Local de Culto

Tabernáculo, Templo, Tempo da Graça… e Além!

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Finalmente César — termo através do qual costumo me referir a qualquer governo — encontrou na pandemia o argumento que lhe permitiu colocar as garras de fora e ordenar o fechamento de cada local de culto cristão sob o bem intencionado e politicamente correto pretexto de “salvar vidas”, mas… na multidão de possíveis interpretações… será que isso é realmente possível?

De fato, eu poderia oferecer uma resposta simples e direta, porém isso poderia frustrar os que necessitam acompanhar o desenvolvimento de um raciocínio para poder não apenas compreender, mas principalmente confiar no que está sendo apresentado e, acima de tudo, replicar a informação para que outros também possam tomar suas próprias decisões.
Apesar de utilizar bastante nesta publicação, não vou me ater explicando o que são tipos (ou tipologia) bíblicos, mas acho importante comentar que essa é uma ferramenta bastante peculiar por ser capaz de, ao mesmo tempo, promover esclarecimento aos salvos e confusão entre os incrédulos.

A questão é que Satanás vem recuperando várias práticas pagãs milenares para — revestidas de aparente bondade, misticismo e até, às vezes, tecnologia — oferecê-las como modernidades, revoluções e evoluções: grande parte da humanidade — inclusive os que veem as empresas eclesiásticas como seu único local de culto possível — não está apenas alienada, mas em rota de franca regressão à mentalidade e aos comportamentos bárbaros típicos dos tempos antes de Cristo.
Tão grande retrocesso até causa espanto a alguns, mas são prova de que Deus nunca esteve obsoleto, tendo tido o cuidado de inspirar homens a registrar palavras proféticas nas Escrituras:

Pois, assim como aconteceu nos dias de Noé, também será nos dias do Filho do homem.
As pessoas viviam comendo, bebendo, unindo-se em matrimônio e sendo prometidas em casamento,
até o dia em que Noé entrou na arca.
Então sobreveio o dilúvio e os destruiu a todos.
Da mesma forma ocorreu nos dias de Ló.
O povo dedicava-se a comer e beber, comprar e vender, plantar e construir.
Todavia, no dia em que Ló abandonou Sodoma,
choveu fogo e enxofre do céu e destruiu a todos.
E, acontecerá exatamente assim, no Dia em que o Filho do homem for revelado.
(…)
Porventura Deus não fará plena justiça aos seus escolhidos, que a Ele clamam de dia e de noite,
ainda que lhes pareça demorado em atendê-los?
Eu vos asseguro: Ele vos fará sua justiça, e depressa.
No entanto, quando o Filho do homem vier, encontrará fé em alguma parte da terra?

(Lucas 17:26-30 / 18:7-8 – KJA)

Pra compreender o presente — e até vislumbrar o futuro — é importante e necessário conhecer o passado, pois Deus é imutável sem ser anacrônico, tendo nos revelado antecipadamente todo o roteiro da história humana… inclusive as angústias que se tornarão mais intensas conforme se aproximar o fim.

ANTIGO TESTAMENTO: A LEI

O TABERNÁCULO

Há vários e excelentes estudos específicos sobre o Tabernáculo, mas baseados em Êxodo 25:1-9 e desprezando versões místicas ou rejudaizantes, vamos observar sua função e ressaltar alguns dos detalhes especificados pelo próprio Senhor Deus, sendo conveniente “situar” melhor os acontecimentos relacionados à sua construção.

Os israelitas já haviam sido libertos do Egito e testemunhado diversos milagres. Também já haviam recebido os dez mandamentos e, naquele momento, iniciavam a confecção das leis.

Local de Culto: Tabernáculo

O povo habitava tendas no deserto — onde permaneceu por quarenta anos até poder acessar a Terra Prometida — e, conforme se vê a seguir, era vontade de Deus habitar entre eles:

Faze-me, também, um santuário, para que Eu possa habitar entre meu povo.

(Êxodo 25:8 – KJA)

É fundamental conhecer que o próprio Deus falou a Moisés sobre as “especificações técnicas” de tudo na construção, exigindo que as instruções fossem minuciosamente seguidas:

Farás tudo de acordo com o modelo do Tabernáculo e as instruções para a mobília que Eu te revelar.

(Êxodo 25:9 – KJA)
Local de Culto: Planta Do Tabernáculo

E então Deus começou a detalhar a “planta” da construção, os materiais específicos que deveriam ser empregados, os métodos a ser utilizados, as minúcias de cada um dos objetos que ali seriam postos, quem poderia acessar o local, como deveriam ser suas roupas e os procedimentos adotados… tudo tão detalhado que começa no capítulo 25 e só vai terminar no 31, com a repetição do alerta inicial:

Eles, pois, farão tudo exatamente de acordo com o que te ordenei!

(Êxodo 31:11b – KJA)

É interessante observar que o povo, por ser nômade, necessitava de algo móvel e, conforme vemos no capítulo 40, Deus especificou até quando e como o Tabernáculo deveria ser montado!
Moisés seguiu fielmente as instruções e deu tudo certo: o Senhor ali habitou e manifestou Sua Glória.

Apenas como referência sobre o nível de santidade do local, em Levítico 10:1-7 encontramos o que aconteceu a dois rapazes — Nadabe e Abiú — filhos de Arão.
Realmente não consigo entender se eles, num momento de desvario comum aos jovens, simplesmente resolveram fazer uma espécie de brincadeira ou se imaginaram que pudessem estar sendo “criativos”, “originais” e “revolucionários”… só sei o que está escrito:

Nadabe e Abiú, filhos de Arão, pegaram cada um o seu queimador de incenso,
colocaram incenso dentro,
puseram fogo e o apresentaram a Deus, o SENHOR, como oferta.
Contudo, não fizeram isso de acordo com as leis de Deus,
e por isso Ele não aceitou a oferta deles.
De repente, partiu de diante do SENHOR, uma labareda que os aniquilou,
e pereceram ali mesmo, onde Deus estava.

(Levítico 10:1-2 – KJA)

E antes que apareçam as típicas manifestações politicamente corretas — quase inevitáveis em plena apostasia de 2021 — aqui vai uma dica da opinião pessoal de Deus sobre o fato:

Disse então Moisés a Arão:
“Foi isso que o SENHOR declarou, quando disse:
‘Aqueles que se aproximam de mim, devem honrar minha santidade,
e diante de todo o povo demonstro a minha Glória!’”
Arão, contudo, guardou silêncio.

