Figurinhas

InocĂȘncia Presumida

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Basta abrir qualquer fonte de notĂ­cias para que brote — sem distinção de prioridade e entre as informaçÔes do mundo real — uma considerĂĄvel quantidade de publicaçÔes sobre personagens fictĂ­cios: quais manobras conduziram estes elementos, ditos imaginĂĄrios e originalmente com escopo infanto-juvenil, atĂ© que ganhassem tamanha importĂąncia, inclusive entre os adultos da sociedade moderna?

A despeito de ter evoluído ou sido criada, houve uma época em que, diante de imperiosa necessidade de comunicação, a humanidade decidiu registrar informaçÔes nas paredes das cavernas.
Considerando que letras sĂŁo glifos (ou desenhos) que imediatamente remetem a fonemas e Ă  consequente formação de palavras, Ă© importante destacar que o presente artigo terĂĄ foco primĂĄrio nos desenhos que, ao contrĂĄrio das letras, podem expressar ideias e conceitos muito alĂ©m de uma Ășnica palavra, sendo capazes de apresentar uma narrativa completa em si prĂłprios.

ATENÇÃO:

CONTEÚDO DIRECIONADO EXCLUSIVAMENTE
A CRISTÃOS QUE CREEM NAS ESCRITURAS

DESENHANDO PELA HISTÓRIA

Sem qualquer pretensĂŁo de promover entretenimento, as representaçÔes visuais chamadas “pinturas rupestres” apresentam registros de animais, caçadas, fenĂŽmenos naturais, rituais e toda uma variedade de dados que atĂ© permitem aos antropĂłlogos, atravĂ©s de estudos iconogrĂĄficos, obter uma melhor compreensĂŁo dessas culturas.
Avançando na História, encontraremos os cuneiformes babilînicos — escritos de cinco mil anos atrás, descobertos em 1929 —, cujos registros, apesar de simbólicos, não eram exatamente icînicos e se prestavam ao registro de bens e formalização de contratos
 atividades nem um pouco infantis por sinal.

Glifos Maias parecem apenas desenhos,
mas contĂȘm significado fonĂ©tico!

Mais a frente vamos nos deparar com os famosos hieróglifos, considerados enigmåticos, de difícil compreensão e que, embora façam parte de outras civilizaçÔes, foram mais utilizados pelos egípcios: por ser considerada uma escrita sagrada, eram utilizados apenas por sacerdotes, membros da realeza e escribas, que detinham o poder de interpretar e reproduzir os símbolos.

Os egĂ­pcios chamavam os hierĂłglifos de medju-netjer — que significa “palavras dos deuses” — e os utilizavam apenas com propĂłsitos religiosos, como em paredes de templos, tĂșmulos ou sarcĂłfagos.
De acordo com a mitologia egĂ­pcia, teria sido a deusa Seshat a criar os hieroglifos e o deus Thoth ensinado esta linguagem a eles.
A crença em seus poderes mågicos era tão forte que criam que o nome de uma pessoa, quando escrito em hieroglifo, incorporava toda a energia e alma daquele ser: se o nome fosse danificado, a identidade da pessoa se perderia.
Por esta razão, normalmente os faraós sempre destruíam as placas com as inscriçÔes dos nomes de imperadores que sucediam ou de quem eram inimigos.

FONTE: SIGNIFICADOS

Os hieroglifos eram expressos atravĂ©s de sĂ­mbolos e desenhos, sendo capazes de representar ideias, conceitos, objetos, animais e atĂ© emoçÔes ou sentimentos, porĂ©m — certamente e apesar da precocidade de alguns faraĂłs — estavam muito longe de servir ao entretenimento ou educação cotidiana infantil.

NO JORNAL

Muitos sĂ©culos se passaram e a sociedade demonstrou pouquĂ­ssimo interesse em criar conteĂșdo de entretenimento exclusivamente dedicado Ă s crianças, tendo os petizes, quando nĂŁo exercendo atividades atualmente proibidas, que usar seus brinquedos com nenhuma tecnologia — ou atĂ© mesmo livros! — para se distrair: podemos citar o florescimento dos vitrais e obras de arte religiosa como exemplo, pois apesar de desenhados apresentavam apenas episĂłdios que, supunha-se, deveriam ser do conhecimento de qualquer ser humano, a despeito da idade.

Tal quadro se perpetuou atĂ© 1895, quando o americano Richard Outcault, provavelmente ligado e apoiado pela maçonaria, lançou seu “Yellow Kid”, um garoto sempre vestido com um pijama amarelo e que vivia nos guetos de Nova York: usando uma narrativa com linguagem simples (e muitas vezes cheia de simbologias, como na imagem a seguir), trazia denĂșncias acerca das questĂ”es sociais presentes na Ă©poca.

Tamanha a simbologia contida nessa “simples imagem para divertir crianças” que atĂ© recebeu detalhada explicação — que, mesmo sem conhecer muitos termos especĂ­ficos, tentei traduzir — por parte de uma das grandes lojas maçÎnicas americanas:

“A iniciação na sociedade secreta em Hogan’s Alley”.
Richard F. Outcault, Hogan’s Alley. New York World, 13 de setembro de 1896.

SĂŁo feitas referĂȘncias a muitas organizaçÔes fraternais da Ă©poca: os Elks; Odd Fellows; Shriners, Maçons e Rito EscocĂȘs, todos sendo parodiados em sinais e cartazes: “The Elx”, “Auld Lang Swine”, “Nights of Saint Chames Grand Lodge”, “Ancient Order of Sons O Guns”, “Tenda do 33Âș Grau, Ă© um difĂ­cil jogo de pĂŽquer aqui se vocĂȘ puser grana nele”, “All On De Square”, “In Hoc Signo Vinces”, “Antiga Ordem dos Contentes Apertadores de MĂŁos” (ilimitado);
Mickey Dugan, o Garoto Amarelo, usa um chapĂ©u dos Cavaleiros de Colombo e uma faixa com os dizeres “Hod Fellers”;
O candidato Ă  iniciação estĂĄ montando uma cabra sobre um terreno no qual estĂŁo gravadas as palavras “As Areias do Deserto”;
Dois personagens usam aventais desenhados com esquadro e compasso, enquanto outro usa um fez (chapéu?) vermelho de Shriner com borla;
Um pĂŽster mostra um par de mĂŁos entrelaçadas e outro exibe um olho que tudo vĂȘ dentro de um triĂąngulo.

