandonou a atuação em 1973, aos 19 anos por motivos nunca esclarecidos, e simplesmente desapareceu dos olhos do público, não se tendo qualquer informação sobre o que foi feito dele até 1999, quando morreu, a uma semana de completar 45 anos, de causas não divulgadas.
Ele morreu antes mesmo do protagonista Tony Randall, que viveu até 2004, partindo aos 84 anos.
Barbara Eden, por sua vez, é vítima de uma das piores dores de um ser humano ao perder seu único filho — o também ator Matthew Ansara — vítima de uma overdose, em 2001, quando tinha apenas 35 anos.

Como se vê, a vida de muitos dos próprios atores do filme mostra que a mensagem não é algo a que se possa apegar para dar sentido e beleza à existência: ela só ajuda até certo ponto, e muitas vezes não tem como ajudar a mitigar dores e angústias que todos enfrentam na vida.
Ninguém, por exemplo, vai se lembrar da beleza da existência ao perder um ente querido ou na hora de encarar a própria morte.
Diferente do consolo e da beleza apenas passageiros que um filme, por mais belo e comovente que seja, possa trazer, existe um consolo e uma beleza que não são efêmeros: os que Cristo concede.

Desde a triste (porém esperançosa) narrativa de Gênesis 3, quando o ser humano caiu e foi contaminado pelo pecado e, consequentemente, a criação divina distorcida, a vida humana passou a ser uma constante batalha pela sobrevivência, luta cuja derrota já foi previamente determinada por Deus ao afirmar:

Com o suor do teu rosto comerás o teu pão, até que voltes ao solo, pois da terra foste formado;
porque tu és pó e ao pó da terra retornarás!

(Gênesis 3:19 – KJA)

Em outras palavras: por mais que o ser humano se esforce, cuide de sua saúde, por mais que conquiste seus objetivos e realize seus sonhos, inevitavelmente chegará ao momento em que terá sua vida neste mundo encerrada, tal como vários dos atores do filme, alguns de forma precoce e até trágica.
Não há imortalidade onde há pecado:

Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna por intermédio de Cristo Jesus, nosso Senhor!

(Romanos 6:23 – KJA)

Porém, como foi dito, nesta mesma narrativa da maior desgraça que já aconteceu na história da humanidade, a desobediência de nossos primeiros pais, condenando todos ao afastamento de Deus e à morte, temporal e eterna, existe também a maior das esperanças:

Estabelecerei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o descendente dela;
porquanto, este te ferirá a cabeça, e tu lhe picarás o calcanhar.

(Gênesis 3:15 – KJA)

Em meio ao caos, à dor e à tristeza que o pecado traria ao mundo, Deus, em sua misericórdia, já anunciou o plano da redenção humana, que teria um alto preço, mas que seria pago por Ele próprio, na pessoa de seu Filho, punido no lugar do ser humano decaído.
Tal obra reconciliaria a humanidade com o Criador e, a seu tempo, devolveria ao ser humano uma glória e uma imagem divinas indescritivelmente mais gloriosas do que aquelas das quais havia decaído.
Tal glória eterna é por demais incompreensível para que possa ser expressa em palavras: Paulo foi levado vivo ao paraíso e afirmou que não era possível descrever o que viu (verifique 2 Coríntios 12:1-6).

E na eternidade — diferente do consolo apenas momentâneo que um filme, por mais belo que seja, possa trazer — não existe mais qualquer tristeza, dor e nem a morte, porque “as primeiras coisas passaram” (veja Apocalipse 21:4).
A antiga ordem terá passado quando tudo se cumprir porque o pecado, que é o que acarreta toda essa desgraça, já não mais existirá na Nova Jerusalém:

Nela jamais entrará qualquer coisa impura, tampouco, alguém que pratique ações vergonhosas ou mentirosas, mas unicamente aqueles cujos nomes estão gravados no Livro da Vida do Cordeiro!

