O Autor

Como muitos evangélicos, não tenho recordações de minha infância que não envolvam igreja.
Fora o pouco mais de uma década entre a adolescência e a juventude — que passei estudando intensamente para me definir profissionalmente e os quase cinco anos que passei “exilado” em Manaus no início de minha carreira como controlador de tráfego aéreo militar (e consegui fazer muitas, mas muitas coisas estúpidas!) — praticamente vivi pautado e em função de uma empresa eclesiástica da franquia Batista.
Provavelmente ainda estaria sendo apenas mais um “esquentador de bancos” por lá até hoje, mas em 2004 meu breve envolvimento com os enganos da chamada “batalha espiritual” ao menos serviram para despertar meu gosto pela leitura religiosa e, daí, após testemunhar — durante um culto e com a permissão do “meu pastor” — uma grotesca deturpação das Escrituras, lentamente, decepção após decepção, fui registrando minhas descobertas e me tornando um dos nomes (pseudônimo na verdade) mais controversos do meio cristão: odiado por muitos, amado por alguns… aqui estava o Teóphilo Noturno.

Antes que apareça algum estrupício querendo dar significados esdrúxulos ao meu pseudônimo, já aproveito para esclarecer que “Teóphilo” vem de duas palavras gregas: “Theos”, que significa “Deus” e “Philos”, que significa “amigo” — ou seja, quero ter a honra de ser um amigo de Deus através da divulgação de sua Palavra! — enquanto “Noturno” é fundamentado em 1 Tessalonicenses  5:2, 2 Pedro 3:10 e a parábola de Mateus 25, onde se indica que o Senhor virá em um momento de despreparo, de desatenção… na “noite”, que não é nada além desses dias terríveis que estamos vivendo.

Dentre alguns erros, muitos acertos — inicialmente desdenhados e desqualificados como “teoria da conspiração” — que hoje se consolidaram como nossa realidade cotidiana, assim como o material que produzi junto aos daquela “onda” serviu de base para o surgimento de alguma coisa boa que às vezes vejo por aí: o crédito nunca foi meu, mas sempre do Inspirador da base de meus estudos.
A duras penas tomei ciência de minha insignificância e impotência em relação aos planos proféticos do Criador, somando-se a isso dificuldades financeiras que me levaram a perder o domínio (do qual não farei propaganda aqui por estar agora sob controle dos orientais e apresentando conteúdo sem relação alguma com o evangelho) através do qual publicava meus estudos e análises: acabei optando por passar anos quieto, apenas observando, verificando, comparando… amadurecendo enquanto tentava fugir!

OBSERVANDO TUDO… DE LONGE

Mesmo com minha fé e conhecimento, acabei passando quase outra década inteira convicto de que Deus já tinha até achado alguém mais certificado para assumir meu papel: me envolvi com a realização de grandes eventos (institucionais, empresariais…) e cheguei a ter cargo de gerente de pavilhão durante os jogos olímpicos Rio 2016, assim como, por lidar com multidões, perdi qualquer vestígio da síndrome de pânico que um dia me devastou e passei a palestrar e realizar celebrações.
Vinha conseguindo sobreviver às dificuldades enquanto só observava a degradação da sociedade, publicando um ou outro manifesto esporádico (quase todos devidamente trazidos para cá) até que, ao final de 2018, o Senhor permitiu que a surdez profunda me tocasse e todas essas atividades se tornassem apenas um sonho distante, restando apenas as eventuais celebrações.

Tendo uma família a sustentar, passei 2019 buscando outras soluções ainda mais inusitadas: em seis meses estudei todos os conceitos jurídicos que nunca havia visto e, sem sequer morar ou ter referências da cidade, aprendi todas as leis de um município do interior de São Paulo para prestar um concurso público cuja prova ocorreu exatamente uma semana após o falecimento de minha mãe: mesmo psicologicamente abalado, sendo deficiente, alcancei a primeira colocação da lista especial… porém o fato de ter sido militar me impediu de tomar posse do cargo e acabou com qualquer esperança de prestar outros certames.
Somemos a isso a questão da sociedade normalmente vincular surdez às dificuldades de expressão (e muitas vezes até mentais), quase sempre disponibilizando vagas de baixa exigência cuja remuneração, em minha realidade, apenas se tornaria um ônus tributário, me fazendo, literalmente, pagar para trabalhar!
E aí veio a pandemia…