FONTE: GRAND LODGE OF BRITISH COLUMBIA AND YUKON
NÃO CONSEGUI: QUEM TRADUZIR ISSO É SÓ PÔR NOS COMENTÁRIOS!

A “Ordo Ab Chao“, longe de ser planejada por perecĂ­veis seres humanos, tem suas sementes estrategicamente plantadas com geraçÔes de antecedĂȘncia e, conforme Ă© considerado nesse estudo, parece ser construĂ­da por entidades cuja existĂȘncia transcende os sĂ©culos e implementam as transformaçÔes necessĂĄrias atravĂ©s das geraçÔes, fazendo com que cada uma delas se enxergue atuando pelo bem
 incapazes de vislumbrar os terrĂ­veis produtos finais, consequĂȘncia da soma de suas açÔes.
Talvez Outcault e os jornais de sua Ă©poca cressem que estavam criando e promovendo verdadeiro entretenimento infantil, mas a quantidade de mensagens nem um pouco subliminares apresentadas — como no bode ao lado do Yellow Kid ou na imagem acima — aponta uma outra coisa


A FLAUTA MÁGICA, DE MOZART,
TAMBÉM FOI ENTREMEADA COM A
COMPLEXA SIMBOLOGIA MAÇÔNICA

HERÓIS

Ora, naquela época, e também algum tempo depois, havia nefilins na terra, quando os filhos de Deus possuíram as filhas dos homens e elas lhes deram filhos. Esses gigantes foram os heróis dos tempos antigos, homens rudes e famosos!

(GĂȘnesis 6:4 – KJA)

A criação de histĂłrias em quadrinhos foi intensificada no inĂ­cio do sĂ©culo XX e, basicamente, apresentavam conteĂșdo cĂŽmico e humorĂ­stico atĂ© a dĂ©cada de 1930, quando surgiram as primeiras histĂłrias de aventuras e os ensaios para o personagem que viria a se tornar o primeiro super-herĂłi:

Em 1932 Jerry Siegel e Joe Shuster, dois judeus, começaram a produzir aquela que seria reconhecida como uma das primeiras publicaçÔes do gĂȘnero — Science Fiction: The Advance Guard of Future Civilization — e, no ano seguinte, foi lançada a primeira versĂŁo do personagem, concebido originalmente como um vilĂŁo com poderes psĂ­quicos, usados para manipular outras pessoas e dominar a humanidade.
Em 1933, as revistas em quadrinhos dos Estados Unidos ainda nĂŁo eram tĂŁo populares e seu conteĂșdo era baseado nas tiras de jornal, entĂŁo Siegel reescreveu “Superman” como um herĂłi, distinto do vilĂŁo criado no ano anterior.

Nos anos seguintes o personagem passaria por uma sĂ©rie de reformulaçÔes nas mĂŁos dos dois autores, que passaram a oferecĂȘ-lo a diversas empresas, sempre com resultados negativos, atĂ© que em 1938 a ” National Periodical Publications” os convidou para contribuir com um novo personagem para a mais recente publicação da National: apresentaram o Superman e, uma vez aprovado, passaram a recortar e colar as tiras de jornal das amostras que tinham e as transformaram nas pĂĄginas de uma revista em quadrinho.

FONTE: WIKIPEDIA

DirĂŁo que essa Ă© apenas mais uma das muitas coincidĂȘncias do tal “conspiracionismo”, mas o conceito original do Superman estava de acordo demais com a definição bĂ­blica para aquele momento da histĂłria e corria risco de perder eficiĂȘncia na revelação final para a qual foi criado — nĂŁo por seus supostos autores! — para colaborar: foi necessĂĄrio introduzir revesti-lo com uma “cortina de fumaça” judaico-cristĂŁ para garantir seu acolhimento pela sociedade capitalista, americana e mundial, nos prĂłximos anos:

Alguns creem que o Superman foi inspirado na mitologia judaica.
O rabino britĂąnico Simcha Weinstein observa que a histĂłria do Super-Homem tem alguns paralelos com a de MoisĂ©s, por exemplo: MoisĂ©s, quando bebĂȘ, foi enviado por seus pais em um cesto de junco para escapar da morte, sendo adotado por uma cultura estrangeira. Weinstein tambĂ©m postula que o nome kryptoniano do Superman, “Kal-El”, se assemelha Ă s palavras hebraicas Ś§Śœ-ŚŚœ, que podem ser entendidas como “voz de Deus”.
O historiador Larry Tye sugere que esta “Voz de Deus” Ă© uma alusĂŁo ao papel de MoisĂ©s como profeta.
O sufixo “el” — que significa “(de) Deus” — tambĂ©m Ă© encontrado no nome de anjos (por exemplo, Gabriel, Ariel), que sĂŁo agentes humanoides, voadores, do bem e com poderes sobre-humanos. Os nazistas tambĂ©m pensavam que o Superman era judeu e, em 1940, Joseph Goebbels denunciou publicamente tanto Superman quanto seu criador, Jerry Siegel.

Dito isso, alguns historiadores argumentam que a evidĂȘncia da influĂȘncia judaica nas histĂłrias originais Ă© meramente circunstancial: Siegel e Shuster nĂŁo eram judeus praticantes e nunca reconheceram a influĂȘncia do judaĂ­smo em nenhum livro de memĂłrias ou entrevista.
As histĂłrias do Superman ocasionalmente tambĂ©m exibiram temas cristĂŁos: o roteirista Tom Mankiewicz fez, intencionalmente, no filme de 1978 estrelado por Christopher Reeve, Superman como uma alegoria para Jesus Cristo: a nave do bebĂȘ Kal-El lembra a Estrela de BelĂ©m e Jor-El dĂĄ a seu filho a messiĂąnica missĂŁo de levar a humanidade a um futuro melhor.