(Levítico 10:3 – KJA)

Realmente impactante, mas o que Arão poderia argumentar naquele momento?
A explicação para essa aparente falta de atitude paterna foi escrita pelo apóstolo Paulo:

Deste modo, cada um de nós prestará contas de si mesmo a Deus.

(Romanos 14:12 – KJA)

Diante disso — principalmente o “senhor papai” e “senhora mamãe” que estão lendo este texto —, saibam que sua responsabilidade perante Deus está determinada há eras:

Ensina a criança no Caminho em que deve andar, e mesmo quando for idoso não se desviará dele!

(Provérbios 22:6 – KJA)

Deixo um sério alerta aos jovens, principalmente aos ditos “milênicos“: o mundo até pode estar de boca aberta esperando você defecar toda sua “criatividade” e “originalidade”, mas cuidado porque elas podem estar te levando para um destino extremamente desagradável…

O TEMPLO

Saltando aproximadamente quatrocentos e oitenta anos após a construção do tabernáculo, o povo já havia “firmado bases”: o povo, não mais nômade, já havia estabelecido juízes, reis e… por que não fazer algumas “melhorias”?

A TRANSIÇÃO do local de culto entre Tabernáculo e Templo foi a suave porque não houve conflito nem ruptura: uma imperceptível curva de aprendizagem apenas para adequar a cerimônia ritual que migraria de uma tenda itinerante para a opulência de um palácio diante da manutenção do “status quo” sacerdotal.
Em 1 Reis 5:13-18 vamos encontrar o rei Salomão começando a se preparar para edificar o Templo, enquanto no capítulo seguinte podemos conhecer as especificações da construção, sendo que há algo extremamente importante acontecendo a partir do verso 11:

Templo de Salomão: Local de Culto

A TRANSIÇÃO do local de culto entre Tabernáculo e Templo foi a suave porque não houve conflito nem ruptura: uma imperceptível curva de aprendizagem apenas para adequar a cerimônia ritual que migraria de uma tenda itinerante para a opulência de um palácio diante da manutenção do “status quo” sacerdotal.
Em 1 Reis 5:13-18 vamos encontrar o rei Salomão começando a se preparar para edificar o Templo, enquanto no capítulo seguinte podemos conhecer as especificações da construção, sendo que há algo extremamente importante acontecendo a partir do verso 11:

Então a Palavra do SENHOR veio a Salomão, dizendo:
“Quanto a esta Casa que estás edificando,
se procederes de acordo com os meus estatutos,
se obedeceres as minhas orientações e seguires fielmente os meus mandamentos,
Eu confirmarei por teu intermédio a promessa que fiz a teu pai Davi.
E habitarei no meio dos israelitas
e jamais desampararei o meu povo de Israel!”

(1 Reis 6:11-13 – KJA)

Comparem com o que foi dito a Moisés em relação ao Tabernáculo e percebam que Deus já não foi tão minucioso nas especificações para construção do Templo: sua única condição era a obediência irrestrita a Ele e, apesar de toda ostentação empregada na obra, o que mais importava a Deus não era aquele ouro, mas sim o comportamento de seu servo!
Nitidamente o homem se tornou mais importante que o “cenário” e — apesar de ainda podermos ler sobre mais objetos, adornos e melhorias que Salomão traz e executa ao Templo no capítulo 7 — é no capítulo 8 que vamos saber como foi a dedicação do Templo, sendo que o mais importante de tudo ocorre aqui:

Planta do Templo de Salomão
PLANTA DO TEMPLO DE SALOMÃO

Ora, assim que os sacerdotes se retiraram do Santo dos Santos, a Nuvem encheu o Templo de Yahweh,
de modo que os próprios sacerdotes não puderam continuar o seu serviço ritual,
pois a Glória do SENHOR tomou por completo o Templo de Yahweh!

(1 Reis 8:10-11 – KJA)

O que isso indica?
Que até ali, assim como ocorrera com Moisés, tudo estava correto e novamente o Senhor ali habitou e manifestou Sua Glória.
Só que o homem é um bichinho que sempre cisma de fazer as coisas do seu jeito, pensando que — sustentado por sua inteligência e suas experiências empíricas — pode abandonar a clara e imutável lei do Senhor, ávido por se libertar do Criador e partir para experiências místicas, holísticas em busca de poder.

Quer saber o que aconteceu ao Templo com o passar do tempo?
Basta ver o relato do profeta Ezequiel quando Deus, através de seu Espírito, o leva até Jerusalém e revela o que estava acontecendo naquele Templo inicialmente tão belo:

E o Eterno seguiu, dizendo-me:
“Filho do homem, vê o que o povo está fazendo?
As grandes abominações que a nação de Israel pratica aqui,
atitudes malignas que me afastarão para longe do meu amado e santo lugar?
Mas isso não basta, verás ações ainda piores que estas!”
(…)
Disse-me ainda:
“Entra e observa com teus próprios olhos as ações repugnantes e iníquas que essa gente vem praticando aqui!”
Então eu entrei e olhei.
E vi toda a forma de criaturas rastejantes e animais considerados impuros
e todas as imagens de ídolos que os israelitas estavam cultuando!
E muitos desses ídolos estavam pintados em figuras nas paredes por todo lado.

(Ezequiel 8:6; 9-10 – KJA)

Esta é apenas a parte que se aplica ao presente estudo, porém sugiro que leiam o texto na íntegra e notem as coisas em que estava envolvido aquele povo: idolatria a Tamuz, adoração ao sol… coisas tão estúpidas, mas tão persistentes que até hoje podemos encontrar muitas pessoas idolatrando à Rainha dos Ares enquanto outros buscam pela “consciência” da Terra, como se na criatura fôssemos encontrar o poder do Criador…

MESMO CONHECENDO AS ABOMINAÇÕES
PRATICADAS PELOS ISRAELITAS CONTRA O TEMPLO,
CONTINUAMOS ACHANDO
QUE O TEMPLO DE DEUS PRECISA DE

MARCAS

O Senhor Deus é bem claro quando revela o que fará com eles por causa disso:

Por esse motivo Eu os tratarei com toda a minha indignação;
o meu olho não poupará, nem olhará com compaixão ou piedade para nenhum deles.
Ainda que berrem aos meus ouvidos, não os ouvirei!

