A Derrota Da Morte

Virando O Jogo!

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Em uma conhecida gravura que já circula há algum tempo na internet, Charlie Brown e Snoopy estão sentados em um cais, olhando para o horizonte, e Charlie diz:
— Um dia a gente vai morrer, Snoopy.
E o cão responde:
— Sim, mas em todos os outros dias, a gente vai viver!

É bem possível que esse cartoon refletisse o próprio sentimento interior do criador desses personagens: Charles M. Schulz, o criador da turma do Snoopy, era um cristão apostatado da fé.
Criado como luterano e, depois, tendo-se tornado metodista, acabou por afastar-se de suas raízes cristãs na idade adulta, tornando-se um humanista secular.
Seus amigos próximos e parentes sempre declararam que ele era uma pessoa que, na maior parte do tempo, vivia triste, fechado e deveras solitário, isolando-se da família por longos períodos, nos quais, além de desenhar suas tirinhas, parecia estar em conflito consigo mesmo, como se seus pensamentos o perturbassem.

Diagnosticado com um câncer colorretal em 1999, recebeu a pior notícia possível: o tumor fora descoberto tardiamente, já em metástase, de modo que foi obrigado a anunciar sua aposentadoria em 14 de dezembro daquele ano, declarando:
“Nunca sonhei que seria isso que aconteceria comigo… sempre tive a sensação de que continuaria com o desenho até os oitenta e poucos anos. Mas de repente, se foi. Eu não tirei isso de mim, é algo que foi tirado de mim.”

Em fevereiro de 2000, Schulz decidiu fazer um cartoon se despedindo de seus fãs, pois, embora estivesse em fase terminal, ele esperava ainda viver o suficiente para ver o quadrinho ser publicado, o que, infelizmente, não aconteceu: ele morreu em 12 de fevereiro daquele ano, um dia antes da tirinha de despedida ser divulgada.
Nela, em meio a vários personagens do universo do Snoopy, ele escreveu seu texto de despedida de sua carreira, sem saber que não veria a publicação da mesma:

“Queridos amigos,
tive a sorte de desenhar Charlie Brown e seus amigos por quase 50 anos. Foi a realização da minha ambição de infância.
Infelizmente, não consigo mais manter o cronograma exigido por uma história em quadrinhos diária. Minha família não deseja que o Peanuts seja continuado por mais ninguém, por isso anuncio minha aposentadoria.
Tenho sido grato ao longo dos anos pela lealdade de nossos editores e pelo maravilhoso apoio e amor que me foram expressos pelos fãs das histórias em quadrinhos.
Charlie Brown, Snoopy, Linus, Lucy… como posso esquecê-los…”

De fato, Schulz não chegou “aos oitenta e poucos anos”, tendo morrido aos 77.
Não se tem qualquer indicação de que ele tenha mudado seu posicionamento a respeito da espiritualidade nos últimos dias de vida e, caso tenha acontecido, é algo que levou consigo para o túmulo.
Posteriormente, sua família acabou mudando de ideia sobre descontinuar o trabalho de Charles, de modo que a turma do Snoopy ganhou até um filme em animação, mantendo os personagens em evidência até hoje.

O ponto a ser destacado neste relato é o de que Charles aparentemente tentava convencer a si mesmo, de que a vida tem vários dias, ao passo que a morte só acontece em um…
Talvez ele, que, após desistir da esperança em Cristo que vivera na juventude, estivesse a tal ponto tomado pelo vazio de uma vida e uma existência sem esperança de nada após o seu fim, que tentava minimizar o impacto da morte.

“Matematicamente falando”, como Schulz coloca no quadrinho, a vida parece mesmo ter uma tremenda vantagem, pois, salvo exceções, a esmagadora maioria das pessoas vive por milhares e milhares de dias, tendo apenas um em que a morte vence.
Porém, o que essa ideia do cartoon de Schulz parece ignorar (provavelmente de forma intencional) é que um único dia de vitória da morte é suficiente, pois ela é mais forte do que a vida terrena: uma pessoa pode viver 20 ou 30 mil dias, e até mais, mas no único dia em que a morte vence, a vida está definitivamente “derrotada”, não existindo mais um só dia para se viver neste mundo.

Essa é a situação de toda a humanidade.
Toda a trajetória humana na Terra, em última análise, não passa de uma jornada em direção à morte: o homem tenta prolongar sua vida de todas as formas, cuida de sua saúde, mas sempre chega a hora em que tem de morrer.
Esse é o final de toda existência terrena de qualquer ser humano.
O autor da epístola aos Hebreus, no entanto, mostra uma perspectiva completamente diferente desta para aqueles que se apegam a Cristo:

Portanto, visto que os filhos compartilham de carne e sangue,
Ele também participou dessa mesma condição humana, para que pela morte destruísse aquele que tem o poder da morte, a saber, o Diabo;
e livrasse todos os que ao longo de toda a vida estiveram escravizados pelo medo da morte.