FONTE: WIKIPEDIA

De fato, toda essa discussĂŁo acaba adquirindo carĂĄter passional e nos levando — eu e muitos outros de minha geração — a enxergar o personagem como um indivĂ­duo a ponto de homenageĂĄ-lo, nomeando seus prĂłprios filhos de “Kal-El” ou variaçÔes
 e, infelizmente, isso apenas revela o quĂŁo bem-sucedidos foram os verdadeiros inspiradores de todo esse conceito.
Volto a falar deste importante primeiro herĂłi em breve, pois ele apenas abriu a porta para o surgimento de outros “herĂłis” com caracterĂ­sticas bastante menos nobres que as suas.

CONFIABILIDADE

Como o papel nĂŁo tem o poder para se defender quando usado para publicar abominaçÔes, imagens de mulheres seminuas e vĂĄrios personagens de carĂĄter dĂșbio começaram a ser utilizados na tentativa de evitar o forte declĂ­nio na venda dos quadrinhos, ocorrido na dĂ©cada de 1950.

Apresentando inĂșmeras citaçÔes de revistas publicadas com alusĂ”es Ă  violĂȘncia, sexo, uso de drogas e outros assuntos adultos, em 1954 o psiquiatra Fredric Wertham lançou seu livro mais conhecido, “Seduction of the Innocent“, sugerindo que os quadrinhos eram perigosos para as crianças, inclusive citando a possibilidade de que Batman e Robin mantivessem uma relação homossexual e de que a Mulher Maravilha, heroĂ­na tradicionalmente apresentada como heterossexual e virgem. possuĂ­a contexto (inclusive bem documentado) de “servidĂŁo sexual” — possibilidade admitida pelo prĂłprio criador da personagem, William Moulton Marston — e que sua força e a independĂȘncia a caracterizavam como lĂ©sbica.

As afirmaçÔes do Dr. Wertham foram baseadas em suas experiĂȘncias com tratamento de delinquentes juvenis, onde concluiu que a responsabilidade pelos problemas apresentados — tais como aumento da criminalidade, da delinquĂȘncia e desvio do comportamento sexual — era influĂȘncia direta dos quadrinhos, produto consumido pela maior parte de seus pacientes.
Tais crĂ­ticas colaboraram para a criação de um inquĂ©rito sobre a indĂșstria dos quadrinhos no Congresso dos Estados Unidos cujo resultado foi a criação do Comics Code Authority, um cĂłdigo que regulava a publicação dos quadrinhos — modificando desde a escolha de cores e palavras atĂ© proibindo, entre outros temas, insinuaçÔes sexuais, imagens violentas, histĂłrias de terror e mençÔes Ă  corrupção — atravĂ©s do fornecimento de um selo de permissĂŁo para a publicação.

Por se tratar de uma iniciativa privada — criada pelas prĂłprias editoras como uma forma de autocensura no conteĂșdo — o cĂłdigo nĂŁo tinha autoridade legal, porĂ©m o conceito de controle moral foi amplamente aceito pela população e, diante disso, os distribuidores se recusavam a comercializar as revistas que nĂŁo trouxessem o selo estampado em suas capas.
Nos anos de 1960 e sob influĂȘncia dos Estados Unidos, as quatro principais editoras brasileiras — Abril, RGE, EBAL e O Cruzeiro — criaram um cĂłdigo chamado “CĂłdigo de Ética”, que estampava um selo parecido com o do cĂłdigo americano — dizendo “Aprovado pelo CĂłdigo de Ética” — na capa dos gibis.

Esse processo de certificação voluntåria foi fundamental para que os pais passassem a ter credibilidade quase institucional nos gibis, confiando que qualquer criança com uma revista em quadrinhos nas mãos estaria, em segurança, tendo sua criatividade estimulada ao mesmo tempo em que exercitando suas habilidades de leitura.
O fato Ă© que, com o tempo, esse selo foi perdendo sua força e a primeira a deixar de submeter seus quadrinhos Ă  sua aprovação foi a Marvel, sendo seguida por outras editoras menores atĂ© que, em 2011, a DC Comics decidiu criar sua prĂłpria classificação e, atravĂ©s disso, decretar o fim do cĂłdigo de forma praticamente invisĂ­vel, sem maiores alertas de que nossas crianças se tornaram alvo de quaisquer influĂȘncias que os autores de quadrinhos assim venham a desejar.

Tal manobra revela a sagacidade do inimigo com o qual estamos lidando: ao se antecipar, criando um “ĂłrgĂŁo interno” para regular o conteĂșdo, evitou a criação de um regulador externo e vendeu aparĂȘncia de boa vontade e integridade. Agora, sem quaisquer limites, todas as possĂ­veis queixas sĂł podem ser encaminhadas aos prĂłprios autores e editores que criaram e publicaram intencionalmente o motivo da reclamação


TRANCADOS COM MONSTROS

Um professor de Artes do ColĂ©gio Estadual Villa Lobos, em Salvador – BA, ordenou que 37 alunos do 6Âș ano (todos entre 11 e 12 anos) fechassem e, para impedir a entrada de outras pessoas, escorassem com cadeiras as portas de uma sala.
Em seguida determinou que as crianças se beijassem para ganhar R$ 10,00 e pontos extras, sendo que se o beijo fosse entre crianças do mesmo sexo valeria ainda mais pontos: alguns estudantes entraram em desespero, se negaram a praticar a atividade proposta e registraram a ocorrĂȘncia com seus celulares, porĂ©m a diretora invadiu a sala, pegou os aparelhos e simplesmente deletou as filmagens.
Algumas vĂ­timas informaram que o mesmo professor jĂĄ havia feito a mesma coisa em anos anteriores sem que nenhuma providĂȘncia tenha sido tomada.