(Ezequiel 8:18 – KJA)

E de lá para cá, o que ocorreu com o povo de Israel?
Se não houvesse o pacto de aliança do Senhor com este povo — pacto sem papel nem assinatura, somente a palavra do Senhor… veja isso, senhor Rick Warren: Deus, sem “pacto de membresia”, cumpre sua palavra!!! — e as profecias que não podem deixar de ser cumpridas… a situação estaria ainda pior para eles.

NOVO TESTAMENTO: A GRAÇA

E já era cerca de meio-dia, quando as trevas cobriram toda a terra até as três horas da tarde;
o sol perdera seu brilho.
E o véu do santuário rasgou-se ao meio.
Então, Jesus bradou com voz forte: “Pai! Em tuas mãos entrego o meu espírito”.
E havendo dito isto, expirou.

(Lucas 23:44-46 – KJA)

Este é um dos relatos bíblicos sobre o que ocorreu no momento que podemos chamar de “ponto zero” do cristianismo e tudo o que escrevo aqui tem o intuito de auxiliar àqueles que possam não compreender o que ele realmente significou: não posso deixar de crer que todo cristão confesso tenha a obrigação de saber quem foi o Senhor Jesus Cristo e sua biografia… ou você não sabe que Ele morreu na Cruz do Calvário por sua causa?

Todos os que se dizem cristãos deveriam saber, mas, como abunda a ignorância acho válido ressaltar que a súbita ruptura do véu do templo — grosso como era — foi o sinal definitivo de que o Espírito do Senhor não mais habitava naquele local, tendo essa mudança um caráter DEFINITIVO, ou seja, foi o fim de toda uma era onde “a Lei era a lei” e único modelo a ser seguido para se conseguir acesso a Deus.

Pois bem, na época de Jesus o Templo ainda existia, mas na realidade já era uma espécie de arremedo malfeito do que era o Templo de Salomão: cheio de fariseus, escribas, comerciantes… algo não muito diferente de nossas atuais empresas eclesiásticas.
E, dentre tantas coisas que ocorreram no exato momento da morte de Jesus, vou transcrever outro relato, mais detalhado, sobre o que aconteceu:

Então, o véu do Lugar Santíssimo rasgou-se em duas partes, de alto a baixo.

(Marcos 15:38 – KJA)

Vamos agora imaginar um personagem judaico, piedoso e com personalidade extremamente religiosa que, ao testemunhar todos esses eventos impressionantes, decidiu buscar conforto espiritual no templo, seu local de culto, por volta de uma da tarde (hora sétima)…
Qualquer ritual que ele possa ter realizado já era completamente inútil e vazio!
Só uma hora, três dias, muitos meses, centenas de anos, vinte séculos… quanto mais o tempo nos distancia daquele momento, maior o atestado de ignorância de judeus e gentios que simplesmente decidiram ignorar o sacrifício do Senhor Jesus Cristo para tentar recosturar o véu do Templo e se submeter, irracionalmente, às diversas “novas” formas e tentativas de reaplicação da Lei:

Antes que essa fé chegasse, estávamos sob a custódia da Lei,
nela aprisionados, até que a fé que haveria de vir fosse revelada.
Desse modo, a Lei se tornou nosso tutor a fim de nos conduzir a Cristo,
para que por intermédio da fé fôssemos justificados.
Agora, no entanto, havendo chegado a fé,
já não estamos mais sujeitos a esse tutor.
Porquanto, todos vós sois filhos de Deus por meio da fé que tendes em Cristo Jesus,
pois todos quantos em Cristo fostes batizados, de Cristo vos revestistes.
Não há judeu nem grego, escravo ou livre, homem ou mulher;
porque todos vós sois um em Cristo Jesus.
E, se sois de Cristo, então, sois descendência de Abraão
e plenos herdeiros de acordo com a Promessa.

(Gálatas 3:23-29 – KJA)

SE VOCÊ É GENTIO:
NÃO NASCEU EM ISRAEL, NÃO TEM TRIBO,
NÃO VIVE SOB A LEI, NÃO SACRIFICA,
NÃO FOI CIRCUNCIDADO,
NEM OVELHA É POR ENQUANTO,
AFINAL…

QUEM SOMOS NÓS NA FILA DO PÃO

Devo enfatizar que quando Paulo cita “todos vós sois um em Cristo Jesus”, não está falando de nenhuma doutrina mística absurda como “consciência coletiva” ou coisas tão estúpidas quanto isso: o mais importante aqui é a afirmação de que ao nos tornamos agregados — alistados, inscritos, filiados — à descendência de Abraão, que é o Israel de Deus e isto nos torna herdeiros de tantas promessas que eu levaria alguns dias para enumerar e explicar… isso não é totalmente fantástico?!

De fato, a TRANSIÇÃO da Lei para a Graça foi consideravelmente abrupta e, a despeito de ter sido profetizada, pegou muita gente despreparada: o tão grandioso Templo deixou de ser o local habitado por Deus para se tornar local relevante apenas historicamente (ao menos até que, cumprindo a profecia, nele sejam restabelecidos os sacrifícios… só que, dessa vez, àquele que quer ser Deus); os sacerdotes, a despeito de seu rígido treinamento, simplesmente deixaram de ser espiritualmente relevantes e até mesmo Israel — menina dos olhos de Deus — foi temporariamente movida de foco e também só retornará ao centro da ação após descobrir que foi enganada e romper o pacto que fará com o anticristo.

Quem entende ao menos um pouquinho de sonorização sabe que “mixagem” é uma técnica onde o DJ “emparelha” suavemente as batidas de duas músicas diferentes até que não se perceba que uma foi emendada na outra.
Certa vez, em relação a mudança de Lei para Graça, ilustrei que essa foi uma mixagem tão mal feita que até Pedro continuou querendo dançar no ritmo da “música velha” e chegou a entrar em conflito com Paulo por causa da aplicação da circuncisão àqueles que só puderam começar a dançar após a mudança para a “música nova”!
Não creio que devemos ter ressentimento de Pedro, pois, naquela época, a partitura da música ainda não estava completa e só viria a ser concluída justamente através das obras que ele próprio e seus contemporâneos viriam a registrar sob a inspiração do maestro supremo!