REATIVAÇÃO

Muitas pessoas perecendo ao redor; a multidão escravizada pelo pânico que a mídia semeia; o súbito surgimento de uma substância injetável cercada de meias verdades, mas prestes a se tornar pretexto para os novos campos de concentração; um presidente que, apesar da boa vontade, é assessorado por fariseus que deturpam as Escrituras para tornar o evangelho em negócio…
O cumprimento profético sendo esfregado em nossas caras e enquanto os ímpios esquecem completamente de que existe um Deus, os cristãos acham que Deus está submetido aos seus rituais triunfalistas e vazios que acabam servindo apenas para denegrir o verdadeiro evangelho.

Com tudo isso pesando em meu coração, veio um momento — podem chamar do que quiserem, pois não houveram sinais visíveis — em que Deus me apertou e lembrou de muitas coisas que eu mesmo já estava quase esquecendo: a chuva como uma resposta que eu não queria, o logotipo materializado no meio da montanha, as tantas bênçãos e livramentos… alguns tão sobrenaturais que até tenho receio de contar…
Diante da recente aprovação frustrada no concurso, de súbito entendi que o Senhor não me deu essa capacidade de leitura, aprendizado e discernimento para fingir ser como tantos inseguros que ficam esperando a decisão de algum “líder” para, só então, balançar a cabeça em concordância junto com a manada de covardes: se eu não expuser o entendimento que recebo com base nas Escrituras, se não entregar as ideias que muitas vezes são tão opostas aos modelos cristãos convencionais que chegam a parecer loucura, se eu me calar diante do que o Espírito Santo que habita em mim alerta… aí então poderia me considerar tanto covarde quanto inútil.

Também fui tranquilizado pela garantia de que não vou morrer antes do exato momento que o Senhor Deus determinou para isso, do mesmo modo que não há o que eu possa fazer para ir nem um minuto além dele: é para repousar no Senhor sem estar desatento às profecias, porque Ele ou proverá ou chamará para junto de si.

O PIOR EVANGELHO… DO MUNDO E ONLINE TAMBÉM!

Sabendo que muito do que publiquei ainda circula pela internet mesmo que por “pirataria santa”, resolvi, com uma abordagem totalmente diferente do início, voltar a escrever esse novo site do zero: esforço para apresentar textos mais enxutos e diretos, republicação ou apresentação de links para os textos mais antigos e longos, perder menos tempo com discussões, menor preocupação para provar alguma coisa (especialmente “ad hominen“), nenhuma pretensão de algum dia estar palestrando em franchisings denominacionais, assim como tentar não perder tempo com questões cuja resposta já foi dada e pode ser facilmente encontrada pelos mecanismos de pesquisa existentes… afinal isso aqui é a internet e tem que servir pra alguma coisa!!

Vale a pena destacar que não tenho nenhuma denominação bancando minha vida e nem fiquei milionário nesse tempo de silêncio… pelo contrário, em breve até pretendo contar sobre as adversidades que me sobrevieram para provar minha fé, mas que serviram para me abrir os olhos e tornar ainda mais fiel ao Senhor Deus: todo o conteúdo evangelístico — Evangelho que recebi de graça — sempre será gratuito, mas dessa vez vou aproveitar os recursos digitais e aceitar doações dos leitores, destacando que não tenho em mim mesmo, por mais que queira, a menor capacidade de forçar o Pai a te abençoar por causa disso.
Caso ocorram bênçãos, livramentos, milagres ou fatos parecidos… é totalmente entre Ele e você.

Por fim, escolhi o “Pior Evangelho” porque o melhor de Deus, ao contrário do que cantam alguns estúpidos alienados, não está mais por vir — já veio, se ofereceu como sacrifício por todos e foi chamado Jesus Cristo! — e daqui para frente, quando Ele retornar, como Rei e juiz, certamente não será irrestritamente bom para quem não O creu nem serviu…

Durma pensando nisso.

Parafraseando o apóstolo Paulo em Efésios 6:23-24, que a graça e a paz sejam conosco, todos os que amam a nosso Senhor Jesus Cristo em sinceridade, hoje e para todo o sempre!

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