FONTE: BNews, em 23/11/2021
TambĂ©m conhecida por outra ocorrĂȘncia, em 2018

Antes de retornar ao tema “quadrinhos”, gostaria apenas de registrar alguns comentĂĄrios e questĂ”es em relação a esse catastrĂłfico episĂłdio onde um agente pĂșblico lançou mĂŁo dos poderes aos quais foi empossado para aliciar menores a cometer atos libidinosos, oferecendo vantagens ilĂ­citas e, por envolver dinheiro, estimulando a prostituição (clique no sinal “+” a seguir para ler):

Como essa diretora conseguiu acessar uma sala com portas declaradamente embarreiradas?
Aliås, como surgiu tão de repente? Ela conseguiu ouvir o tumulto de sua sala e vir correndo ou tal rapidez pode acabar parecendo a reação de um espectador oculto que decide intervir diante de um desespero inédito, não ocorrido (ou deliberadamente silenciado) nos anos anteriores?
Admiråvel também a velocidade com que, dentre os 37 alunos presentes, ela conseguiu tomar os celulares e, dada a possível diversidade de sistemas operacionais, a habilidade técnica para acessar e apagar todas as filmagens. Serå que realizou tal proeza sozinha?
Se os pontos podem ser considerados o salĂĄrio dos alunos, e se os alunos de uma escola pĂșblica tem por função estudar, tambĂ©m podemos enquadrar esse episĂłdio como corrupção?
Enfim: abusar, em proveito prĂłprio ou alheio, de necessidade, paixĂŁo ou inexperiĂȘncia de menor, ou da alienação ou debilidade mental de outrem, induzindo qualquer deles Ă  prĂĄtica de ato suscetĂ­vel de produzir efeito jurĂ­dico, em prejuĂ­zo prĂłprio ou de terceiro Ă© a Ă­ntegra do artigo 173 do CĂłdigo Penal Brasileiro e, portanto, alĂ©m de descrever exatamente o que ocorreu com 37 vĂ­timas de uma sĂł vez, configura crime com multa e pena de reclusĂŁo de dois a seis anos
 por que o criminoso foi apenas afastado e estĂĄ sendo investigado atravĂ©s de reles “processo administrativo”? E as vĂ­timas dos anos anteriores?

Esse episĂłdio nos permite traçar um perfeito paralelo entre a degeneração da sociedade e a dos quadrinhos, pois ao mesmo tempo em que os pais supĂ”em que seus filhos estĂŁo em segurança, os autores podem alegar que buscam promover açÔes politicamente corretas e inclusivas ao “estimular” crianças atravĂ©s de novas experiĂȘncias com a diversidade


CONSAGRADOS POR MONSTROS

Tendo sempre em mente que o cĂłdigo de Ă©tica foi sendo removido sem que muitos pais tivessem conhecimento disso, Douglas Wolk, o autor de “Reading Comics: How Graphic Novels Work and What They Mean” (Lendo Quadrinhos: Como Funcionam E O Que Significam As Graphic Novels), disse ao site The Atlantic em um artigo de 2009 sobre Alan Moore:

Se vocĂȘ pode criar um sĂ­mbolo que se plante na cabeça de alguĂ©m, entĂŁo vocĂȘ estĂĄ fazendo mĂĄgica.
Exatamente agora, por exemplo, estĂŁo se preparando para fazer “Homem de Ferro II” e, nesse sentido, vocĂȘ pode olhar para o Homem de Ferro como um feitiço lançado hĂĄ 45 anos que sĂł agora estĂĄ se concretizando.
Estamos falando de cultura pop: coloque sua ideia na frente de muitos olhos e parabĂ©ns, vocĂȘ transformou o mundo.

FONTE: THE ATLANTIC

Para quem não sabe quem é Alan Moore, seguem mais trechos do mesmo artigo que poderão servir como apresentação:

Moore Ă© um ESCRITOR de quadrinhos. Em outras palavras, ele nĂŁo desenha as figuras, embora a especificidade alucinatĂłria de seus roteiros seja proverbial na indĂșstria de quadrinhos: para o primeiro painel de Watchmen, suas instruçÔes para o artista, Dave Gibbons, chegam a quase 700 palavras — “Dedos lĂ­quidos de sangue, grossos e escarlates, escorrem pela parede do meio-fio
 listras berrantes de vermelho brilhante contra o cinza-concreto da pedra
”.
Se parte da missĂŁo dos escritores de quadrinhos nos Ășltimos 30 anos foi recuperar e reinterpretar um mundo simbĂłlico anterior, aparentemente esgotado, entĂŁo Moore foi o sumo sacerdote desse ritual pĂłs-moderno.

Este pode ser um bom momento para mencionar que Moore também é um mago praticante, ou seja, ele realiza rituais e convoca entidades ele e sua equipe são radiestesistas, videntes, observadores remotos, vagando dentro da rede de energia oculta supostamente delineada pelas seis igrejas do arquiteto Nicholas Hawksmoor em Londres.
Eles se encontram não em almoços de editores, mas em tangentes psíquicas.

A magia de Moore entrou em sua escrita de forma mais didåtica no Livro Quatro da série Promethea, onde oferece aos leitores uma visita guiada à cabalística Árvore da Vida, em cujos ramos encontramos empoleirados magos do século 20, como Aleister Crowley e o falecido artista Austin Osman Spare.
O aparente paradoxo apresentado aqui – um pĂłs-modernista engraçado que adora no altar de Glycon – nĂŁo Ă©, dentro do mundo dos quadrinhos, nenhum paradoxo.

SEM SEGREDOS

A reveladora afirmação presente nesta Ășltima frase deveria ser suficiente para pĂŽr qualquer cristĂŁo em estado de alerta, porĂ©m jĂĄ estamos no tempo em que o mal nĂŁo mais precisa se ocultar e, pelo contrĂĄrio, se reveste com nomes desejĂĄveis — progresso, cultura, liberdade — e camufla a sordidez de seu evangelho como propostas para “exercĂ­cio da imaginação” ou coisas semelhantes

Sinceramente considerei traduzir toda a entrevista que Alan Moore deu ao site Arthur em 2003, mas pela falta de recursos (tempo Ă© dinheiro e vice-versa) vou lançar aqui apenas os parĂĄgrafos cruciais (clique no sinal “+” a seguir para ler):