IGREJA, CONGREGAÇÃO E EMPRESA ECLESIÁSTICA

Assim como não me estendi explicando cada local de culto citado até agora, creio que — por todos os leitores desta publicação terem nascido e vivido na era eclesiástica — também não devo me alongar apresentando definições de “o que é a Igreja“, seguro que vou alcançar maior colaboração para edificação dos leitores oferecendo algumas perspectivas do que, definitivamente, não é a Igreja!

A PEDRA DO PODER

Começo ratificando a citação bíblica anterior, de Gálatas, com uma informação registrada várias vezes desde o Antigo Testamento, bastando ir conferir em Salmos 118:22, Isaías 28:16 e Zacarias 10:4:

Portanto, não sois mais estrangeiros, nem imigrantes;
pelo contrário, sois concidadãos dos santos e membros da família de Deus,
edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas,
sendo o próprio Cristo Jesus a principal pedra angular desse alicerce.

(Efésios 2:19-20 – KJA)

É fácil constatar que todas as profecias messiânicas nunca deixaram de apontar para Cristo, porém a maior instituição eclesiástica do mundo se baseou na passagem a seguir para tornar Pedro — aquele mesmo, que tinha uma sogra, cortou a orelha de um soldado romano, foi chamado de Satanás e ainda proferiu tripla negação ao Senhor! — não apenas em “inerrante fundador da Igreja”, mas quase no próprio núcleo profético das Escrituras!

A Pedra
ENTENDEU OU QUER QUE DESENHE?

Então Jesus interpelou:
“Mas vós, quem dizeis que Eu sou?”
E, Simão Pedro respondeu:
“Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”.
Ao que Jesus lhe afirmou:
“Abençoado és tu, Simão, filho de Jonas! Pois isso não foi revelado a ti por carne ou sangue, mas pelo meu Pai que está nos céus.
Da mesma maneira Eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja,
e as portas do Hades não prevalecerão contra ela.”

(Mateus 16:15-18 – KJA)

É bastante curioso que o próprio Pedro, em sua primeira epístola, aponta para Cristo:

Portanto, livrando-vos de toda malignidade e de todo engano, hipocrisia, inveja e toda espécie de maledicência,
desejai o puro leite espiritual, como crianças recém-nascidas,
a fim de crescerdes, por intermédio desse alimento para a Salvação,
se é que já provastes que o Senhor é bom.
Achegando-vos a Ele, a Pedra Viva,
rejeitada pela humanidade, mas eleita e preciosa para Deus,
vós também, como pedras vivas, sois edificados como Casa espiritual,
com o propósito de serdes sacerdócio santo,
oferecendo sacrifícios espirituais aceitáveis a Deus,
por meio de Jesus Cristo.

(1 Pedro 2:1-5 – KJA)

Esse é o tipo de informação contida na Bíblia que tanto desconstrói o argumento de que seu conteúdo tenha sido manipulado para favorecer esta ou aquela instituição eclesiástica, quanto a torna perigosa para todos que, usando apenas parte dela, pretendem se estabelecer como manipuladores de massas… sendo o perfeito pretexto para episódios tão lamentáveis e catastróficos quanto a Inquisição e a perseguição dos cristãos pelas doutrinas vermelhas:

Se conhecimento é poder, é ainda mais poderoso quem conhece a Verdade… pois ela liberta!

Esse mesmo poder que agiu em Cristo,
ressuscitando-o dos mortos e entronizando-o à sua direita, nas regiões celestiais,
muito acima de toda potestade e autoridade,
poder e domínio,
e de todo nome que possa ser pronunciado, não somente nesta era, mas da mesma forma na que há de vir.
Também sujeitou tudo o que existe debaixo de seus pés
e o designou cabeça sobre absolutamente tudo o que há,
e o concedeu à Igreja, que é o seu Corpo,
a plenitude daquele que satisfaz tudo quanto existe, em toda e qualquer circunstância.

(Efésios 1:20-23 – KJA)
INFILTRADOS NA CONGREGAÇÃO

Se o próprio Senhor Jesus Cristo teve seu Judas Iscariotes, a presunção de que todas as pessoas participantes de uma congregação, inclusive em posições de liderança, são automaticamente parte da Igreja é uma declaração de estupidez: considerando que há até mesmo servos inconscientes de Satanás — possessos intelectuais e emocionais —, deveríamos ter sido, através da história, mais zelosos aplicando o modelo Bereano da extrema cautela antes de aceitar a introdução de muitas práticas que, infelizmente, são consideradas “normais” em nossos dias.

Infiltrados no Local de Culto

Observai!
Eu vos envio como ovelhas entre os lobos.
Sede, portanto, astutos como as serpentes e inofensivos como as pombas.

(Mateus 10:16 – KJA)

A Igreja é uma só!
Um dos conceitos mais elementares e também o mais frequentemente ignorado pela maioria é a distinção entre Igreja — Corpo de Cristo, estritamente fundamentado nas Escrituras e, portanto, inacessível aos que não se arrependem verdadeiramente de seus pecados — e Congregação, lugar que até pouco tempo atrás poderíamos acessar livremente sob a forma de alguma empresa filial dentre as muitas franquias eclesiásticas (denominações), originadas principalmente para coçar comichões e se adequar às preferências dos mais diversos tipos de freguês, em particular os que nunca negam a si mesmos, fazem do pecado seu próprio evangelho e registram seus “clubes de degeneração bem intencionada” como… novas empresas eclesiásticas!

Cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé,
tendo os corações purificados da má consciência,
e o corpo lavado com água limpa,
Retenhamos firmes a confissão da nossa esperança;
porque fiel é o que prometeu.
E consideremo-nos uns aos outros,
para nos estimularmos ao amor e às boas obras,
Não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns,
antes admoestando-nos uns aos outros;
e tanto mais, quanto vedes que se vai aproximando aquele dia.

(Hebreus 10:22-25 – ACF)

Antes de elaborar o que vou dizer, me vi na obrigação de verificar se, no texto grego original, havia alguma referência a “reunião como igreja”, como é apresentado na versão KJA (King James Atualizada): como não aparece, optei por transcrever a Almeida Corrigida e Fiel (ACF).