(Hebreus 2:14-15 – KJA)

O diabo, que Jesus chama de “homicida desde o princípio (conforme João 8:44)” por ter ele induzido o ser humano a pecar, condenando-o assim à morte (veja Romanos 6:23), de fato teria o poder sobre a vida do ser humano, mas ao anunciar a vinda do Salvador (em Gênesis 3:15), Deus já declara que esse poder não teria efeito, pois o sangue do Cordeiro purifica o ser humano de todo pecado (veja 1 João 1:7).
Dessa forma, quem de fato tem as chaves, ou seja, o poder sobre a morte e sobre o inferno não é mais o diabo, e sim, Jesus, conforme ele próprio declara a João na sua visão de seu corpo glorificado na ilha de Patmos, onde o último apóstolo ainda vivo recebera as revelações do livro do Apocalipse:

Assim que o admirei, caí a seus pés como se estivesse morto.
Então, Ele colocou sua mão direita sobre mim, e disse:
“Não tenhas medo, Eu Sou o primeiro e o último.
Eu Sou o que vive; estive morto, mas eis que estou vivo por toda a eternidade!
E possuo as chaves da morte e do inferno.”

(Apocalipse 1:17-18 – KJA)

O diabo, que deseja o mal da humanidade, não tem mais essas chaves, elas lhe foram tiradas pela obra de Jesus, de modo que, sendo Deus Infinito e Atemporal, mesmo tendo cronologicamente cumprido sua obra após vários milênios da queda do ser humano em pecado, Jesus resgatou a humanidade desde os primórdios.

Assim, o pavor da morte que escraviza o ser humano em sua existência terrena, da qual tenta escapar sem sucesso, é algo do qual o cristão pode se considerar liberto. Mesmo que a morte não seja algo agradável — afinal, o plano de Deus não é que o ser humano morra, mas que viva para sempre —, ela deixa de ser um portão que conduz à desgraça eterna, para se tornar o portão que conduz à vida plena, que não conhece mais a morte, tristeza, dor ou lágrimas.
Vida essa que é concedida por graça, pelos méritos de Jesus.
Assim, mesmo que o cristão ainda passe por aflições neste mundo (conforme João 16:33), ele pode estar certo de que a morte, o mundo, o pecado e o diabo já estão com sua eterna derrota decretada.
A morte é apenas um estado temporário, que acabará para sempre com a ressurreição do último dia, sendo ela, como diz Paulo, o último inimigo que será destruído na proclamação da vitória eterna de Cristo à criação (veja 1 Coríntios 15:26).

Portanto, diferente do criador do Snoopy, um cristão não precisa se autoiludir, crendo que a vida terrena é maior do que de fato é.
Ele — mesmo que possa ficar apreensivo e a atravesse sob lutas — pode encarar a morte como uma passagem que o levará à vida verdadeira que, ao contrário da vida terrena, jamais será vencida pela morte.
Tudo pelos méritos de Cristo, que o livrou da escravidão do medo da morte, tanto a temporal quanto a eterna.

Nos Laços do Calvário

TÍTULO ORIGINAL: A MORTE ESTÁ DERROTADA

Admito que desde a um mês atrás, quando levei um golpe da seguradora, tenho andado um tanto com Asafe e sem qualquer entusiasmo legítimo para continuar vivendo… mas um verdadeiro servo do Senhor Deus só pode ir a Ele quando for chamado e é essa a lição que tem me ocupado!
Saber que até as mais altas instâncias do que deveriam ser tribunais de justiça foram tornadas em antros de corrupção pode entristecer alguns, mas é apenas mais um indício de que os tempos finais estão se configurando muito rapidamente e, antes que o Senhor volte como um ladrão na noite, é necessário que o profetizado reinado do anticristo se consolide não apenas no Brasil, mas por todo o mundo!
Na fase 2023 d’O Pior evangelho decidi lançar mão de novos formatos na expectativa auxiliar a aumentar o alcance dos conteúdos relacionados às Escrituras — stories, vídeos, textos mais curtos, autores convidados… — e essa publicação, onde tomei a liberdade de realizar revisão e ilustração, é parte desse projeto.
Obrigado por ter lido até aqui.
Continuo necessitando de toda colaboração possível: comentários, compartilhamentos e reações ajudam a divulgar este conteúdo que foi integralmente produzido na intenção de colaborar para a edificação do Corpo de Cristo no mundo.

Tenho vergonha de pedir.
Odeio incomodar os leitores e passei o ano de 2023 inteiro apenas publicando comentários, como os acima, em letras castanhas sem qualquer pretensão de ser incisivo em meus pedidos. Fiz isso porque ainda depositava uma pequena parcela de credibilidade na justiça e aguardava que ela, diante de minha incontestável deficiência, intimasse a seguradora a honrar o seguro funcional que me vendeu.
Só que deu tudo errado e nem os mais altos graus dos juízes deste país recusam suborno!

De súbito, fui lançado numa situação de extrema necessidade financeira e tanto os links imediatamente acima quanto o vídeo ao lado podem esclarecer o nível de desespero que me acomete e me traz a publicar esse apelo ao final da maioria de minhas publicações.

Peço perdão pelo incômodo, mas peço que, por favor, assista e ajude não apenas a manter esse site, mas também o próprio editor e sua família, com vida e saúde: eu realmente sentiria muita vergonha de expor tudo isso se não fosse a mais pura realidade.

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Parafraseando o apóstolo Paulo em Efésios 6:23-24, que a graça e a paz sejam conosco, todos os que amam a nosso Senhor Jesus Cristo em sinceridade, hoje e para todo o sempre!

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