Como o autor Daniel Pinchbeck destacou na edição de estreia da Arthur, no outono passado, a magia estå acontecendo no mundo.
NĂŁo importa se vocĂȘ pensa na magia como uma metĂĄfora poderosa, como uma noção de realidade a ser literalmente considerada, ou uma auto ilusĂŁo voluntĂĄria de perdedores e donas de casa da Nova Era
 nĂŁo importa: a magia estĂĄ aqui, agora, como uma força cultural — Harry Potter, Buffy, Sabrina, Senhor dos AnĂ©is, Jedi e, claro, Black Sabbath —, como parte de nossa retĂłrica diĂĄria e, talvez, se vocĂȘ for tĂŁo inclinado, como algo verdadeiramente perceptĂ­vel, da mesma forma que o amor e o sofrimento sĂŁo reais, mas nĂŁo quantificĂĄveis.
A magia estĂĄ aqui e Ă© a Ă©poca das bruxas e, sem dĂșvida, o publicamente assumido bruxo — ou mago, ou mĂĄgico, ou xamĂŁ — mais famoso no mundo ocidental Ă© o autor de quadrinhos inglĂȘs Alan Moore.
VocĂȘ pode conhecer Moore por sua criação de meados dos anos 80, Watchmen, uma histĂłria de mistĂ©rio extremamente sombria e requintadamente estruturada, criada com o artista Dave Gibbons e que abordou, entre outros temas, super-herĂłis, a AmĂ©rica Nixon-Reagan, o argumento de que “os fins justificam os meios” e a natureza do tempo e do espaço.
Watchmen foi um sucesso comercial e de crĂ­tica, ganhou vĂĄrios prĂȘmios e fez de Moore — um homem alto e parecido com Rasputin — uma estrela semi-pop por alguns anos.

Arthur: Como surgiu seu interesse em desenvolver sua feitiçaria? Como se tornar um mago afetou a maneira como vocĂȘ aborda seu trabalho?
Alan Moore: Brian Eno observou que muitos artistas, escritores, mĂșsicos tĂȘm um medo quase supersticioso de entender como funciona o que eles fazem para viver. É como se vocĂȘ fosse um motorista e tivesse receio de olhar embaixo do capĂŽ, com medo de que ele desaparecesse. Acho que muitas pessoas querem ter talento para compor ou qualquer outra coisa, mas pensam “bem, Ă© melhor nĂŁo examinar isso muito de perto ou pode ser como andar de bicicleta – se vocĂȘ parar e pensar sobre o que estĂĄ fazendo, vocĂȘ cai”.

Arthur: VocĂȘ trabalha principalmente com quadrinhos, o que Ă© interessante, assim como tantos magos
 — Bruxos? Feiticeiros? – estiveram envolvidos nas artes visuais no sĂ©culo passado.
Alan Moore: Uma das principais ideias ocultas do inĂ­cio do sĂ©culo passado, o que tambĂ©m Ă© interessante porque era uma ideia cientĂ­fica, e essa foi a sĂșbita noção da “quarta dimensĂŁo“, que inclusive era uma palavra da moda na virada do sĂ©culo passado. (
) Isso promoveu um estranho encontro entre cientistas e espiritualistas, porque os cientistas e os espiritualistas perceberam que muitos dos fenĂŽmenos-chave no espiritualismo poderiam ser completamente explicados se vocĂȘ simplesmente invocasse a quarta dimensĂŁo!

Duas madeiras de materiais diferentes, dois anĂ©is de madeira, tipos diferentes de madeira, mas que nas sessĂ”es espĂ­ritas podem se entrelaçar
 provavelmente.
Essa era uma coisa chamada “magia de palco” e a ideia de quarta dimensĂŁo poderia explicar isso: como vocĂȘ pode ver dentro de uma caixa trancada? Ou um envelope lacrado? Bem, em termos de quarta dimensĂŁo, vocĂȘ poderia. Assim como criaturas tridimensionais podem ver o interior de um quadrado bidimensional. Eles estĂŁo olhando de cima para baixo, de uma dimensĂŁo que os indivĂ­duos bidimensionais nĂŁo teriam.

Arthur: Qual Ă© a vantagem de reconhecer que o que se faz um artista, ou apenas um ser humano, Ă© mĂĄgico de alguma forma?
Alan Moore: A magia tanto me deu uma compreensĂŁo dos meus prĂłprios processos criativos que eu nĂŁo tinha antes quanto novas maneiras de acessĂĄ-los: todas as minhas performances foram germinadas com rituais mĂĄgicos.
Haveria um ritual mågico inicial onde esperaríamos inspiração divina ou qualquer outra coisa para nos dizer o que fazer.
E então, tendo recebido o que pensåvamos serem nossas instruçÔes, nós as cumpríamos ao pé da letra.
Estou muito satisfeito com os resultados que isso trouxe: sĂŁo coisas que nĂŁo teria criado se nĂŁo estivesse abordando o trabalho dessa maneira particular.
Eu diria que estou realizando agora mais trabalho agora do que jamais fiz antes, mesmo quando, aos meus vinte anos, era uma jovem e elegante gazela saltando sobre os precipĂ­cios da minha imaginação. Acho que atualmente estou produzindo muito mais trabalho e tambĂ©m ficando mais satisfeito com a qualidade dele: fiz algumas coisas nos Ășltimos anos que eu nunca poderia imaginar fazer antes.

Arthur: SĂ©rio? Mas vocĂȘ fez Watchmen antes de ser um mago. E From Hell

Alan Moore: Tendo feito Watchmen — e particularmente From Hell — senti que talvez estivesse chegando a um limite quanto ao que poderia entender sobre escrever racionalmente, que se eu fosse ir mais longe na escrita teria que dar um passo alĂ©m do racional
 e magia era a Ășnica ĂĄrea que oferecia onde pisar apĂłs esse passo.
A magia tambĂ©m parecia oferecer uma nova maneira de ver as coisas, um novo conjunto de ferramentas para continuar: sei que nĂŁo poderia continuar fazendo Watchmen repetidamente, mais do que poderia continuar fazendo From Hell repetidamente
 tambĂ©m sei que naquela Ă©poca nunca poderia ter feito nada como, digamos, Promethea, que Ă© uma peça de construção incompreensĂ­vel
 e eu nĂŁo estaria Ă  altura disso.
Não é que eu nunca tenha feito nada de bom até descobrir a magia, mas descobrir a magia, ou pelo menos minha noção dela, me deu um pouco mais de ideia de como eu fazia essas coisas boas.