Por incrível que pareça, a principal questão dessa passagem — comumente utilizada para condenação generalizada de qualquer um que decida não mais frequentar empresas eclesiásticas — não é exatamente sobre o ato de “deixar a congregação” em si, mas sobre a da admoestação — “ANTES admoestando-nos…”, ou seja, prioridade! — aos (supostos) irmãos que já não mais tenham o coração tão purificado, cuja “confissão da esperança” já não esteja mais tão firme e nos quais o amor e as boas obras já não tenham mais seu significado verdadeiro!

Local de Culto: Congregar
PESQUISAR NUNCA É DEMAIS
A OPERAÇÃO DO ERRO SERÁ NO LOCAL DE CULTO?

O VIVO RELATO DO DIA EM QUE AS IDEIAS DE
RICK WARREN TRANSFORMARAM
UM IGREJA EM EMPRESA ECLESIÁSTICA

UMA IGREJA COM PROPÓSITOS

Citando meu próprio testemunho — conhecido de quem acompanha minhas publicações — de como a tradicional igreja batista da qual um dia fui membro acabou naufragando na apostasia por engolir e não mais largar das heresias de Rick Warren: cheguei ao ponto de até telefonar para a convenção batista e lutei em defesa do verdadeiro evangelho enquanto foi racional!

Quando me dei conta de que ninguém respondia minhas questões biblicamente fundamentadas porque a maior parte da “congregação” era composta por pessoas que estavam apenas fingindo conhecer a verdade enquanto seguiam praticando um ritual cada vez mais irracional… e até o líder estava envolto em corrupção (escancaradamente bíblica e, de quebra, também financeira), me ocorreu a questão “divisora de águas” em minha vida espiritual: que comunhão poderia eu manter com eles?!

De que me adiantaria continuar participando de programas cheios de “social” e “psicológico”, mas totalmente esvaziados da Palavra de Deus?!
Deveria eu continuar frequentando aquela empresa eclesiástica apenas por interesse nos “prêmios” prometidos a cada reunião? Ou por medo de ir para o inferno? Ou para manter aparência de piedade? Ou por achar que ir a uma reunião em empresa eclesiástica me aproximaria de Deus e, por isso, iria ganhar um pedacinho do quebra-cabeças que, na hora da minha morte, seria reunido para comprovar minha assiduidade e se transformar em um ingresso para entrar no céu?
Encontrei resposta nas Escrituras:

Mas agora vos escrevi que não vos associeis com aquele que, dizendo-se irmão, for devasso, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador;
com o tal nem ainda comais.

(1 Coríntios 5:11 – ACF)

Ao homem herege, depois de uma e outra admoestação, evita-o,
Sabendo que esse tal está pervertido, e peca,
estando já em si mesmo condenado.

(Tito 3:10-11 – ACF)

Permaneci fiel à Palavra, amando ao Senhor Deus sobre TODAS as coisas… e acabei me tornando uma pedra muito pesada.
Enquanto o método empresarial dita que um empregado destoante deve ser demitido, numa verdadeira Igreja não se pode fazer isso sem que a admoestação ao pecador tenha sido comprovadamente ineficaz: sem encontrar razões para acusações, o pastor começou a “queimar o meu filme”.
De repente, na comunidade onde nasci e cresci, passei a ser visto como “o rebelde”, “o soberbo”… até que, num domingo qualquer e abandonando toda e qualquer ética pastoral verdadeira, aquele homem se utilizou do púlpito para correlacionar meu comportamento de forma a, no final, me chamar de anticristo!
Ora, anticristo é quem lança mão de pretextos — como, por exemplo, criar um “ambiente social” melhor — para deturpar a Palavra de Deus!

Sei bem que após tamanho constrangimento muitos se afastariam da fé por não conseguirem diferenciar a Palavra de Deus das empresas eclesiásticas: devemos lamentar por estes, que nunca conheceram verdadeiramente e por si próprios as Escrituras e assumem sua necessidade de regulação através de uma empresa eclesiástica para “não cair no mundão” e manter algum relacionamento com (o que são levados a crer que é) Deus!
Infelizmente pessoas assim são guiadas através de um interminável caminho circular de falsa edificação, sempre e ciclicamente escutando as mesmas mensagens sem nunca alcançar o verdadeiro conhecimento do poder libertador que há nas Escrituras!

Por anos andei visitando outras empresas eclesiásticas, mas sempre me deparando com momentos estranhos ao que deveria ser o culto racional prestado apenas ao Senhor Deus… e se na igreja onde nasci e era conhecido minha manifestação em defesa do evangelho foi absolutamente incompreendida, o que pensariam aquelas pessoas que nunca me viram antes?
Esse constrangimento acabou quando, de súbito e sem dor alguma, o Senhor permitiu que minha audição não mais funcionasse, deixando de fazer sentido ir a um edifício só para passar horas fazendo cara de piedade sem nada escutar.
(Sou o único surdo com quem convivo e minha mente funciona em Português avançado, alcançando Inglês, Espanhol e, com esforço, Grego… confesso que me senti bastante desconfortável diante da simplicidade linguística e da completa impossibilidade de se escrever algo em Libras, a única língua que as empresas eclesiásticas pensam alcançar os surdos, sem sequer considerar a estenografia ou as legendas automáticas.)

Eu próprio não compreendo porque sou tão cabeça dura e nunca consegui me afastar da Verdade nem me alienar e muito menos ignorar a impiedade que se alastra pelo mundo: que tipo de louco sou eu, que não consigo tirar da minha mente e nem da minha boca a Palavra de Deus?!
Perdi e ainda perco amigos: descobri que muitos dos que passaram a vida inteira me chamando de “irmão” só o faziam da boca para fora, sendo incapazes sequer de enviar um mísero representante ao sepultamento de minha mãe!
De que adiantou todo aquele teatrinho de falsidade fraternal se ninguém sequer me procurou para tentar uma argumentação bíblica? Será que tantos anos de EBD não lhes foram suficientes para fornecer real conhecimento bíblico… ou será que, simplesmente, não há argumentos?
De que adianta tanto “convívio social” se, assim que eu recusar a me curvar diante da estátua de Nabucodonosor, serão eles os primeiros a me denunciar?!