(Apocalipse 21:27 – KJA)

No paraíso original, havia a possibilidade do pecado, o que infelizmente, acabou se concretizando, limitando a felicidade do ser humano não regenerado à vida terrena e a efemeridades como as ensinadas no filme.
Em outras palavras: o paraíso, embora perfeito, não estava livre de ser perdido.
O mesmo não acontecerá na Nova Jerusalém e nela não haverá nenhuma possibilidade de ocorrer uma nova queda em pecado: a perfeição será eterna, sem qualquer sensação desagradável ou dor.

Diferente do que pode ser muito belo aos olhos de quem só atenta para o que se pode perceber com os sentidos, não haverá mais necessidade de lutas, sacrifícios ou dores para se obter migalhas de recompensa e beleza passageiras, como as que o Dr. Lao ofereceu ao pequeno Mike.
Por melhor que tenha sido a intenção do personagem — e tal como qualquer ser humano —, ele estava limitado pelo pecado e não tinha como oferecer mais.
Porém, há aquele que pode e de fato oferece uma recompensa infinita a todos os que nele confiam: o Salvador Jesus Cristo: que seja Ele a motivação para seguirmos em frente, mesmo em meio às tristezas da vida terrena, que, apenas para os que confiam n’Ele, não serão eternas.

Nos Laços do Calvário

TÍTULO ORIGINAL: A EFÊMERA E A ETERNA BELEZA

Admito que desde a um mês atrás, quando levei um golpe da seguradora, tenho cuidado da saúde apenas por ser extremamente desconfortável ter de permanecer vivendo neste mundo e, ainda por cima, suportando doenças e dores desnecessárias.
De fato, saber que todos os tribunais desta nação foram ocupados por servos de Satanás — com belos cabelos ou dinossáuricos — é algo que só causa animação a criminosos, mas até isso é apenas mais um indício de que os tempos finais estão se configurando muito rapidamente e, antes que o Senhor volte como um ladrão na noite, é necessário que o profetizado reinado do anticristo se consolide não apenas no Brasil, mas por todo o mundo!
Na fase 2023 d’O Pior evangelho decidi lançar mão de novos formatos na expectativa auxiliar a aumentar o alcance dos conteúdos relacionados às Escrituras — stories, vídeos, textos mais curtos, autores convidados… — e essa publicação, onde tomei a liberdade de realizar revisão e ilustração, é parte desse projeto.
Obrigado por ter lido até aqui.
Continuo necessitando de toda colaboração possível: comentários, compartilhamentos e reações ajudam a divulgar este conteúdo que foi integralmente produzido na intenção de colaborar para a edificação do Corpo de Cristo no mundo.

Tenho vergonha de pedir.
Odeio incomodar os leitores e passei o ano de 2023 inteiro apenas publicando comentários, como os acima, em letras castanhas sem qualquer pretensão de ser incisivo em meus pedidos. Fiz isso porque ainda depositava uma pequena parcela de credibilidade na justiça e aguardava que ela, diante de minha incontestável deficiência, intimasse a seguradora a honrar o seguro funcional que me vendeu.
Só que deu tudo errado e nem os mais altos graus dos juízes deste país recusam suborno!

De súbito, fui lançado numa situação de extrema necessidade financeira e tanto os links imediatamente acima quanto o vídeo ao lado podem esclarecer o nível de desespero que me acomete e me traz a publicar esse apelo ao final da maioria de minhas publicações.

Peço perdão pelo incômodo, mas peço que, por favor, assista e ajude não apenas a manter esse site, mas também o próprio editor e sua família, com vida e saúde: eu realmente sentiria muita vergonha de expor tudo isso se não fosse a mais pura realidade.

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Parafraseando o apóstolo Paulo em Efésios 6:23-24, que a graça e a paz sejam conosco, todos os que amam a nosso Senhor Jesus Cristo em sinceridade, hoje e para todo o sempre!

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