Arthur: Deixe-me ter uma pequena perspectiva aqui. Antes de 93 ou 94, vocĂȘ se considerava ateu. Mas vocĂȘ jĂĄ sabia um pouco sobre o ocultismo, a julgar por algumas de vocĂȘs histĂłrias e personagens

Alan Moore: Bem, sim, mas novamente, como escritor, tenho que me interessar por tudo.
EntĂŁo sim, eu era pelo menos tĂŁo conhecedor do ocultismo quanto qualquer escritor de quadrinhos de fantasia tem que ser, mas era apenas uma das coisas nas quais estava interessado
 e era algo teĂłrico. Meu interesse pelo ocultismo era “estou interessado no que as pessoas acreditam”, porque esses foram os termos em que eu vi e nĂŁo havia como eu dizer se o que essas pessoas acreditam tem alguma base ou validade.
O que era interessante para mim era que as pessoas acreditavam nessas coisas. (
) E estas sĂŁo experiĂȘncias gnĂłsticas: vocĂȘ as teve ou nĂŁo as teve.
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Por exemplo: na primeira experiĂȘncia que tive — e isso Ă© muito difĂ­cil de descrever — me senti como se eu e um amigo muito prĂłximo fossemos levados nesse passeio por uma entidade especĂ­fica.
A entidade parecia para mim, e para meu amigo, ser
 ser esse deus cobra romano do século II chamado Glycon
 ou que o deus cobra romano do século II chamado Glycon é uma das formas pelas quais esse tipo de energia às vezes é conhecido.
Porque a cobra, como sĂ­mbolo, percorre quase todos os sistemas mĂĄgicos, todas as religiĂ”es: nos sistemas de yoga, vocĂȘ tem a serpente Kundalini; nos mitos de criação dos Ă­ndios amazĂŽnicos, vocĂȘ tem inĂșmeras serpentes que participam da criação
 o mesmo com a BĂ­blia e a serpente no jardim do Éden; a serpente de Midgard deu trĂȘs voltas ao redor do mundo!
É difícil encontrar uma religião que não tenha uma serpente em algum lugar.
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Quando vocĂȘ descobre que passou pelo menos parte de uma noite conversando com uma entidade que lhe diz que Ă© um demĂŽnio goĂ©tico especĂ­fico que foi mencionado pela primeira vez no Livro de Tobias, nos ApĂłcrifos
 hĂĄ tantas maneiras que vocĂȘ pode interpretar isso.
A maneira mais Ăłbvia Ă© que deve ter sido algum tipo de alucinação — ou que houve algum tipo de colapso mental ou algo parecido — e seria uma boa explicação se nĂŁo houvesse outras pessoas com vocĂȘ e que tiveram experiĂȘncias semelhantes ao mesmo tempo.
EntĂŁo, quando vocĂȘ assume que isso foi algum tipo de experiĂȘncia real, entĂŁo tem que refletir se foi algo puramente interno — alguma parte de mim que eu dei um nome e rosto e projetei de alguma forma? — ou isso era alguma entidade totalmente externa que realmente era o que dizia ser e estava falando comigo? Isso Ă© possĂ­vel.
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Para mim, a IDEIA do deus É o (próprio) deus
 não importa a forma que assuma!
Este Ă© um dos problemas que, para mim, o cristianismo tem
 e o cristianismo tem alguns conceitos adorĂĄveis! Belos conceitos.
No entanto, o cristianismo também insiste em um Jesus histórico e se alguma vez fosse provado que Jesus não existia, todo o cristianismo cairia em pedaços. Não hå razão para isso, mas seria, porque eles insistem que isso foi DEFINITIVAMENTE real, ele DEFINITIVAMENTE nasceu de uma virgem, ele DEFINITIVAMENTE morreu na cruz e então DEFINITIVAMENTE ascendeu fisicamente ao céu.
Tudo isso soa como besteira para mim. Isso soa francamente impossĂ­vel. Isso nĂŁo pode acontecer.
No entanto, vocĂȘ tem essa histĂłria maravilhosa e com integridade completa: como histĂłria tudo bem, pois Ă© rica em simbolismo e em consciĂȘncia moral, mas a insistĂȘncia nesse pano de fundo histĂłrico que Ă© o problema.

FONTE: ARTHUR MAGAZINE

Ora, se tem sido proclamado que Cristo ressuscitou dentre os mortos, como é possível que alguns dentre vós afirmais que não existe ressurreição dos mortos?
Então, se não hå ressurreição dos mortos, nem mesmo Cristo ressuscitou;
e, se Cristo nĂŁo ressuscitou, Ă© inĂștil a nossa pregação, como igualmente Ă© improdutiva a vossa fĂ©.
Pior que isso, seremos considerados falsas testemunhas de Deus, porque contra Ele testemunhamos que ressuscitou a Cristo dentre os mortos.
Todavia, se é verdade que os mortos não ressuscitam, então, Ele também não ressuscitou a Cristo.
Porquanto, se os mortos nĂŁo ressuscitam, nem o prĂłprio Cristo foi ressuscitado!
E, se Cristo não ressuscitou, a vossa fé para nada serve, e continuais a viver em vossos pecados.
Sendo assim, também os que dormiram em Cristo estão perdidos.
Ora, se a nossa esperança em Cristo se restringe apenas a esta vida, somos os mais miseråveis de todos os seres humanos.

(1 CorĂ­ntios 15:12-19 – KJA)

Em resumo, temos um homem capaz de pregar efusivamente sobre a felicidade e produtividade conquistadas apĂłs sua experiĂȘncia junto ao deus serpente, inclusive admitindo que adicionava fragmentos de feitiçaria em seus trabalhos desde antes de sua “conversĂŁo”, mas que se declara incapaz de crer em Cristo porque, mesmo nĂŁo possuindo evidĂȘncias concretas para refutar, nĂŁo pode crer que Ele tenha sido real!
Na íntegra da entrevista, Alan Moore expÔe nomes de feiticeiros que lançaram mão de magia para atuar através das mais diversas expressÔes artísticas e essas são informaçÔes bastante curiosas que eu próprio só vim a descobrir enquanto pesquisava para redação do presente texto.