Então, diante de tudo o que está acontecendo em 2021, sou levado a concluir que nunca me afastei da Igreja — o verdadeiro corpo de Cristo — e venho buscando, por todos esses anos, cumprir meu papel — ANTES admoestando — até agora, fiel primeiramente ao Senhor Deus — que Se revela através das Escrituras — e disposto a amá-lO sobre todas as outras coisas, quaisquer que sejam, até o fim.
Meu local de culto permanece puro e exclusivamente dedicado a Deus!

O FUTURO É AGORA

Temos aqui a clara demonstração de que o Senhor Deus sempre aperfeiçoa suas obras e até mesmo a TRANSIÇÃO, que da Lei para a Graça foi drástica, dessa para a Apostasia foi quase que imperceptível: mudamos de Filadélfia para Laodicéia de forma suave e gradual e esta transição nos trouxe ao que podemos chamar de “princípio das dores”.

Retomando a figura do piedoso personagem judaico mencionado no exemplo do “ponto zero”, temos hoje um outro personagem, análogo, só que este é um piedoso e religioso gentio cristão que, desatento à palavra profética revelada nas Escrituras, não percebeu a sutil “mixagem” e continua realizando suas obras de forma mecânica, ou seja: faz por fazer e, por sempre ter feito sem qualquer reflexão ou comparação com o conteúdo bíblico, não é capaz de perceber que — diante das mudanças que ocorreram no mundo e nas próprias práticas durante o ritual — aquele deixou de ser o tradicional e infalível caminho para a salvação.

Ora, irmãos, rogamo-vos, pela vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, e pela nossa reunião com ele,
Que não vos movais facilmente do vosso entendimento, nem vos perturbeis,
quer por espírito, quer por palavra, quer por epístola, como de nós,
como se o dia de Cristo estivesse já perto.
Ninguém de maneira alguma vos engane;
porque não será assim sem que antes venha a apostasia,
e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição,
O qual se opõe, e se levanta contra tudo o que se chama Deus, ou se adora;
de sorte que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus.
Não vos lembrais de que estas coisas vos dizia quando ainda estava convosco?
E agora vós sabeis o que o detém, para que a seu próprio tempo seja manifestado.
Porque já o mistério da injustiça opera;
somente há um que agora o retém até que do meio seja tirado;
E então será revelado o iníquo,
a quem o Senhor desfará pelo assopro da sua boca, e aniquilará pelo esplendor da sua vinda;
A esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás,
com todo o poder, e sinais e prodígios de mentira,
E com todo o engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem.
E por isso Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira;
Para que sejam julgados todos os que não creram a verdade,
antes tiveram prazer na iniquidade.

(2 Tessalonicenses 2:1-12 – ACF)

A ILUSÃO DE UMA “NOVA REFORMA”

Fui tirado da contaminação para, esclarecido, ser testemunha da apostasia… e nunca vou conseguir expressar minha gratidão ao Senhor por tão grande livramento!
Cheguei a participar, carregando faixas e pregando “person to person”, em manifestações onde, diante da degradação evangélica, se clamava pelo retorno a um evangelho puro e simples… até o dia em que me dei conta de que até aquele clamor por pureza, ao tentar unificar a massa disforme de empresas eclesiásticas em forma de Igreja, acabaria se tornando apenas “mais uma” empreja… especialmente no dia em que, com toda sinceridade e durante uma oração, o pastor que registou a marca e se apresentava como líder disse “quando nós estivermos lá em cima (dos carros de som)”…

Naquele dia me despedi para não mais voltar, pois nunca estive ali visando uma “tomada de poder”, mas sim clamando pelo fim daquelas absolutamente inúteis marchas que só servem para exibição do poder de influência social e política dos líderes evangélicos, mas absolutamente nada do verdadeiro evangelho: se o que eles estão fazendo é considerado como “bom evangelho”, eis aí a razão de meu trabalho ter o título de “O Pior Evangelho”… do mundo e online também!

O fato é que ainda estava tão ligado a esse movimento que acabei recebendo muitas mensagens de gente animada com a matéria “A Nova Reforma Protestante“, publicada pela revista Época em agosto de 2010 e vou resumir aqui a resposta que publiquei ao analisar alguns aspectos da reportagem:

A começar pela imagem utilizada — um luxuoso arranha-céu em forma de cruz sendo construído em concreto e vidro — representa uma suposta modernização do evangelho ou o esforço dos atuais líderes para se adequar às complexas demandas da sociedade atual?
É realmente necessária uma gigantesca “nova cruz” de concreto e cheia de vidros ou a melhor imagem deveria ser a da demolição dessa estrutura?
Decerto que, por baixo de tantas “reformas”, surgiria a surrada, porém inabalável, base de madeira em tamanho proporcional ao de um único ser humano: aquele que ali pereceu uma única vez para prover a redenção definitiva a todo aquele que se arrepender e crer na Verdade!

Local de Culto: Reforma da Reforma

Outro detalhe do qual desconfiei é que o conteúdo foi criado e publicado através do império Globo, cujos objetivos são clara e totalmente contrários aos dos cristãos autênticos e somando isso ao fato de, na ocasião, terem firmado um pacto com os afogados da Lagoinha e convidado algumas cantoras gospel a participar de seu programa dominical só me provaram que a convergência desses “universos paralelos” foi realizada em nome de Mamom.

Por fim, dentre outras observações na publicação original, destaquei que nunca incentivei aos que ainda encontram sanidade em suas congregações a abandoná-las e, pelo contrário, sempre recomendei que lutem pela preservação destas verdadeiras raridades o máximo que puderem, mas… esperar que exista um novo e autêntico florescimento cristão e, ainda por cima, em larga escala… daqui para o futuro?
Não só é uma ilusão, mas é uma perspectiva diametralmente oposta à palavra profética registrada nas Escrituras!

O grande problema é que ninguém deseja nem está pronto para a dramática e dolorosa TRANSIÇÃO final quando, por ocasião do Arrebatamento, o Espírito Santo — que só foi dado após a glorificação de Cristo e, desde então, vem impedindo a plena manifestação do iníquo — será definitivamente tirado deste mundo… ou vocês sinceramente acham que essa profecia foi registrada só de brincadeira?!?

HERESIA BASEADA NA GROTESCA VERSÃO “NOVA BÍBLIA VIVA”!

A realidade é que a maioria dos pastores, assim como os sacerdotes do Templo por ocasião do fim da Lei, não gosta nem um pouco da perspectiva de perder tanto renda quanto influência, preferindo, mesmo sem perceber, amalgamar conceitos e se referir a suas “empresas eclesiásticas” como se fossem a Igreja, iludindo os incautos de que sua empresa tem garantias proféticas de que será arrebatada antecipadamente ou passará incólume pela tribulação até que, todos juntos, embarcarão em um ônibus espiritual — com plaquinha denominacional e tudo! — numa jornada onde, ao final, ele desempenhará o papel corredentor de apresentar, um a um de seus fiéis, a Cristo!

Vós, todos os animais do campo, todos os animais dos bosques, vinde comer.
Todos os seus atalaias são cegos, nada sabem;
todos são cães mudos, não podem ladrar; andam adormecidos, estão deitados, e gostam do sono.
E estes cães são gulosos, não se podem fartar;
e eles são pastores que nada compreendem;
todos eles se tornam para o seu caminho, cada um para a sua ganância, cada um por sua parte.
Vinde, dizem, trarei vinho, e beberemos bebida forte; e o dia de amanhã será como este, e ainda muito mais abundante.

(Isaías 56:9-12 – ACF)

AS PORTAS DO INFERNO…

Demostrando ignorância e preguiça também se apresentam aqueles que vão citar Mateus 16:18 como argumento de que o próprio Cristo prometeu uma vitória das empresas eclesiásticas contra as tão terríveis “portas do inferno”, mas tive a felicidade de, ao ler John MacArthur, descobrir uma explicação bastante mais ajuizada e plausível para essa expressão:

“A imagem retórica desta passagem é frequentemente mal compreendida. Jesus não estava sugerindo que a igreja seria inacessível aos ataques do Hades. A palavra “portas” não sugere uma investida ofensiva. Portas não são armas; são obstáculos. Jesus estava retratando o inferno como uma prisão, sugerindo que suas portas seriam incapazes de conter ou aprisionar a igreja.
“Hades” é a habitação dos mortos. É a palavra grega equivalente à hebraica sheol (cf. Salmos 6:5). A versão Revista e Atualizada traduz assim esta frase: “As portas do inferno não prevalecerão contra ela”, mas isso é enganoso. Jesus não estava se referindo ao eterno tormento do inferno eterno; estava afirmando que o sepulcro não poderia reter os eleitos. As portas da morte não foram capazes de deter Jesus e não podem manter cativo o cristão. “Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?” (1 Coríntios 15:55).

Na realidade, as portas do Hades não prevalecerão contra ela é uma promessa de ressurreição.
A linguagem de morte e ressurreição estava se tornando um tema comum nos ensinamentos de Jesus. Ele sabia que seus discípulos enfrentariam dias traiçoeiros e que todos (exceto João) acabariam dando suas vidas terrenas como mártires em nome de Jesus. Ele estava prestes a dizer-lhes: “Quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; quem perder a vida por minha causa achá-la-á” (Mateus 16:25).
Porém, antes, Jesus asseverou-lhes que o sepulcro não poderia reter os seus eleitos.

Esse assunto permeia todo o Novo Testamento: visto que Cristo venceu a morte, os crentes não precisam temê-la. “Havendo Cristo ressuscitado dentre os mortos, já não morre; a morte já não tem domínio sobre ele” (Romanos 6:9); tampouco a morte tem domínio sobre aqueles que, pela fé, estão unidos a Cristo. Jesus prometeu: “Porque eu vivo, vós também vivereis” (João 14:19).

Na visão do Apocalipse, Jesus declarou: “Não temas; eu sou o primeiro e o último e aquele que vive; estive morto, mas eis que estou vivo pelos séculos dos séculos e tenho as chaves da morte e do inferno”. Jesus destruiu “aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo”, e livrou “todos que, pelo pavor da morte, estava, sujeitos à escravidão por toda a vida” (Hebreus 2:14-15). Jesus tomou as chaves da morte e do Hades; agora o sepulcro não pode reter os eleitos dEle.

Com Vergonha do Evangelho
TEÓPHILO RECOMENDA!

Aqueles discípulos em breve estariam no ardor da batalha, e o Espírito Santo haveria de lhes trazer à memória esta promessa, que deve lhes ter fornecido um grande consolo e um novo vigor. Eles eram, em última análise, invencíveis. Seriam perseguidos e morreriam por sua fé, mas já tinham a garantia de saírem como vitoriosos. As portas do Hades não prevaleceriam contra eles.”

(John MacArthur – Com Vergonha do Evangelho, págs. 207 a 209)

Diante deste quadro só consigo visualizar que a esperada “reforma” só pode ocorrer, através de muito trabalho do Espírito Santo, a nível pessoal, principalmente em relação ao discernimento necessário para que os que hão de ser salvos não venham a cair na lábia dos diversos agentes de Satanás que já estão atuando abertamente pelo mundo… alguns até mesmo dentro desse grupo de “reformadores”!

CONCLUSÃO

Hoje, no Brasil e através da pandemia em 2021, estamos vendo os Césares que solenemente ignoram a Constituição, dão ordens sob a desculpa de preservar vidas e, ávidos por resultados, até enviam agentes para fechar as portas das empresas eclesiásticas que, possuidoras de documentação reguladora, devem submissão a tudo que for estabelecido por eles sob pena de multas ou, até, encerramento das atividades.

Após todo essa exposição e respondendo à questão que apresentei no primeiro parágrafo, César tem todo o direito de ordenar o fechamento das empresas eclesiásticas, porém nunca teve, não tem nem nunca terá poder para fechar as portas da Igreja simplesmente porque o mais legítimo e inviolável local de culto, adoração e oração dos que verdadeiramente creem em Cristo e a Ele clamam dia e noite… é a sede de nossa alma, a saber, a mente.

Ou ainda não entendeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo,
que habita em vós,
o qual tendes da parte de Deus,
e que não pertenceis a vós mesmos?