OBJETIVOS EXPOSTOS

De fato, acabei me deparando com conteĂșdo tĂŁo extenso e revelador das açÔes abertamente demonĂ­acas que deveria fazer qualquer cristĂŁo verdadeiro simplesmente passar a, no mĂ­nimo, passar a usar de muita cautela para lidar com quadrinhos, sabendo que hĂĄ carregam mensagens, rituais verdadeiros e outros “presentes” como esta declaração abominĂĄvel de Grant Morrison — feiticeiro publicamente “adversĂĄrio” de Alan Moore — que abaixo transcrevo:

A pomposa declaração pĂșblica de Moore sobre sua feitiçaria pode ter sido um fator que motivou Morrison a se dedicar totalmente Ă  coisa dos “quadrinhos ocultos”, quando começou com “Os InvisĂ­veis” em 1994. Em termos de “magia”, os dois acreditam em coisas muito diferentes: Grant Morrison Ă© da escola de “magia do caos”, que pratica magia menos preocupada com regras e rituais e mais em tentar fazer as coisas.
“Magia do caos” pode ser feita de praticamente qualquer coisa, desde que se tenha a intenção correta: magos do caos tendem a gostar de misturar elementos de toda uma variedade de culturas e histĂłrias diferentes para reinventar tudo para se adequar ao que quiserem, nĂŁo encontrando problemas em fazer magia para ganho pessoal (ou para mudar o mundo) e nĂŁo apenas para a transcendĂȘncia humana.

“Os InvisĂ­veis”, com suas 1500 pĂĄginas (59 ediçÔes), Ă© uma obra-prima de literatura oculta escrita em forma de quadrinhos.
Seu enredo sinuoso conta uma Ășnica longa histĂłria (com vĂĄrios subenredos) sobre um grupo de rebeldes ocultos usando magia para tentar libertar a humanidade, se opondo a uma cabala de magos negros em posiçÔes de poder e autoridade que tenta usar feitiçaria para controle e opressĂŁo.
É, simplesmente, uma das maiores sĂ©ries de quadrinhos de todos os tempos.

De acordo com Morrison, para quem quiser acreditar em sua palavra como algo além de uma metåfora para a magia do caos, ele recebeu partes dessa história por alienígenas, quando foi abduzido por eles em Katmandu.
Todo a histĂłria foi intencionalmente projetada para funcionar como uma espĂ©cie de feitiço, destinada a criar poderosas mudanças na consciĂȘncia de quem a lĂȘ.
Embora “Os InvisĂ­veis” ainda nĂŁo tenha seu prĂłprio filme ou sĂ©rie de TV (provavelmente seja muito estranha e difĂ­cil de realizar), teve grande influĂȘncia sobre uma tonelada de escritores de ficção cientĂ­fica e fantasia, bem como cineastas: particularmente, os criadores de Matrix foram fortemente influenciados por “Os InvisĂ­veis”.

FONTE: BREAK.COM (TRANSCRITO EM THE PSYCHO PATH)

SEM LIMITES

Muito antes que toda a geração testemunha do surgimento dos quadrinhos partisse desse mundo, a tecnologia avançou exponencialmente para tornå-los primeiramente animados e, mais recentemente, personificados em atores e através de muitos filmes.
A ilusĂŁo da inocĂȘncia foi sendo destruĂ­da conforme personagens originalmente criados como expressĂŁo do bem e da moral foram sendo transformados pelas empresas possuidoras de seus direitos: longe de ser indivĂ­duos com personalidade e histĂłria, atĂ© mesmo os mais poderosos super-herĂłis nĂŁo passam de entidades puramente comerciais, sujeitos a infinitos “retcons“, “multiversos” e “elsewords” onde se tornam assassinos, perversos, obscenos, traidores, necrĂłfilos
 ou qualquer coisa que sirva para chamar atenção e aumentar as vendas.

Se no Brasil nĂŁo foram desenvolvidos super-herĂłis com o mesmo potencial de mercado que os dos quadrinhos estrangeiros, quase tudo que tem sido ofertado como entretenimento infanto-juvenil pela televisĂŁo jĂĄ conseguiu — alĂ©m de obliterar quaisquer referĂȘncias concretas ao cristianismo — incluir, disfarçando como “brincadeiras”, conteĂșdo mĂĄgico (vide “DPA – Detetives do PrĂ©dio Azul“) ou de apelo emocional atravĂ©s da comunicação com os mortos (vide, particularmente comentĂĄrios sobre, “Os Valentins“)
 atĂ© mesmo a consagrada Turma da MĂŽnica dĂĄ sinais de que nĂŁo conseguirĂĄ escapar do domĂ­nio maligno profetizado para esses dias:

NĂŁo Ă© de hoje que o criador da Turma da MĂŽnica, Mauricio de Sousa, vem sendo provocado com a ideia de um personagem homossexual.
Se no universo da Turma da MĂŽnica os personagens infantis nĂŁo sĂŁo sexualizados, alguĂ©m com tal orientação poderia aparecer na Turma da MĂŽnica Jovem, por exemplo. Ou, considerando a turminha original, tal grupo minoritĂĄrio poderia ser representado pelos adultos — por exemplo, com um personagem sendo filho de um casal gay.
Ideias do pĂșblico nĂŁo faltam mas sempre Mauricio procura tratar o tema com cautela. Desta vez, ele falou mais abertamente sobre o eventual projeto:

“Vem vindo aí
 Estou esperando um pouquinho que esteja cada vez mais aceita a posição do gay, principalmente. Eu tenho um filho, bem, que se assume [homossexual] e eu adoro meu filho. Ele cuida de uma parte tĂŁo importante [da empresa], que Ă© a de shows e espetĂĄculos. E dĂĄ um nĂł no pessoal que jĂĄ tem mais idade e mais experiĂȘncia.
NĂŁo pode haver obstĂĄculos para sensaçÔes. É uma maneira, uma atitude, Ă© uma palavra que me foge agora
 — hesita, como que medindo as palavras — de comportamento
 TambĂ©m nĂŁo Ă© comportamento, me foge a palavra.
Mas de qualquer maneira, acho que todos nĂłs temos o direito de viver o que nos Ă© agradĂĄvel, necessĂĄrio e nos faz bem. Mas, principalmente, se faz bem para mais de um, Ă© melhor ainda. Acho que foi uma experiĂȘncia muito boa para mim tambĂ©m.”