(1 Coríntios 6:19 – KJA)

O Senhor Deus age através de “tipos”:
José apontou Moisés que apontou o Senhor Jesus Cristo.
A Lei apontou a Graça que aponta o Paraíso… só que entre esses dois últimos tem tribulação e julgamento!
Você não sabe que mesmo sendo Onipotente, Onisciente, Onipresente e Triúno… Deus nos ama?
Não sabe que Ele sempre quis e continuou habitando entre nós?
Só que Ele simplificou ainda mais as coisas… e nos tornou no próprio Templo!

Obrigado por ter lido até aqui e, verdadeiramente, preciso de qualquer colaboração que puder me oferecer: comentários, compartilhamentos e reações ajudam a divulgar este conteúdo que foi produzido com intenção de colaborar para a edificação do Corpo de Cristo no mundo.
Um link encurtado e de fácil memorização para essa postagem é:

https://cutt.ly/localdeculto

Aqui quem escreve é o velho Teóphilo Noturno e prossigo, contra todas as adversidades, com meus informes atualizados e consolidados, tentando alcançar unidades desorientadas e até, talvez, atualmente sob domínio do inimigo.
Ao conteúdo que produzo chamo d’O Pior Evangelho do Mundo e, sempre que possível, tento lançar novidades às 19:00h de terças e quintas. Espero sinceramente que essas publicações promovam reflexão e colaborem para sua edificação: me esforço para sempre apontar as Escrituras, sem vínculos ideológicos ou com as doutrinas de qualquer franquia ou empresa eclesiásticas em particular.

Sei bem que em mim não há valor algum, por isso dedico meu tempo a pesquisar e escrever, sempre tentando comparar tudo às Escrituras: o que de graça recebi, de graça também compartilho…

Com a permissão do Senhor fui tocado pela surdez em 2018 e, a despeito de minha fé e meus muitos esforços pessoais, posso dizer que os últimos 5 anos foram os mais difíceis da minha vida, tendo dependido do auxílio dos irmãos leitores — aos quais sou profundamente grato — para, em várias ocasiões, suprir até mesmo simples necessidades cotidianas.
Em junho de 2023 o Senhor me permitiu encontrar uma oportunidade de negócio única e extraordinária, através da qual posso auxiliar todos, inclusive eu próprio, a obter uma vida melhor pelo aumento da saúde e dos rendimentos: não me estenderei aqui sobre esse tema, mas destaco que me sinto bastante mais honrado por obter renda auxiliando pessoas do que implorando, desesperado, por colaborações… às quais não recuso, porém prefiro que, ao menos, os doadores dediquem um pouco de tempo a conhecer o projeto que estou desenvolvendo e através do qual espero, muito em breve, ter condições não só de sustentar minha família, mas arcar com todos os custos envolvidos na crianção, manutenção e hospedagem desse site com tranquilidade.

Por estar no início dessa atividade e, ainda por cima, numa empresa que inaugurou apenas recentemente, ainda não obtive o sucesso financeiro e peço que considere a possibilidade de, através do Paypal, colaborar mensalmente com, pelo menos, R$ 30,00.
Atualmente tenho apenas um colaborador (ao qual sou extremamente grato), mas se 40 pessoas se propusessem a ajudar com esse valor mínimo, ao menos os gastos com energia elétrica e internet seriam cobertos.

Compartilhar as publicações já ajuda, mas tendo recursos e desejando colaborar financeiramente — com qualquer valor! — minha chave PIX principal é teophilonoturno@gmail.com e essa imagem é meu QR code: o nome de confirmação é Geovane Ignácio de Souza e o trecho do CPF a aparecer deve ser o “927.157“, sendo realizada uma movimentação destinada ao Nubank

Destaco que, por mais que queira, não tenho em mim mesmo a menor capacidade de forçar o Pai a te abençoar por sua generosidade, mas oro a Ele pedindo que, no tempo certo e na medida multiplicada, retribua a bondade realizada da maneira mais adequada: não apenas na restituição multiplicada do valor doado, mas também através dos mais diversos livramentos e bênçãos que, em minha limitação humana, sequer posso imaginar antecipadamente, mas que já estavam nos planos do Todo-Poderoso Deus desde antes da fundação do mundo.

Tenho vergonha de pedir.
Odeio incomodar os leitores e passei o ano de 2023 inteiro apenas publicando comentários, como os acima, em letras castanhas sem qualquer pretensão de ser incisivo em meus pedidos. Fiz isso porque ainda depositava uma pequena parcela de credibilidade na justiça e aguardava que ela, diante de minha incontestável deficiência, intimasse a seguradora a honrar o seguro funcional que me vendeu.
Só que deu tudo errado e nem os mais altos graus dos juízes deste país recusam suborno!

De súbito, fui lançado numa situação de extrema necessidade financeira e tanto os links imediatamente acima quanto o vídeo ao lado podem esclarecer o nível de desespero que me acomete e me traz a publicar esse apelo ao final da maioria de minhas publicações.

Peço perdão pelo incômodo, mas peço que, por favor, assista e ajude não apenas a manter esse site, mas também o próprio editor e sua família, com vida e saúde: eu realmente sentiria muita vergonha de expor tudo isso se não fosse a mais pura realidade.

Colabore via Paypal:
https://www.paypal.com/donate/?hosted_button_id=HAHGBQDAEUTCJ

Colabore com um PIX:

Agradeço pela atenção e rogo a Deus que, independente do valor ofertado, multiplique as bênçãos e livramentos nas vidas daqueles que se se dispuserem a colaborar.

Parafraseando o apóstolo Paulo em Efésios 6:23-24, que a graça e a paz sejam conosco, todos os que amam a nosso Senhor Jesus Cristo em sinceridade, hoje e para todo o sempre!

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Eliana Xisto de Castro
Eliana Xisto de Castro
2 anos atrás

Muito bom conteúdo
Fui de uma igreja batista que também abriu as portas para o movimento de crescimento de igrejas. Sai, pois não me sentia bem lá. Como meus filhos eram pequenos resolvi frequentar uma igreja pentecostal perto de casa, e depois algumas outras. A igreja em que estou agora, tem pontos fracos e pontos fortes, e mesmo que ela não seja perfeita, é melhor do que nenhuma. Não tem jeito, parece que Deus quer que aprendamos a conviver e lidar com essas falhas.

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