FONTE: BBC News Brasil

Quando um espĂ­rito imundo sai de uma pessoa, passa por lugares ĂĄridos procurando descanso, mas nĂŁo encontra onde repousar.
Então diz: ‘Voltarei para a minha casa de onde saí’.
E, retornando, encontra a casa desocupada, varrida e arrumada.
Diante disso, vai e leva consigo outros sete espĂ­ritos, piores do que ele, e, entrando, passam a morar ali.
E o estado final daquela pessoa torna-se pior que o primeiro.
Assim também ocorrerå com esta geração må!

(Mateus 12:43-45 – KJA)

No primeiro vĂ©rtice da criação temos toda sorte de bruxos, feiticeiros, magos, membros de sociedades (nĂŁo mais tĂŁo) secretas e progressistas enviando abertamente desde mensagens que outrora necessitariam ser subliminares atĂ© espĂ­ritos imundos portadores de feitiços, tudo tramado para, conforme expĂŽs Grant Morrison, criar poderosas mudanças na consciĂȘncia de quem lĂȘ.

Na outra ponta encontramos milhares, senĂŁo milhĂ”es de “casas desocupadas” — pois qualquer pessoa nĂŁo habitada pelo EspĂ­rito Santo se qualifica como tal — sorvendo conteĂșdos contaminados (de revistas, desenhos ou canais do youtube) sem qualquer supervisĂŁo, na confiança de que estĂŁo sendo estimulados a exercitar sua criatividade: como pudemos ver, o fato de uma mensagem ser apresentada atravĂ©s de desenhos nĂŁo torna seu conteĂșdo automaticamente seguro.

Por fim, no vĂ©rtice final desse “triĂąngulo de possessĂŁo intelectual“, vamos encontrar a “turma do deixa disso”, composta por energĂșmenos com ar de superioridade que, a cada ataque das legiĂ”es espirituais, corre para gritar que tudo isso “Ă© sĂł ficção” ou que nĂŁo hĂĄ liberdade de expressĂŁo na sociedade preconceituosa
 ou quaisquer dessas palavras de ordem politicamente corretas que empestearam a humanidade, permitindo que as profecias relativas aos tempos finais se cumpram com exatidĂŁo.

NÃO DEIXE DE LER

O EVANGELHO DO DRAGÃO

Enfim, percorremos todo esse caminho de pesquisa para poder compreender que as “inocentes” histĂłrias em quadrinhos, desde sua criação, nunca foram tĂŁo inocentes quanto gostariam de parecer e deveriam ser e infelizmente — tal qual os estudantes trancados com o “monstro das artes” em Salvador — os fĂŁs e leitores dos personagens de quadrinhos, particularmente os mais novos e indefesos, podem ser atacados a qualquer momento.

Obrigado por ter lido atĂ© aqui e, verdadeiramente, preciso de qualquer colaboração que puder me oferecer: comentĂĄrios, compartilhamentos e reaçÔes ajudam a divulgar este conteĂșdo que foi produzido com intenção de colaborar para a edificação do Corpo de Cristo no mundo.
Um link encurtado e de fåcil memorização para essa postagem é:

https://cutt.ly/figurinhas

Desejando colaborar financeiramente com qualquer valor, minha chave PIX principal Ă© teophilonoturno@gmail.com e essa imagem Ă© do meu QR code: meu nome Ă© Geovane IgnĂĄcio de Souza, o trecho do CPF a aparecer deve ser o “927.157” e a instituição financeira Ă© o Nubank.

Iniciei um projeto profissional numa empresa recém-inaugurada e, obviamente, ainda não alcancei o sucesso financeiro, por isso peço que considere a possibilidade de, através do Paypal, colaborar mensalmente com, pelo menos, R$ 30,00.
Atualmente tenho apenas um colaborador (ao qual sou extremamente grato), mas se 40 pessoas se propusessem a ajudar com esse valor mínimo, ao menos os gastos com energia elétrica e internet seriam cobertos.

Por mais que queira, destaco que nĂŁo tenho em mim mesmo a menor capacidade de forçar o Pai a te abençoar por causa disso, mas oro a Ele pedindo para que, no tempo correto e na medida multiplicada, retribua a bondade realizada da forma mais adequada: seja atravĂ©s de livramentos ou de diversas bĂȘnçãos possĂ­veis.

Aqui quem escreve é o velho Teóphilo Noturno e prossigo, contra todas as adversidades, com meus informes atualizados e consolidados, tentando alcançar unidades desorientadas e até, talvez, atualmente sob domínio do inimigo.
Ao conteĂșdo que produzo chamo d’O Pior Evangelho do Mundo e, sempre que possĂ­vel, tento lançar novidades Ă s 19:00h de terças e quintas: sei bem que em mim nĂŁo hĂĄ valor algum, por isso dedico meu tempo a pesquisar e escrever, sempre tentando comparar tudo Ă s Escrituras: o que de graça recebi, de graça tambĂ©m compartilho


Parafraseando o apóstolo Paulo em Efésios 6:23-24, que a graça e a paz sejam conosco, todos os que amam a nosso Senhor Jesus Cristo em sinceridade, hoje e para todo o sempre!

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1 ComentĂĄrio
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Geovane Souza
Admin
2 anos atrĂĄs

Confesso que, quando criança, nunca me interessei por quadrinhos ou desenhos animados que apresentassem situaçÔes “comuns”, sem nada extraordinĂĄrio ou que necessitasse de efeitos especiais: considerava desenhos dramĂĄticos ou bĂ­blicos absolutamente chatos.

Quando chegou o tempo certo de compreender as Escrituras — Ă©poca que pode nunca chegar para alguns — fui direto Ă  fonte e, conforme lia, mais me interessava, mais queria saber, fui para as versĂ”es, me armei com dicionĂĄrios
 enfim, hoje creio que a simplificação de alguns episĂłdios bĂ­blicos (ou um tratamento infantilizado e superficial do que deveria ser exposto com certo cuidado aos detalhes) pode atĂ© acabar prejudicando a compreensĂŁo da plenitude do Evangelho, haja vista, por exemplo, a multidĂŁo de imbecis que sempre retorna Ă  questĂŁo de Eliseu com os jovens ameaçadores ou outros episĂłdios judaicos


EntĂŁo, quando vejo alguĂ©m falando de “quadrinhos bĂ­blicos”, nĂŁo fico exatamente empolgado.

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